Papa Francisco apoia coleta para a Igreja na América Latina

papa francisco1-600x3001O Papa Francisco definiu a coleta para a Igreja na América Latina como um sinal extraordinário de comunhão e solidariedade

“Um sinal extraordinário de comunhão e solidariedade.” Com estas palavras o Papa Francisco definiu a coleta para a Igreja na América Latina, promovida pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

Por ocasião do 50º aniversário de instituição da coleta, o Pontífice manifestou sua gratidão e apreço com uma mensagem enviada ao Arcebispo de Louisville, Joseph Edward Kurtz, presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

“Vi o bem que a generosidade constate dos fiéis estadunidenses realizou em todo o mundo, sobretudo na América Latina. Através de sua ajuda, muitas vidas foram tocadas pela Boa Nova do amor misericordioso de Cristo, especialmente os pobres”, frisa o Papa no documento enviado recentemente aos bispos estadunidenses.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, Francisco recorda que “a coleta para a Igreja na América Latina tomou forma e cresceu como meio eloquente para expressar os vínculos da fé e caridade que unem os católicos nos Estados Unidos e seus irmãos latino-americanos”.

Depois de cinquenta anos, “a coleta permanece um meio precioso de apoio nos esforços das Igrejas locais na América Latina e Caribe para proclamar o Evangelho e formar discípulos missionários cheios de zelo pela difusão da justiça, santidade e paz”.

Nessa perspectiva, o Papa sublinha que desde os Andes ao Caribe, o compromisso pastoral da Igreja contou não somente com as ofertas dos fieis estadunidenses, mas também “com o sentido crescente de comunhão que nasceu da partilha de dons”.

“Momentos significativos na vida da Igreja na América Latina e no Caribe, como a Conferência de Medellín e a Conferência de Aparecida, foram acompanhados pelas orações e presença encorajadora da comunhão católica nos Estados Unidos”, afirma Francisco. O Santo Padre deseja que a ajuda do episcopado estadunidense na coleta continue dando frutos para a vida espiritual e o testemunho do Evangelho.

Doação
Durante a Plenária dos Bispos estadunidenses, em Baltimore, aberta na segunda-feira, 16, o Bispo auxiliar de Seattle, Dom Eusebio L. Elizondo, presidente da subcomissão para a Igreja na América Latina, anunciou uma doação de três milhões e trezentos mil dólares para as atividades pastorais, que estarão disponíveis a partir de janeiro de 2016.

Durante a assembleia foi aprovado um documento que condena a indústria da pornografia. Dom Kurtz convidou os confrades a serem pastores presentes, acolhedores e com desejo de caminhar com as pessoas, seguindo o modelo indicado pelo Papa Francisco durante sua recente viagem apostólica aos Estados Unidos.

Nesse sentido, “os bispos devem buscar uma presença na arena pública sempre em busca do bem comum, permitindo a fé de agir, nunca impondo, mas sempre convidando e servindo”, concluiu o arcebispo.

Da redação, com Rádio Vaticano

Fonte: Canção Nova

 

Cáritas elege nova diretoria em Assembleia

Assembleia Caritas2015 2Evento abriu comemorações dos 60 anos da instituição, que serão celebrados em 2016


A Cáritas Brasileira, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou sua XX Assembleia, entre os dias 12 e 15 de novembro, em Brasília (DF). Na ocasião, foi eleita a nova diretoria da instituição. O arcebispo coadjutor de Aracaju (SE), dom João José Costa (à esquerda), foi escolhido para presidência da Cáritas, para o período de 2016 até 2019.

O encontro abordou o tema “Gestão da Rede Cáritas” e o lema “Cáritas Brasileira: Missão e solidariedade a serviço da Vida”. A abertura do evento eletivo e comemorativo aconteceu na data em que a instituição completou 59 anos, dando início à ação “Rumo aos 60 anos”.

O cargo de vice-presidente da Cáritas Brasileira será ocupado pela irmã Lourdes Maria Staudt Dill, da Congregação das Filhas do Amor Divino e que atua na Cáritas de Santa Maria (RS). A nova diretora-secretária será Marilene Alves de Souza, da Cáritas diocesana de Montes Claros (MG). O diretor-tesoureiro será Udelton da Paixão, da Cáritas diocesana de Paracatu (MG). Também foram eleitos os membros do Conselho Fiscal, composto por Adão José Piva, padre Wilson Buss, Anadete Gonçalves Reis, que são os três membros titulares; e Otília Balio Fava, padre Francisco Almeida, e diácono Marcus Soares, os suplentes.

Avaliação
Após homenagem à atual diretoria, o bispo de Santarém (PA) e presidente da Cáritas, que cumprirá mandato até o início do próximo ano, dom Flávio Giovenale, e a atual Diretoria Nacional repassarão as atribuições à nova gestão, dentro de um contexto de crescimento no número de entidades-membros e também de articulações nos regionais. Dom Flávio destacou a melhor atuação em conjunto entre os inter-regionais e o fortalecimento do relacionamento com a CNBB.

“Esta experiência adquirida junto a Cáritas nos possibilitou obter uma visão maior do Brasil, porque até então meu trabalho fora desenvolvido principalmente na região da Amazônia. Pessoalmente, agora tenho uma visão mais clara de quanto bem se faz no Brasil. O detalhe é que o bem não faz barulho. As árvores que crescem, as florestas que surgem, não fazem barulho. Já uma árvore que cai faz um estrondo enorme. A Cáritas não faz barulho, as Pastorais Sociais também não. Temos certeza que este mundo pode ser melhor para todos e todas. Por isso devemos manter as esperanças e trabalhar pelos mais necessitados e necessitadas”, contou o bispo.

A vice-presidente da Cáritas, Anadete Reis, falou da oportunidade de celebrar o trabalho da Cáritas Brasileira e debater a realidade do país. “A Cáritas mostra que existe um outro mundo possível de ser construído, que existem alternativas para além do atual domínio dos grandes projetos. Porque ela defende a soberania do país, a liberdade de sua população, a construção de uma sociedade justa e solidária. A Cáritas está se organizando melhor para responder à sua missão”, declarou.

Continuidade
O presidente eleito da Cáritas, dom João Costa, ressaltou a atuação solidária do organismo. “A Cáritas é a caridade na Igreja. A Cáritas representa a esperança, significa a opção pelos pobres. Vivenciar a Cáritas é caminhar com o compromisso de uma sociedade justa, fraterna e solidária, a partir da caminhada em Cristo e da vivência da fé. A Igreja é uma instituição de grande relevância, tem muito a oferecer à sociedade. E não pode se recusar a atender este chamado”, disse.

Sobre o trabalho a ser oferecido pela Cáritas, dom João afirma que a organização deve se pautar pela união e pela fidelidade à sua missão. “Um agente animado anima muitos outros. Um desanimado, desanima outros tantos”, aponta. O bispo ainda disse que é uma “grande alegria e um grande desafio” contribuir para uma “história tão extraordinária como a da Cáritas”.

“A nossa contribuição tem que ser na direção da construção de um mundo melhor. Para isso, contamos com o apoio de todos e todas, de Deus e do Espirito Santo, para nos dar força para enfrentar os desafios e construir um mundo melhor, atendendo os pobres e fortalecendo sua esperança”, declarou.

Em 2016, a Cáritas Brasileira irá completar 60 anos de fundação. No contexto das comemorações, duas ações foram propostas. Haverá o Concurso Comemorativo - Pintando, cantando e contando os 60 anos da Cáritas Brasileira, que reconhecerá trabalhos com a temática do aniversário nas áreas de Design Gráfico, Música e Literatura.

A outra iniciativa é chamada “Pontos de Solidariedade”. Os agentes das diversas instâncias da Rede Cáritas foram convidados a encontrar e eleger 60 pontos de solidariedade nas comunidades. Saiba mais clicando aqui.

A vice-presidente eleita, irmã Lourdes Dill, falou sobre as comemorações e novos passos da entidade. “Agora que vamos celebrar o jubileu, devemos sim olhar para o passado, mas também para o futuro. A Cáritas é o grande braço social da Igreja. Ela representa a conquista da cidadania, colabora para que toda gente seja efetivamente gente. Devemos fortalecer o espírito de cordialidade, o trabalho em rede, apostar na ação coletiva, abandonando o individualismo. Nossa meta é a construção da justiça e da paz, cumprindo a missão da Cáritas que Deus nos confiou”, avaliou.

Com informações da Cáritas Brasileira e foto de Ricardo Piantino/Cáritas Brasileira

Fonte: CNBB

 

Papa: a caridade não se faz com o supérfluo

angelus 0811“Há doenças cardíacas que fazem aproximar o bolso, a carteira ao coração”. O Papa Francisco no Angelus deste domingo comentou com essa imagem a mensagem do óbolo da viúva, que convida não só a dar o supérfluo aos pobres, mas também o que nos custa verdadeiramente dar, narrada pelo Evangelho deste domingo. Neste contexto, o Pontífice contou um episódio sobre uma família de Buenos Aires, cidade, que definiu a sua diocese anterior.

“Uma mãe e seus três filhos, enquanto que o pai estava no trabalho, se colocaram à mesa diante de bifes à milanesa. Batem à porta e mamãe pergunta quem é?. A criança que tinha ido abrir a porta responde que havia um mendigo que pede algo para comer. E a mãe, que era uma boa cristã, pega uma faca e diz às crianças: ‘O que vamos fazer? Vamos dar metade de cada bife'. 'Não mãe, não assim'! Pegue da geladeira”, respondem as crianças. ‘Não, vamos fazer três sanduíches’, responde a mãe. E as crianças aprenderam. A verdadeira caridade se faz assim. Estou certo de que naquela tarde elas tiveram um pouco de fome. Devemos nos privar de algo como essas crianças se privaram da metade do bife”.

“Jesus - explicou Francisco – diz também a nós que o critério de julgamento e não é a quantidade, mas a plenitude; há uma diferença entre quantidade e plenitude. Você pode ter tanto dinheiro, mas ser vazio, não há plenitude no seu coração. Não é questão de carteira, mas de coração. Amar a Deus “com todo o coração” significa confiar n'Ele, na sua providência, e servi-Lo nos nossos irmãos mais pobres sem esperar nada em troca”.

“Diante das necessidades dos outros, somos chamados a nos privar de algo essencial, não apenas do supérfluo; somos chamados a dar o tempo necessário, não só aquilo que avança; somos chamados a dar imediatamente e sem reserva alguns de nossos talentos, e não depois de tê-los usados para nossas finalidades pessoais ou de grupo”.

Peçamos ao Senhor – invocou o Papa nas palavras que precederam a oração do Angleus - de nos admitir à escola desta pobre viúva que Jesus, entre a perplexidade dos discípulos, faz subir à cátedra e apresenta como mestra do Evangelho vivo. Por intercessão de Maria, a mulher pobre que deu a sua vida a Deus por nós, peçamos o dom de um coração pobre, mas rico em uma generosidade alegre e gratuita”.

Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou que neste domingo, na Itália, se celebra o Dia de Ação de Graças, que este ano tem como tema “O solo, o bem comum”. Associo-me aos Bispos desejando que todos ajam como administradores responsáveis ​​de um precioso bem coletivo, a terra, cujos frutos têm um destino universal. Eu estou próximo com gratidão ao mundo agrícola, e encorajo a cultivar a terra de modo a preservar a fertilidade para que produza alimento para todos, hoje e para as gerações futuras. Neste contexto, se realiza em Roma o Dia diocesano para a salvaguarda da criação, que este ano é enriquecido pela "Marcha pela terra."

O Papa recordou ainda que nesta segunda-feira, terá início em Florença, o 5º Congresso Eclesial Nacional, com a presença de bispos e delegados de todas as dioceses italianas. Trata-se de um evento importante de comunhão e de reflexão, ao qual – disse Francisco – “terei a alegria de participar também eu, na terça-feira próxima, depois de uma breve passagem por Prato.

Fonte: Rádio Vaticana/ News.VA

 

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