Abertas as inscrições para o 18º Congresso Eucarístico Nacional

congresso-eucaristico-2022Estão abertas as inscrições para o 18° Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que será realizado pela Arquidiocese de Olinda e Recife, em parceria com o Regional Nordeste 2 da CNBB, de 11 a 15 de novembro. Esta edição tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46).

Os interessados em participar poderão realizar um cadastro gratuito pelo endereço eletrônico: cen2020.com.br/inscricoes. Ao acessar a página, o participante precisa antes escolher entre as abas “Público em Geral” ou “Bispos, Padres e Diáconos” e preencher o formulário com dados pessoais, tais como nome completo, e-mail e a qual diocese ou arquidiocese pertence.

No caso do clero, além de participar das atividades abertas do CEN, os inscritos poderão concelebrar nas missas de abertura e encerramento, desde que também apresentem o documento de identificação emitido pela CNBB ou diocese.

Voluntariado

Leigos e leigas residentes no território da Arquidiocese de Olinda e Recife não só podem participar do CEN, como são convidados a servir no evento como voluntários. As fichas de inscrição para o voluntariado e para o coral já estão disponíveis no site oficial.

Os treinamentos e os ensaios serão realizados de maneira presencial meses antes do congresso. Por esse motivo, as vagas para os serviços são restritas a moradores do território da arquidiocese pernambucana.

Simpósio Teológico

O CEN reúne milhares de pessoas para professar e dar testemunho público da fé no mistério eucarístico. O encontro também é uma oportunidade para aprofundar a Teologia da Eucaristia.

Nessa perspectiva, dentro da programação do congresso está prevista a realização do Simpósio Teológico, de 12 a 14 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A programação contará com conferências e oficinas que serão desenvolvidas a partir do Texto-base.

Para participar do Simpósio Teológico, os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico (clique aqui). Para essa atividade, é cobrada uma taxa de R$ 108, que pode ser paga com cartões de crédito e débito ou boleto bancário. Os inscritos terão direito a certificado.

De acordo com a Comissão Central do Congresso, a partir do quantitativo de inscrições será possível preparar melhor o evento e garantir uma acolhida adequada a todos. Por isso, é importante que os interessados garantam as vagas o mais rápido possível.

“Caros irmãos, tenham a certeza de que a presença de vocês muito nos alegrará. A participação de cada um é importante para assegurarmos a comunhão entre as nossas Igrejas particulares do Brasil, ao redor da Eucaristia”, afirma o secretário-geral do 18° CEN, monsenhor José Albérico Bezerra.

Outras informações podem ser encontradas diretamente no site do CEN.

*Fonte: Site da CNBB

Francisco: as armas do espírito mudam a história

OracaoÉ um entrelaçamento de almas, o rumor silencioso da oração que toca e anima, enquanto o rugido da artilharia mata e aterroriza. Há algo bíblico no claro-escuro do mundo, que esqueceu o serpejar da pandemia diante do barulho de uma guerra impensável: a voz de Deus que não é audível no barulho, mas na brisa suave. A brisa da oração do Papa, das Igrejas no planeta inteiro, que idealmente une com a Ucrânia os corações de um povo que, enquanto as fronteiras estão se tornando rígidas ou aniquiladas, se reconhecem na geografia sem limites da fé.

Deus intervém no mundo com a oração

Como uma gota de sabedoria, Francisco nos lembra em seu tuíte de hoje que a “oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de fato, mudar a história, porque são as vias principais que permitem a Deus intervir em nossas vidas e do mundo. São as armas do espírito”. De Kiev, em um intervalo das bombas, o arcebispo mor da Igreja greco-católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, respondeu com uma mensagem diante do cenário trágico de um país visto através do véu de um “mar de lágrimas”: “Vamos aprender a amar neste período trágico. Não permitamos que o ódio nos aprisione, não utilizemos sua linguagem e suas palavras”.

“Estamos esperando por vocês quando voltarem para casa”

Duas maneiras de se opor, expandindo aquele espaço resiliente no qual as bombas não podem cair, o da alma, onde a insensatez da guerra se desvanece diante do sentido das coisas de Deus. Ao lado de suas orações, o arcebispo ucraniano confia seu pesar pelo último capítulo do conflito, o ataque à usina nuclear de Zaporizhya, que parou a poucos metros de “uma catástrofe humanitária”, da “possibilidade – disse ele em sua mensagem de vídeo diária – de infligir um golpe irreparável à criação de Deus”, ainda mais impressionante para um país que conheceu os efeitos de Chernobyl.

Mas dom Shevchuk também está preocupado com o outro mar que agita a sua terra, a longa teoria da fuga de compatriotas, que incha as fronteiras ocidentais. “Queridas filhas e filhos de nosso povo, eu lhes digo: estamos esperando por vocês quando voltarem para casa, estamos esperando por vocês retornarem quando sobre a Ucrânia voltar o céu sereno”. E enquanto isso ele agradece aos ucranianos no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa Ocidental “que estão acolhendo os refugiados e recolhendo ajuda humanitária”. “Que a força de nossa oração”, é a invocação final, “se torne um escudo de fé para nossa Pátria”.

Arcebispo de Lviv: obrigado à Igreja italiana pela ajuda

De Lviv, a brisa da oração chega até Fátima. “Nós nos confiamos à misericórdia de Deus e também da Virgem” do santuário português, diz à Rádio Vaticano – Vatican News, dom Mieczysław Mokrzycki, arcebispo de Lviv dos Latinos. Na Ucrânia as pessoas atiram e morrem, e onde não há tiroteio, diz o prelado, tentamos acolher os refugiados e lhes damos comida, “e somos muito gratos”, acrescenta ele, “à Conferência Episcopal Italiana, aos sacerdotes, aos nossos queridos amigos sempre disponíveis e de coração aberto, não só com orações, mas também com ajuda humanitária às pessoas, às crianças refugiadas, prontas para abrir as portas de suas clínicas e hospitais”.

Fonte: Site Vatican News

Papa Francisco envia mensagem por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade

Mensagem-do-papa-CF-2022O Papa Francisco deseja ao Brasil que o Tempo Quaresmal seja ocasião de “verdadeira conversão” e que as sementes lançadas ao longo deste caminho frutifiquem “em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade”. Assim ele expressou seus votos no início da Quaresma deste ano, com a Mensagem por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2022.

Francisco recordou o início da caminhada quaresmal, salientando as práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração pelas quais, neste tempo, se vai “ao encontro pessoal e renovador com o Ressuscitado, em quem temos a verdadeira vida e do qual devemos ser fiéis testemunhas”.

Sobre o tema da CF deste ano, Francisco destacou ser importante refletir sobre a relação entre “Fraternidade e Educação”, “fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a ‘cultura do descarte’ – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação”.

“Ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral”, observa Francisco, destacando o convite para o Pacto Educativo Global.

A CF 2022, para o Papa, é oportunidade para “reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo”. E neste contexto da abordagem da educação, o pontífice apresentou dois desejos para a vivência da Campanha da Fraternidade no Brasil.

Confira a mensagem na íntegra.


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2022


Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Ao iniciarmos a caminhada quaresmal de conversão rumo à celebração do Mistério Pascal de Cristo, nos dispomos a ouvir o chamado de Deus que deseja conduzir-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, ao encontro pessoal e renovador com o Ressuscitado, em que temos a verdadeira vida e do qual devemos ser fiéis testemunhas.

Para auxiliar os fiéis nesse percurso de encontro, a Igreja no Brasil propõe à reflexão de todos, na Campanha da Fraternidade deste ano, o importante tema da relação entre “Fraternidade e Educação”, fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a “cultura do descarte” – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação.

Efetivamente, ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral, como recordado no convite para um Pacto Educativo Global: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna” (Mensagem, 12/IX/19).

Ao mesmo tempo que se reconhece e valoriza a responsabilidade dos governos na tarefa de auxiliar as famílias na educação dos filhos, garantindo a todos o acesso à escola, deve-se igualmente reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo: “As religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educativas, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje queremos, com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas, ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal” (Discurso, 5/X/21).

Desejo de todo o coração que a escolha do tema “Fraternidade e Educação” torne-se causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação nas escolas e universidades católicas, a fim de que, tendo como modelo de seu projeto pedagógico a Cristo, transmitam a sabedoria educando com amor, tornando-se assim modelos desta formação integral para as demais instituições educativas.

Desejo igualmente, queridos irmãos e irmãs, que o itinerário quaresmal, iluminado pela reflexão proposta, seja ocasião de verdadeira conversão e que as sementes lançadas ao longo deste caminho encontrem nos corações dos fiéis a boa terra onde possam frutificar em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham por uma educação mais fraterna, a Bênção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 10 de janeiro de 2022.

Franciscus



Fonte: Site da CNBB

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