Igreja na Europa pede soluções para drama dos refugiados

4437985 x720Cardeais europeus se manifestam sobre drama vivido pelos refugiados e pedem atitudes concretas para a soluções destas questões

Da redação, com Rádio Vaticano

Várias imagens de migrantes em fuga têm surgido nos últimos dias. São milhares de mulheres, homens e crianças que se lançam ao mar em busca de novas terras para fugir da violência dos conflitos armados que ameaçam suas vidas e a de seus familiares.

Enquanto o continente europeu se divide entre debates, polêmicas, documentos, a foto da criança morta na praia de Bodrum, na Turquia, publicada em toda a mídia nesta quarta-feira, 02, não deixa espaço para palavras. A foto mostra um menino na areia, afogado após tentativa fracassada de navegar para a ilha grega de Kos.

Nesta quarta-feira, 02, cardeais de três países europeus, Áustria, Portugal e Itália, se manifestaram sobre a problemática.

Áustria
Na Áustria, o Cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, disse em entrevista à TV Tg2000:

“É escandaloso que alguns países que fazem fronteira com a Áustria tenham um ‘milésimo’ do número de refugiados que se encontram na Áustria. É escandaloso que não aceitem refugiados… Portanto, espero que a Europa se desperte”. O cardeal ainda ressaltou que a Igreja no país se reuniu em oração pelas 71 vítimas encontradas, na última quinta-feira, 27, em um caminhão na rodovia Budapeste-Viena: “Aquele trágico episódio foi um choque, um susto incrível para muitas pessoas. A Catedral ficou lotada, apesar de ser um dia de trabalho, e quase todo o governo estava lá”.

O arcebispo de Viena disse que a oração foi dedicada “a estas pobres pessoas das quais não sabemos ainda a identidade, porque não tinham documentos. Uma situação cínica: estavam em um furgão frigorífico para carne, apertados como sardinhas. Não é possível imaginar o sofrimento dessas pessoas morrendo sufocadas, uma depois da outra. Muitos já perceberam que não é possível continuar assim”.

Portugal
Em Portugal, o cardeal-patriarca Dom Manuel Clemente fez um apelo em uma carta enviada aos diocesanos:

“A dramática situação de tantos milhares de pessoas que veem na Europa um lugar de paz e sustento para si e para os seus, enfrentando duríssimas dificuldades para chegar e permanecer no nosso continente, exige de todos nós uma resposta mais humana e capaz”.

O cardeal recordou a convocação do Jubileu da Misericórdia pelo papa Francisco, para convidar todas as famílias, comunidades e organizações católicas a colaborar “inteiramente com as instâncias nacionais e internacionais” na solução destas questões.

A resposta, completa, só pode ser global, dada a complexidade dos problemas a resolver a curto, médio e longo prazo”

Sobre a problemática, o bispo de Porto, Dom Antonio Francisco dos Santos, enfatizou que a resposta tem de ser a mesma que o Papa Francisco deu em Lampedusa: “termos a coragem de ir aos lugares onde estes problemas surgem” e ajudar estas pessoas “a viver com dignidade”.

Dom Antonio considera que “o sacerdote nas comunidade pode ser um elo essencial desta ligação daqueles que podem responder a este problema àqueles que vivem esta realidade” e deixa uma pergunta:” Porque é que os países que decidiram receber refugiados ainda não abriram as suas fronteiras, ainda não o fizeram?”

O bispo do Porto pede, neste contexto, ao governo português para que “não se demore a criar uma instância que possa coordenar as respostas e depois a igreja tem de ser generosa e tem de ser a que mais rapidamente ajude e colabore, porque temos condições para o fazer”.

Itália
Na Itália, a diocese de Milão ofereceu mais seis imóveis de sua propriedade, para abrigar 130 refugiados e migrantes. Além disso, o Cardeal-arcebispo, Angelo Scola, pediu às paróquias que coloquem à disposição até pequenas salas, para propiciar uma hospedagem mais ampla. A Caritas milanesa se encarregará de todas as responsabilidades e da gestão concreta do acolhimento, sem influir no orçamento das paróquias.

No momento existem 28 centros de acolhimento em toda a diocese, administrados por cooperativas da Caritas Ambrosiana em convênio com as prefeituras, com 456 lugares. Há ainda 18 estruturas num total de outros 325 lugares.

O Cardeal Scola pediu mudança nas leis e regras que regulamentam a hospedagem, a fim de tornar mais digna e construtiva a permanência dos imigrantes: Na prática, o arcebispo de Milão questiona a demora na entrega dos documentos aos refugiados e por que não se permite que eles trabalhem voluntariamente para atender as exigências da comunidade.

Fonte: Canção Nova

Papa institui Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação


849089 193876A partir do próximo dia 1º de setembro, católicos de todo o mundo vão celebrar, anualmente, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. A data, anunciada pelo Vaticano nesta segunda-feira, 10, foi instituída pelo Papa Francisco, recordando a contribuição que os cristãos devem dar para a superação da crise ecológica.

Francisco acolhe, assim, a sugestão do Metropolita Ioannis de Pérgamo, da Igreja ortodoxa, cujos fiéis já celebram essa data há tempos. O Papa anunciou a criação da data também na Igreja católica em uma carta enviada ao presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, e ao presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch.

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.: Íntegra da carta

“Anualmente, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação oferecerá a cada fiel e às comunidades a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação”, explica o Papa na carta. Ele destaca que a celebração deste dia, na mesma data, com a Igreja ortodoxa será também uma ocasião para testemunhar a comunhão com os ortodoxos.

Ao Cardeal Turkson, Francisco pede empenho junto às comissões Justiça e Paz das conferências episcopais e organismos comprometidos no âmbito ecológico para organizar iniciativas na celebração da data envolvendo todo o povo de Deus. E ao cardeal Koch, o pedido é que sejam feitos os contatos junto ao Patriarcado Ecumênico para que a data se torne sinal de um caminho percorrido em conjunto pelos que creem em Cristo.

Fonte: Canção Nova

 

Encontro Nacional reúne 500 jovens em Londrina/PR

maeA Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem) celebra 75 anos de fundação no Brasil e comemora essa data em um grande Encontro Nacional. De 5 a 7 de setembro, cerca de 500 jovens se reúnem em Londrina/PR, junto ao Santuário Tabor da Esmagadora da Serpente para celebrar o jubileu, rever a sua história e renovar o amor e ardor pela missão. “Como o primeiro grupo surgiu em Londrina, decidimos retornar à origem e renovar o compromisso das primeiras jovens. O principal objetivo é recordar o passado, valorizá-lo e promover novas ideias para o futuro da Jufem. Esperamos muitas novidades, interação entre as regiões, encontro de gerações, muito crescimento espiritual e muita diversão”, revela Viviane Guariente, da comissão nacional de organização.

A Juventude Feminina é um ramo formado por jovens em diversos países no mundo todo, do Movimento Apostólico de Schoenstatt, mais conhecido como Movimento da Mãe e Rainha. No Brasil, a Jufem está presente em mais de 50 cidades e conta com cerca de 2.200 integrantes. Seu ideal nacional – Lírio do Pai, Tabor para o mundo – tem como norte a formação de uma mulher autêntica, segundo os valores da Igreja Católica, e aspira assemelhar-se a Maria em todos os aspectos, sendo forte e heroica frente ao mundo, e ao mesmo tempo pequena e singela diante do Pai Eterno.

Do nordeste partem os grupos mais distantes, e lá a correria é grande em preparação ao encontro. “O nacional, para todas nós e principalmente para as mais novas na Jufem, tem grande importância e nos enche de expectativas em conhecer novas meninas e poder experimentar um pouco do que cada uma descobriu em Schoenstatt e na Juventude, o que as motivou a optarem por ser espelho de Maria em suas vidas diária”, diz Carla Christiane Antunes, dirigente do ramo em Garanhuns/PE.

No Rio Grande do Sul a expectativa também sempre cresce: “Estamos muitíssimo ansiosas para o Nacional e creio eu que o encontro vai promover uma unidade maior entre nós. A preparação e a expectativa nos deixaram não só esperançosas, mas, ao mesmo tempo, mais impulsionadas a ser e fazer a diferença em nossa realidade atual, com a certeza de que, pelo Brasil inteiro, existem meninas com os mesmos ideais que nós”, afirma Juliê Pontes Zola, dirigente de Santa Maria/RS.

Na programação do Encontro Nacional, além das palestras, trabalhos em grupo, oficinas, momentos de oração e animação, há alguns destaques: o lançamento do Hino Oficial da Jufem e do livro “Lírio do Pai, guarda e cultiva a herança!”, que narra a trajetória da Juventude Feminina no Brasil. Outro momento especial será o Jantar das Gerações, reunindo várias mulheres que passaram pela Jufem, ao longo dos anos. O encontro encerra com uma Santa Missa, na Catedral Metropolitana, presidida pelo arcebispo de Londrina, Dom Orlando Brandes, com a participação especial das famílias voluntárias que hospedam as jovens participantes em suas casas.

Em Londrina há muito trabalho na preparação da infraestrutura do Encontro. “Jovens de todas as cidades estão se preparando ao longo do ano para este momento. Não são apenas três dias de encontro, mas um ano de trabalho e formação sob um lema que nos une. Esperamos sair fortalecidas em nossa unidade nacional, conscientes da grande missão que carregamos e com as energias recarregadas para dar continuidade ao trabalho da Obra de Schoenstatt, que inicia um novo século e depende de nós”, diz Jaqueline Montoya, de Atibaia/SP, da equipe de organização.

Viviane Guariente comenta que todos podem colaborar para o sucesso do XI Encontro Nacional: “Pedimos a todos muitas orações para que nosso encontro seja abençoado e que toda a Juventude, ao renovar o ideal de ser ‘Lírio do Pai, Tabor para o mundo’, retorne empolgada pela missão de levar Jesus e Maria para todos”.

Fonte: Zenit.com

 

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