Igreja celebra Dia Mundial dos Pobres em 13 de novembro

Arte-de-divulgacao-do-Dia-Mundial-dos-Pobres-no-Brasil-em-2022O Dia Mundial dos Pobres será celebrado neste ano em 13 de novembro, penúltimo domingo do ano litúrgico, com o tema ‘Jesus Cristo fez-Se pobre por vós’ (cf. 2 Cor 8, 9). No Vaticano, o Papa Francisco vai presidir uma missa na Basílica de São Pedro a partir das 10h na Itália, 6h no horário de Brasília, com transmissão ao vivo em português pelos canais do Vatican News. A celebração já havia sido antecipada pelo Escritório de Celebrações Litúrgicas e confirmada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

A mensagem do Papa para o VI Dia Mundial dos Pobres foi divulgada em junho, quando voltou a condenar a guerra na Ucrânia e a sua “insensatez” com uma “‘superpotência’ que pretende impor a sua vontade contra o princípio da autodeterminação dos povos’, gerando novas formas de pobreza e afetando “as pessoas indefesas e frágeis”. Francisco ainda fez um apelo para que, “diante dos pobres, não serve retórica, mas arregaçar as mangas”, com uma advertência contra o dinheiro que não pode se tornar “um absoluto”, porque “ofusca o olhar”.

As iniciativas no Brasil

Já na última edição da data, no ano passado, o Papa Francisco exortou para que o Dia Mundial dos Pobres “possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão”: “Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento.”

Em resposta ao Papa, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com as Pastorais Sociais e Organismos, estão disponibilizando material para ajudar na preparação do VI Dia Mundial dos Pobres no Brasil. A Igreja no país vai aprofundar as iniciativas através do tema “Dai-lhes vós mesmos de comer!”, em consonância com a Campanha da Fraternidade de 2023, que traz o tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

Clique e confira o material disponibilizado pela CNBB para preparar o VI Dia Mundial dos Pobres no Brasil

O material pretende auxiliar na reflexão e ação em atenção à realidade das pessoas em situação de pobreza no Brasil. Apesar da América Latina e o Caribe estarem entre os maiores exportadores de alimentos do planeta, em junho deste ano a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que 33,1 milhões de pessoas só no Brasil não têm o que comer. Isso significa que, seguindo os dados coletados, 15,5% da população brasileira sente fome e não come por falta de dinheiro para comprar alimentos.

Além do mais, 6 em cada 10 famílias estão em situação de insegurança alimentar, isso significa que estão na condição de não ter acesso pleno e permanente para se alimentar. Esses dados foram colhidos em 12.745 domicílios brasileiros entre dezembro de 2021 e abril de 2022. Diante isso, encoraja a CNBB, “somos interpelados a voltar o olhar e à escuta atenta para a provocação de Jesus Cristo ‘Dai-lhes vós mesmos de comer!'”.

A história da Jornada Mundial dos Pobres

No dia 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Na mensagem de lançamento ele disse: “Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.

No Brasil, nos primeiros anos, a CNBB confiou à Cáritas Brasileira a animação e a mobilização do Dia Mundial dos Pobres. A entidade, nesse período, já realizava a Semana da Solidariedade – para pensar e agir por um país justo, fraterno, igualitário, solidário e amoroso, por ocasião de seu aniversário de fundação, 12 de novembro de 1956. A partir da III Jornada Mundial dos Pobres, as Pastorais e Organismos Sociais ligados à Cepast-CNBB assumiram coletivamente a animação e mobilização da data.

*Fonte: Site do Vatican News, com colaboração da CNBB

Novembro: Intenção das orações do Papa é pelas crianças em situação de sofrimento

cq5dam.thumbnail.cropped.1500.844O Papa Francisco recorda as crianças que sofrem na intenção de oração, para o mês de novembro, divulgada nesta segunda-feira (31).

Na mensagem de vídeo, o Pontífice se dirige às crianças abandonadas, que sofrem diariamente de rejeição, miséria, pobreza e todos os tipos de conflitos, sem uma oportunidade real de crescimento, de desenvolvimento e sem ter acesso a direitos básicos.

Há ainda milhões de crianças que sofrem e vivem em condições muito semelhantes à escravidão. Não são números: são seres humanos com um nome, com um rosto, com uma identidade dada por Deus.

Segundo o Papa, “muitas vezes esquecemos a nossa responsabilidade e fechamos os olhos à exploração destas crianças que não têm direito de brincar, nem de estudar, nem de sonhar. Elas nem sequer têm o calor de uma família”.

Cada criança marginalizada, abandonada por sua família, sem escolaridade, sem cuidados médicos, é um grito! Um grito que se eleva a Deus e acusa o sistema que nós, adultos, construímos.

Para contextualizar a mensagem deste mês, basta recordar algumas referências globais. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirma que 1 bilhão de crianças em todo o mundo vivem na pobreza multidimensional (sem acesso à educação, saúde, moradia, alimentação, saneamento ou água) e estima que 153 milhões de crianças são órfãs. Além disso, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos declarou numa carta recente que “no final do ano passado, mais de 450 milhões de crianças, uma a cada seis, viviam em zona de conflito, o número mais elevado em 20 anos. Um recorde de 36,5 milhões de crianças foram deslocadas de seus lares em consequência de conflitos, guerras, violência e outras crises”.

Para o Santo Padre, “uma criança abandonada é culpa nossa. Não podemos continuar permitindo que se sintam sozinhas e abandonadas; elas precisam receber uma educação e sentir o amor de uma família para saberem que Deus não as esquece.”

“Rezemos para que as crianças que sofrem, as crianças que vivem nas ruas, as vítimas da guerra e os órfãos, possam ter acesso à educação e possam redescobrir o afeto de uma família”, concluiu Francisco.

Fonte: Site Vatican News

Presidência da CNBB: “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”

Mensagem-Presidencia-Eleicoes-2022 DestaqueA Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma mensagem sobre a conclusão das Eleições 2022. O momento, segundo a mensagem, “convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre”.

A Presidência da CNBB aponta o caminho que todos os brasileiros, indistintamente, precisam trilhar: acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”, diz o documento.

Em um trecho da mensagem, a CNBB cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República e “parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático”.

“Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país”.

Conheça a íntegra da mensagem abaixo:


Mensagem da Presidência da CNBB
sobre a conclusão do processo eleitoral 2022

 

Saúde e paz!

A conclusão das Eleições 2022 convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre. Agora, todos, indistintamente, precisam acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral.

A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República. Parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático.

Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país.

Com a materna intercessão de Nossa Senhora Aparecida – Rainha e Padroeira do Brasil, Deus muito abençoe a sua vida e a sua família.

Fraterno abraço, com apreço.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB


Fonte: Site da CNBB

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