Dom Helder Câmara é declarado patrono brasileiro dos Direitos Humanos

dom-Helder-site-NE2Primeiro secretário-geral e idealizador do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Helder Pessoa Câmara foi declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos. A lei de número 13.581/2017 foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União em 26 de dezembro.

O Dom da Paz, como era conhecido, ocupou o cargo de secretário-geral em dois mandatos, de outubro de 1952 até outubro de 1964. Depois, tornou-se arcebispo de Olinda e Recife (PE).

A pessoa que recebe o título de patrono de determinada categoria ou ramo da ciência e do conhecimento é aquela cuja atuação serve de paradigma e inspiração a seus pares.

O projeto de lei que sugeriu o título a dom Helder, falecido em 1999, foi proposto em 2014, com a justificativa de se tratar de uma homenagem a um dos fundadores da CNBB e “grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro”. Para o deputado propositor, Arnaldo Jordy (PA), “mais que uma liderança religiosa, dom Helder Câmara era referência na luta pela paz e pela justiça social. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres e a não violência”.

Incoerência

Em artigo publicado nesta terça-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, declarou-se surpreendido pela ambiguidade do texto presidencial que declarou dom Helder patrono dos Direitos Humanos, uma vez que não explica motivações, nem consequências.

“O que significa essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e comprometeu todo o trabalho que vinha sendo feito na luta contra todo tipo de discriminações? Será que nomear Dom Helder patrono brasileiro dos Direitos Humanos fará o governo voltar atrás da decisão de reduzir substancialmente os gastos públicos em saúde e educação, deixando os milhões de pobres abandonados à própria sorte? Como pensar em Direitos Humanos e relaxar as regras do controle ao trabalho escravo, assim como sujeitar os trabalhadores a regras que lhes são contrárias e que retiram direitos adquiridos na Constituição de 1988? E o que dizer da reforma da Previdência Social pela qual esse mesmo governo pressiona de formas ilícitas para vê-la aprovada?”, questiona dom Saburido.

Dom Fernando afirma ainda sentir-se “obrigado a declarar publicamente que esse decreto presidencial, para ser sincero e coerente, precisa ser acompanhado por outro modo de governar o país e de cuidar do que é público, principalmente do bem maior que é o povo, sobretudo os mais fragilizados”.

Leia o texto de dom Fernando Saburido na íntegra.

Dom Helder foi destaque na série especial sobre os 65 anos da CNBB.

Fonte: cnbb.nt.br

Primeiro Angelus de 2018: Papa lembra celebração do Dia Mundial da Paz

Papa sai em defesa de migrantes e refugiados, por um mundo “mais solidário e acolhedor”


papa-angelus-FotoReprodVaticanNewsNo Angelus desta segunda-feira, 1º, Solenidade da Santa Mãe de Deus, o Papa Francisco apelou à solidariedade para com os migrantes e refugiados, assinalando o 51º Dia Mundial da Paz.

“Que o Senhor nos permita trabalhar neste ano novo com generosidade, para realizar um mundo mais solidário e acolhedor. Convido-vos a rezar por esta intenção, enquanto, juntamente convosco, confio a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, o 2018 agora começado”, disse aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, enfrentando a chuva, para a primeira recitação do Angelus neste novo ano.

O Papa escolheu como tema para o 51º Dia Mundial da Paz “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”.

“Desejo, mais uma vez, fazer-me porta-voz destes nossos irmãos e irmãs que invocam para o seu futuro um horizonte de paz”, referiu.

“Não apaguemos a esperança no seu coração, não sufoquemos as suas expectativas de paz! É importante que, da parte de todos, instituições civis, educativas, assistenciais e eclesiais, haja o empenho de assegurar aos refugiados, aos migrantes, a todos, um futuro de paz”, acrescentou.

Francisco sublinhou que, em busca desta paz, “direito de todos”, muitos migrantes e refugiados se mostram “prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos”, citando a sua mensagem para este dia.

Já após ter celebrado a Missa da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na Basílica de São Pedro, o Papa disse que a Virgem Maria desempenha “uma função muito especial”: “Coloca-se entre o seu Filho Jesus e os homens na realidade das suas privações, indigências e sofrimentos”.

“Intercede, consciente de que, enquanto mãe, pode, ainda mais, deve apresentar ao Filho as necessidades dos homens, especialmente os mais fracos e desfavorecidos”, prosseguiu.

Francisco deixou a todos votos de “todos os bens para o novo ano” e agradeceu as várias iniciativas promovidas em favor da paz e da convivência entre todos.

“Renovo o desejo de um ano de paz na graça do Senhor e com a proteção materna de Maria, a Santa Mãe de Deus. Um bom ano, bom almoço e não se esqueçam de rezar por mim”, disse, ao despedir-se dos peregrinos e visitantes, no Vaticano.

Fonte: noticias.cancaonova.com

Campanha de Cidadania do Santuário chama a atenção para atitudes baseadas no Evangelho

Coletiva Eu Sou O Brasil EticoO Santuário de Aparecida lançou no primeiro dia letivo do ano de 2018 a Campanha de Cidadania Eu Sou O Brasil Ético. Uma coletiva de imprensa com a participação do Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e o reitor do Santuário, padre João Batista de Almeida reuniu representantes de diversos veículos de comunicação para explicar o projeto que será realizado durante todo esse ano.

O projeto Eu Sou O Brasil Ético nasce da preocupação do Santuário Nacional em estimular os brasileiros a pensarem mais criticamente sobre suas escolhas, especialmente nesse ano marcado pelas eleições de presidente da república, governadores dos Estados, senadores e deputados federais e estaduais.

Dom Orlando Brandes iniciou a coletiva parabenizando o Santuário Nacional pela Campanha, frisando que essa iniciativa é uma ação de fé.

“Eu quero parabenizar o Santuário por essa iniciativa que faz parte da nossa fé. Não estamos aqui fazendo qualquer propaganda de politica partidária, mas estamos aqui em nome da nossa fé, porque a nossa fé se manifesta no amor, e os nossos Papas sempre disseram que a politica é uma alta forma de amor”.

Dom Orlando também lembrou que os Documentos da Doutrina Social da Igreja falam da política como Amor Social, “por isso é uma ação de fé, pois a política é uma boa obra social”, destacou.

A Campanha de Cidadania do Santuário deseja levar o cristão a perceber a necessidade de uma maior participação na vida social, da missão que cada um tem de viver uma política fundamentada no evangelho e no poder do voto consciente.

“Esse ano eleitoral tem um significado muito grande, primeiro para a gente não perder a confiança nos políticos, porque temos políticos bons, por tanto desânimo e pessimismo não são o caminho, mas reconstruir, criar outros critérios, outra mentalidade política isso nos cabe”.

O reitor do Santuário pontou três atitudes concretas que irão nortear a ação do Santuário, dentro do projeto Eu Sou O Brasil Ético, como o Dia Nacional Mariano, a convocação para uma conversão dos cristãos e a orientação dos devotos para um voto consciente.

“O Santuário tem uma vocação primeira de acolher o povo e ajudar o povo a rezar, então a nossa primeira ação é rezar pelo Brasil todos os dias, mas em um dia especial o dia 12 de cada mês, nós iremos ter ações concretas de oração pelo Brasil, no Dia Nacional Mariano. Em cada mês, nós rezaremos alguma situação do Brasil, então teremos de destaque tudo aquilo que forma o nosso país.

A segunda ação é convocar o devoto para novas atitudes, uma nova postura de vida. O Santuário tem por vocação e missão o sacramento do perdão, da misericórdia e da conversão e nessa segunda ação nós queremos provocar nas pessoas um processo de conversão, de mudança de atitudes rotineiras que levam o cristão a cometer atos de corrupção também, e que muitas vezes não é perceptível.

A terceira ação está ligada ao ano eleitoral, nos gostaríamos de nesse ano, ajudar o devoto de Nossa Senhora a usar as ferramentas que ele tem a sua disposição, como verificar os candidatos ficha limpa, olhar o passado dos candidatos e analisar a sua conduta política", explicou o padre João Batista.

::Assista a íntegra da coletiva de imprensa do projeto Eu Sou O Brasil Ético

Para saber mais sobre a campanha, o devoto poderá acessar a página especial a12.com/eusouobrasilético.

Fonte: a12.com

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