CNBB sugere atividades nas dioceses durante a JMJ 2016
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- Quinta, 28 Janeiro 2016 15:22
Jovens do mundo inteiro já se preparam para a Jornada Mundial da Juventude 2016, que será na Polônia no mês de julho. Do Brasil, mais de 10 mil jovens já se inscreveram para esse que é o maior evento da juventude mundial.
A última edição da JMJ foi realizada no Rio de Janeiro e chegou a reunir 4 milhões de pessoas em Copacabana na Missa de Envio, o último momento da Jornada. Para este ano, a participação da juventude brasileira fica mais difícil tendo em vista a distância do país-sede, a Polônia, mas isso não é um impedimento para participar do espírito da Jornada.
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O presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Vilson Basso, diz que a CNBB está sugerindo que todas as dioceses do país a promovam atividades durante a JMJ para aqueles jovens que não puderem ir à Polônia.
“Que promova na catedral, que promova na praça da cidade, que promova nas paróquias, atividades durante a Jornada Mundial criando esse espírito de comunhão com o Papa, com a juventude que pode ir para lá, mas mantendo aceso o espírito da JMJ aqui do Rio de Janeiro, porque foi uma benção para toda a Igreja no Brasil”.
A JMJ 2013
Como frutos da última Jornada, Dom Vilson cita a maior participação da juventude nas atividades da Igreja, com o surgimento de mais grupos de jovens e de experiências missionárias dentro e fora das dioceses. “A gente sente que a preparação para a Jornada, a passagem da Cruz da Jornada Mundial da Juventude, as palavras do Papa Francisco plantaram sementes que produzirão frutos por muitos anos”.
E para manter acesso esse espírito missionário, o bispo recordou o projeto “Rota 300”, lançado por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, que serão comemorados em 2017. Aproveitando a iniciativa, a CNBB deu um caráter juvenil ao projeto, como forma de impulsionar o espírito missionário dos jovens para dar continuidade aos frutos da JMJ 2013, no Rio de Janeiro.
Como funciona o Rota 300
No Rota 300, a imagem peregrina da Mãe Aparecida percorre o Brasil, sendo carregada pelos jovens. O grande evento conclusivo será a Semana Missionária, realizada em julho de 2017, nas dioceses por onde passa o rio Paraíba do Sul. Dom Vilson já adianta o convite para que os jovens participem do evento.
“Um grande evento missionário aqui na região de Aparecida, com a Mãe Aparecida, no espírito do que foi a JMJ e fazendo com que a juventude de fato seja, como dizem os documentos da Igreja, como dizem as diretrizes, é que uma Igreja sem jovens é uma Igreja sem presente e sem futuro. Nós queremos uma Igreja católica com presente, com futuro, com a força, a energia, a esperança e a alegria da juventude”.
Fonte: Canção Nova Notícias
No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Comissão Para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz divulga nota
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- Quinta, 28 Janeiro 2016 15:08
Texto é dirigido às pessoas que se empenham em eliminar o trabalho escravo
Hoje, 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, uma nota. O texto, que é assinado pelo bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão, dom Guilherme Werlang, se dirige a todas as pessoas e instituições que se empenham em eliminar o trabalho escravo, assim como ajuda a encorajá-las a continuar lutando para a sua completa erradicação.
“A exploração do ser humano no trabalho escravo é uma das piores violações aos direitos da pessoa humana, à sua dignidade, especialmente por negar-lhe o direito de trabalhar em condições que lhe sejam condizentes e de receber um salário justo. O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para violar os seus direitos”, diz um trecho da nota.
Confira abaixo, a nota, na íntegra:
DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO
1. A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB se dirige, neste 28 de janeiro - Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo - a todas as pessoas e instituições que se empenham em eliminar este crime, para encorajá-las a continuar lutando até sua completa erradicação.
2. O dia 28 de janeiro é celebrado no Brasil como o dia “D” do combate ao trabalho escravo. A data lembra o assassinato de três auditores fiscais do trabalho e de seu motorista, ocorrido em 28 de janeiro de 2004, durante a fiscalização de grandes fazendas da região de Unaí (MG).
3. De 1995 até hoje mais de 50 mil pessoas já foram resgatadas do trabalho escravo pela fiscalização federal. O Brasil, como poucos outros países, tem uma definição legal, clara e atual do que é o trabalho em condição análoga à de escravo. Este se caracteriza pela imposição de jornada exaustiva, ou pela submissão a condições degradantes, ou pela prática da servidão por dívidas ou do trabalho forçado. A comunidade internacional, precisamente a OIT, reconhece e parabeniza o avanço da legislação brasileira neste campo.
4. Nos dias de hoje, ao continuar tratando a pessoa do trabalhador como se coisa fosse a pretexto de auferir mais lucro na sua exploração, a escravidão assume formas diversas, inclusive diferentes da antiga escravidão. Nossa economia deve se prezar acima de tudo pelo valor da dignidade humana, o que implica, entre outras coisas, em abolir a prática do trabalho escravo nas várias atividades onde já foi flagrada nos últimos 20 anos: na pecuária, nas lavouras, no desmatamento, na construção civil, na confecção, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros, nos barcos ou nos serviços domésticos.
5. Os trabalhadores e as trabalhadoras em situação de migração são as principais vítimas do trabalho escravo. Entre estes, os estrangeiros, imigrantes em nosso país, são os que estão ainda mais expostos à exploração, devido à sua específica situação de vulnerabilidade e por necessitarem com urgência prover o próprio sustento e o da família. Evidencia-se, pois, a importância de tratar os imigrantes e refugiados com respeito e oferecer-lhes condições dignas de trabalho. O mesmo vale para todos os migrantes.
6. A exploração do ser humano no trabalho escravo é uma das piores violações aos direitos da pessoa humana, à sua dignidade, especialmente por negar-lhe o direito de trabalhar em condições que lhe sejam condizentes e de receber um salário justo. O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para violar os seus direitos.
7. Lembramos o compromisso do Estado brasileiro, firmado em diplomas nacionais e internacionais, de continuar adotando medidas que inibam a prática do trabalho escravo, tanto na área Legislativa, como no executivo e no Judiciário. Nenhum retrocesso será justificável nem pode ser tolerado. Igualmente, reitera-se o apelo para que se esmere na proteção e defesa dos que lutam pelo fim do trabalho escravo, sejam funcionários públicos, sejam membros da sociedade civil. Também é preciso redobrar a atenção e buscar a adoção de políticas públicas que garantam a inserção decente das pessoas libertadas do trabalho escravo bem como daquelas em situação de risco.
8. Fazemos nossas as palavras do Papa Francisco por ocasião do Dia Mundial da Paz: “lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo, o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)”.
Que a Mãe Aparecida seja sempre nossa companheira de caminhada e nos ajude a construir um mundo de irmãos e irmãs, livre de todas as formas de escravidão e exclusão.
Fraternalmente,
Dom Guilherme Werlang
Bispo de Ipameri - GO
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Caridade, da Justiça e da Paz
Fonte: CNBB
Comunicação deve expressar misericórdia, pede Papa
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- Sexta, 22 Janeiro 2016 15:14
Em mensagem para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais, Papa destaca que aquilo que dizemos e o modo como o dizemos deveria expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus
O Vaticano divulgou nesta sexta-feira, 22, a mensagem do Papa Francisco para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”.
Ao refletir sobre a relação entre comunicação e misericórdia, Francisco destaca o cuidado que é preciso ter com o que se diz e o modo como se diz. Ele explica que as palavras e gestos devem expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos.
“O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.”
O Papa afirma que as palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais e os povos, tanto no ambiente físico como no digital.
Na mensagem, Francisco convida todas as pessoas de boa vontade, a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar as relações dilaceradas e restaurar a paz e a harmonia entre as famílias e comunidades.
O Santo Padre citou Shakespeare, ao dizer que a misericórdia é capaz de implementar um novo modo de falar e dialogar: “A misericórdia não é uma obrigação. Desce do céu como o refrigério da chuva sobre a terra. É uma dupla bênção: abençoa quem a dá e quem a recebe” (O mercador de Veneza, Acto IV, Cena I).
Linguagem da política e da diplomacia
A linguagem da política e da diplomacia também foi lembrada pelo Papa. Ele pede àqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública, que estejam vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado.
Comunicar a verdade com amor
Francisco explica que é dever principal do cristão afirmar a verdade com amor e que palavras e gestos duros ou moralistas podem alienar ainda mais aqueles que queríamos levar à conversão.
“Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas. É nosso dever admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos, a fim de libertar as vítimas e levantar quem caiu.”
Saber escutar
Para comunicar com misericórdia, o Papa afirma que é fundamental escutar. Ele reconhece que não é uma atitude fácil e que as vezes é mais cômodo fingir-se de surdo, mas destaca que saber escutar é uma graça, um dom que é preciso implorar e depois exercitar-se a praticá-lo.
Redes Sociais
Ao falar sobre as redes sociais o Pontífice deixou claro que elas também podem ser formas de comunicação plenamente humanas. “Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor.”
Ele chamou atenção para o uso das redes que tanto são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, como podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos.
Por fim o Papa destaca que o encontro entre a comunicação e a misericórdia é fecundo na medida em que gerar uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa.
“Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade.”
Fonte: Canção Nova
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