Fim da Conferência de Varsóvia: continua a luta contra os abusos
- Detalhes
- Sexta, 24 Setembro 2021 10:04
Cooperação entre as Igrejas, para as Igrejas e das Igrejas da Europa Central e Oriental com a sociedade e as autoridades estatais, mas sobretudo o acompanhamento de pessoas feridas e das comunidades onde ocorreram casos de abuso. As premissas e promessas concluíram na última quarta-feira (22), a grande Conferência Internacional sobre a Proteção de Crianças e Adultos Vulneráveis, que teve início em Varsóvia no domingo passado, 19 de setembro.
Uma mesa redonda focalizada em propostas para o futuro marcou o ato final do evento. A conferência foi organizada pela Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores e pela Conferência Episcopal Polonesa.
A destruição de pessoas inocentes
Três dias, marcados por reflexões, conferências, debates e o testemunho dramático de algumas vítimas. Eles foram selados pela missa celebrada pelo arcebispo Wojciech Polak, primaz da Polônia.
O arcebispo, começou sua reflexão a partir do Evangelho, reiterou a angústia de toda a Igreja pelas consequências “dolorosas e ofensivas” das feridas infligidas aos “inocentes”. “Quanta destruição, devastação e perda de confiança…”, disse, “quão profundamente arruínam o homem, despojando-o de sua dignidade”. Quantas marcas deixam não só na psique, mas também na alma”.
“Somente enfrentando a verdade destes comportamentos cruéis a Igreja poderá encontrar seu caminho para ser novamente considerada um lugar de acolhida e segurança para os necessitados”, acrescentou Polak, citando o Papa Francisco. “O Senhor está conosco e quer nos fazer instrumentos humildes a serviço das vítimas de abusos, para vê-las como companheiras e protagonistas de um futuro comum, aprendendo uns dos outros”.
Vencer o medo
Polak havia reiterado os mesmos conceitos algumas horas antes durante a mesa redonda. Na ocasião, ele estigmatizou aqueles “crimes e traições que roubaram a fé de muitas pessoas que deveríamos ter defendido”. “Desta forma, nos tornamos pouco confiáveis”, disse o primaz polonês.
O prelado exortou a continuação da luta contra os abusos, sobretudo para superar o medo que ainda permanece em muitas dioceses: “O medo da nossa imagem, de perder nossa reputação, de procedimentos legais”.
“Ainda encontramos algumas resistências em nossas comunidades, algumas incompreensões”, admitiu o arcebispo, “esta missão vai além da força de cada um de nós”, portanto “precisamos da colaboração de todos aqueles que compõem a comunidade eclesial, não podemos ser lobos solitários”.
Cultura do silêncio
“Sem cooperação será impossível superar a cultura do silêncio”, insistiu Polak. “Como europeus centrais e orientais temos uma experiência comum de ditadura, que foi superada através da solidariedade”.
O objetivo é “transparência cada vez maior” e “cooperação entre as Igrejas locais em nossa parte da Europa”: “em cada lugar a situação é diferente, mas as diferenças não devem nos separar uns dos outros nem nos envergonhar”.
Leigos em campo
O padre Hans Zollner, presidente do Instituto de Antropologia da Gregoriana, também se debruçou em seu discurso sobre os diferentes contextos que “variam de país a país”, insistindo em particular sobre um conceito que surgiu várias vezes: o de uma “mentalidade” que tem impedido a luta contra o abuso.
“O problema da mentalidade não pode ser mudado rápida e facilmente, é preciso do coração para se sentir envolvido. A coragem vem do coração”. “É encorajador que haja muitos homens e mulheres leigos que estão determinados a se envolver nesta causa”, disse o jesuíta, observando que, especialmente no campo da prevenção, “muito já foi feito, mas muito ainda precisa ser feito”. Em comparação com o passado, “agora sabemos a quem recorrer, para onde pedir conselhos, conhecemos nosso vizinho”; no entanto, devemos “passar da comunicação para o engajamento no processo”.
Envolver as igrejas antigas
Por sua vez, padre Adam Żak SJ, coordenador da Conferência Episcopal Polonesa para a proteção de menores e diretor do Centro de Proteção à Criança, disse estar satisfeito com a conferência. Segundo ele, o evento foi um “passo necessário” especialmente para criar “redes”.
Entretanto, olhando para o futuro, o sacerdote perguntou “se há um próximo passo a ser dado, como proceder, se somos capazes de trabalhar juntos de alguma forma”. Além disso, segundo o jesuíta, é necessário envolver as antigas igrejas da Armênia, Geórgia, Cazaquistão e Quirguistão no debate e no trabalho de campo.
Acompanhar as pessoas feridas
Finalmente, a psicoterapeuta Ewa Kusz explicou que o site da conferência permanecerá ativo para permitir contatos entre pessoas de diferentes países que são treinadas para acompanhar as vítimas.
Este é o caminho a seguir: “acompanhar as pessoas feridas”. Depois, entender “como ajudá-las, como trabalhar juntos e usar sua experiência como sobreviventes” e a de “pessoas em recuperação”. Também precisamos pensar “quais procedimentos adotar” e o que fazer “para garantir que algo assim não volte a ocorrer”.
Fonte: Portal de Notícias Canção Nova
Repam-Brasil lança série de vídeos sobre agroecologia, economia solidária e consumo consciente na Amazônia Brasileira
- Detalhes
- Quarta, 22 Setembro 2021 10:34
A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil divulgou o primeiro vídeo da série “Agroecologia, economia solidária e consumo consciente na Amazônia brasileira”. A série de vídeos pretende dar visibilidade e fortalecer as iniciativas territoriais das comunidades na Amazônia brasileira.
A série com 7 episódios exibe vídeos com a participação de lideranças locais e apresentam iniciativas de agroecologia, economia solidária e consumo consciente que são apoiadas e acompanhadas pela REPAM-Brasil.
Leon Souza explica que a série de vídeos busca dar visibilidade para os projetos e iniciativas que nascem a partir da organização das próprias comunidades. “Essa iniciativa também reforça que a preservação e proteção da Amazônia precisa passar pela construção de novos modelos de produção e de consumo”, ressalta o consultor.
Os vídeos, organizados pelo setor de projetos da REPAM-Brasil, estão disponíveis nas redes sociais e em uma playlist no canal da REPAM-Brasil no YouTube. Assista ao primeiro episódio da série:
Fonte: Site da CNBB
Deus deve ser testemunhado com o exemplo, exorta Papa
- Detalhes
- Segunda, 20 Setembro 2021 10:40
Em mensagem nesta segunda-feira, 20, em sua conta no twitter, Francisco escreveu sobre o testemunho
Testemunho. Este foi o tema da mensagem do Papa Francisco publicada em sua conta oficial no twitter (@pontifex_pt) nesta segunda-feira, 20:
“As testemunhas não se perdem em palavras, mas dão fruto. Não se queixam dos outros e do mundo, mas começam por si próprias. Lembram-nos que Deus não deve ser demonstrado, mas mostrado; não anunciado com proclamações, mas testemunhado com o exemplo”.
Em janeiro deste ano, o Santo Padre também escreveu uma mensagem sobre o tema. Na ocasião, era iniciada a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. O Pontífice publicou:
“Jesus nos convida a permanecermos unidos a Ele para dar muito fruto (Jo 15,5-9). Permanecendo com o Senhor, encontramos a coragem de sair de nós mesmos, preocupar-nos com as necessidades dos outros e dar nosso testemunho cristão no mundo”.
Solenidade da Epifania
Também em janeiro, na Solenidade da Epifania, o Papa fez sua reflexão, seguida da tradicional oração mariana do Angelus, inspirada no testemunho de Jesus.
Segundo o Papa, a luz de Jesus ilumina cada pessoa e deve ser acolhida com fé e levada aos outros com caridade, com o testemunho do evangelho.
“A luz de Cristo não se propaga por proselitismo, mas por testemunho, pela confissão da fé, pelo martírio. A condição é acolher essa luz. Ai de nós pensarmos que a possuímos. Como magos, somos convidados a nos deixarmos sempre atrair, iluminar e converter”, revelou o Santo Padre.
Testemunho dos mártires
O testemunho dos mártires é sempre destacado pelo Santo Padre. Em outubro de 2017, o Pontífice frisou que o testemunho deles impõe seguir adiante no ecumenismo:
“O testemunho deles nos impõe ir avante com amor e coragem até ao fim. O nosso empenho em rezar uns pelos outros e a superar as feridas do passado são respostas devidas também a eles, dentro deste grande ‘nós’ da fé”.
Fonte: portal Canção Nova Notícias
Veja mais:
- Pascom Brasil realiza Live com o tema: “Celebrar a Palavra de Deus”
- Papa a sacerdotes idosos: a velhice não é uma doença, mas um privilégio
- Santa Sé: a água não é uma mercadoria, mas um direito humano fundamental
- Papa Francisco deixa a Eslováquia e conclui 34ª Viagem Apostólica
- Encontro Anual com as Comissões de Liturgia das (Arqui)Dioceses
- Presidente da CNBB participa no Senado Federal de sessão sobre mudanças climáticas
- Setembro Amarelo: Pascom Brasil lança podcasts sobre a prevenção ao suicídio e valorização da vida
- Em setembro, Papa pede estilo de vida que respeite o meio ambiente
- Dia da Amazônia: Repam e CNBB promovem celebração e plantio de ipês
- Afeganistão: Jejum e oração solicitados pelo Papa