Prêmio Nobel da Paz 2017 põe em foco a luta pelo fim da utilização de armas nucleares

ICANA campanha internacional para proibir as armas nucleares (ICAN, na sigla em inglês) recebeu na sexta-feira, 6 de outubro, o Prêmio Nobel da Paz de 2017. Trata-se de uma coalizão de organizações não governamentais de cerca de 100 países. A organização recebe o prêmio por seu trabalho em chamar a atenção para as consequências catastróficas do uso de armas nucleares e por seus esforços para chegar a um tratado que proíba esse tipo de armas. O comitê norueguês fez sua escolha este ano entre 318 candidaturas, sendo 217 individuais e 103 de organizações. O ganhador sucede o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, destacado por seus “esforços decididos” em levar a paz a seu país após 52 anos de conflito armado.

Todos os Estados, organizações internacionais e organizações da sociedade civil devem reconhecer que “é um imperativo humanitário universal banir as armas nucleares, mesmo para os Estados que não as têm”, afirma, na página do Facebook, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN), vencedora do prémio Nobel da Paz 2017.

Para Chico Whitaker, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CPJP), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é bem evidente que este prêmio foi concedido diante dos riscos reais que o mundo está correndo com as ameaças de uso de bombas nucleares pela Coreia do Norte e pela imprevisibilidade das atitudes de Trump. “Denunciar esses riscos e lutar para evitá-los é um ainda maior desafio que o Nobel da Paz de 2017 coloca para o mundo e particularmente para nós brasileiros”, disse.

O Prêmio Nobel desse ano também chama a atenção, segundo Chico Whitaker, para o chamado uso civil da energia atômica em usinas para produzir eletricidade. “Os efeitos trágicos de acidentes nessas usinas – muito maiores do que a explosão de uma bomba – são praticamente ignorados de nossa população e totalmente desconsiderados pelos nossos irresponsáveis políticos”, disse.

“O prêmio reveste-se de grande relevância, pois homenageia uma articulação internacional de entidades e redes presentes em mais de 100 países e em torno de uma questão particularmente desafiadora a humanidade: a proibição de armas nucleares”, disse o secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Moura.

Segundo a CBJP, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sabe-se que a articulação vencedora tem forte presença nos países reconhecidamente detentores de tecnologia e armamentos nucleares, capazes de eliminar a vida humana, alterando o ambiente natural. Atualmente são nove os países que têm (ou podem ter) armas nucleares, mas a Rússia e os Estados Unidos têm mais de 90% das armas.

Para a CBJP, o prêmio Nobel concedido à ICAN “serve como gracioso estímulo e visibilidade às lutas”, das organizações que lutam pelos direitos humanos, num contexto nos veem suas lutas desvalorizadas pelo estado nacionais e pelo brasileiro.

A CBJP tem assento na rede Articulação Antinuclear, organização que se dedica a evitar que o Brasil utilize usinas nucleares. O tema tem ganhado algum destaque na sociedade brasileira, inclusive a própria CNBB já discutiu o assunto em assembleia e reuniões de seu colegiados diretivos: Conselho Episcopal Pastoral e Conselho Permanente. O papa Francisco desde o início de seu pontificado lembra “que deve ser feito todo esforço para dar fim aos testes nucleares e desse modo eliminar seus efeitos devastadores sobre a vida das pessoas”.

Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares

O Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares (NPT), da Organização das Nações Unidas, assinado atualmente por 191 Estados, entre os quais o Brasil, também tem como objetivo o controle da propagação das armas nucleares. O tratado pretende “prevenir a disseminação de armas nucleares e tecnologia de armas, promover a cooperação de usos pacíficos da energia nuclear e promover o objetivo de desarmamento generalizado e completo”.

O Prêmio Nobel da Paz é o único dos seis prêmios outorgado e entregue fora da Suécia. Isso ocorre por desejo expresso de Alfred Nobel, já que, em sua época, a Noruega fazia parte do reino sueco. Segundo deixou escrito em seu testamento, o Nobel da Paz deve reconhecer aqueles que contribuam para “o entendimento entre os povos e a eliminação ou a redução de armamentos, assim como formar ou impulsionar convenções de paz”.

Entre os 217 indivíduos e as 103 organizações indicadas, os favoritos entre os especialistas e as casas de aposta este ano foram o acordo nuclear iraniano, os voluntários sírios de Defesa Civil, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), o papa Francisco, a União para as Liberdades Civis na América (ACLU) e Can Dündar, ex-redator-chefe do jornal turco Cumhuriyet.

Fonte: cnbb.net.br

Vaticano anuncia programa da viagem do Papa a Mianmar e Bangladesh

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Papa visitará países asiáticos de 28 de novembro a 2 de dezembro

O Vaticano divulgou nesta terça-feira, 10, a programação da próxima viagem do Papa Francisco, que será a Mianmar e Bangladesh de 28 de novembro a 2 de dezembro.

A primeira etapa da visita será em Mianmar. A chegada do Papa ao país está prevista para as 13h30 (hora loca) no aeroporto de Yangon, onde haverá uma acolhida oficial. A programação de fato começa na terça-feira, 28, quando o Papa segue para Nay Pyi Taw, onde participará da cerimônia de boas vindas no Palácio Presidencial, com visita de cortesia ao presidente (16h, hora local) e o encontro com os conselheiros de Estado e Ministros dos Assuntos Externos, às 16h30.

Francisco concluirá as atividades do dia com o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático, previsto para as 17h15 (hora local) no International Convention Centre. Após o encontro, o Papa se dirigirá ao arcebispado.

Na quarta-feira, 29, a primeira celebração eucarística presidida por Francisco em Mianmar. A Missa está prevista para as 9h30 (hora local) no Kyaikkasan Ground.

Às 16h15 do mesmo dia, o Santo Padre se encontrará com o Conselho Supremo “Sangha” dos monges budistas no Kaba Aye Centre e às 17h15 com os Bispos de Mianmar na Catedral de St. Mary.

No dia seguinte, 30, será a vez dos jovens. O Papa presidirá a Santa Missa com a juventude na Catedral de St. Mary às 10h15 e às 12h45 se despedirá de Mianmar rumo a Bangladesh.


Segunda etapa: Bangladesh

A chegada do Papa a Bangladesh está prevista para as 13h05 (hora local) do dia 30 de novembro. No aeroporto internacional da capital Daca, às 15h, ele participará da cerimônia de boas vindas.

Nesse mesmo dia, às 16h (hora local), Francisco visitará o Memorial Nacional dos Mártires de Savar e logo em seguida, a homenagem ao Pai da Nação no Bangabandhu Memorial Museum, onde assinará o Livro de Honra.

A visita de cortesia ao presidente no palácio presidencial será às 17h30 (hora local), reunindo-se em seguida com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático do país.

A primeira Missa com o Papa em Bangladesh será no dia 1º de dezembro, às 10h (hora local) no Suhrawardy Udyan Park. Essa celebração terá ordenação presbiteral. Na parte da tarde, o Pontífice receberá a visita do Primeiro Ministro na Nunciatura Apostólica e fará uma visita à Catedral, à Casa dos Sacerdotes Idosos e se encontrará com os bispos de Bangladesh.

Ainda no dia 1º, encerrando o dia de atividades, o Santo Padre participará de um encontro inter-religioso e ecumênico pela paz no Jardim do Arcebispado (previsto para as 17h, hora local).

Já no dia 2 de dezembro, último dia de sua estadia no país, Francisco fartá uma visita privada (às 10h, hora local) à Casa Madre Teresa de Tejgaon. Depois, terá o encontro com os sacerdotes, religiosos, consagrados, seminaristas e noviças na Igreja do Santo Rosário.

Às 11h45 (hora local), o Papa visita o cemitério paroquial e a antiga Igreja do Santo Rosário. Às 15h20, participa do Encontro com os Jovens no Notre Dame College de Daca, concluindo assim a 20ª Viagem Apostólica internacional de seu Pontificado.

O avião papal deve partir do aeroporto internacional de Daca por volta de 17h05 (hora local), e chegar ao Aeroporto de Ciampino, em Roma, às 23 horas do mesmo dia.

Essa será a quarta viagem de Francisco nesse ano de 2017 e a primeira de um Papa a Mianmar. Já Bangladesh recebe um Pontífice pela segunda vez: De 19 de novembro a 1º de dezembro de 1986, o país recebeu a visita do então Papa João Paulo II.

Fonte: noticias.cancaonova.com

Rosa de Ouro é apresentada no Santuário Nacional

rosaA celebração do nono e último dia de preparação para a grande festa dos 300 anos foi ainda mais especial com a presença do cardeal italiano Giovanni Battista Re, que entregou ao Santuário Nacional a Rosa de Ouro, presente do papa Francisco.

Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida recebeu a honraria que representa a predileção do pontífice por personalidades, Santuários e o reconhecimento de fatos históricos, importantes para a Igreja. O artefato pesa cerca de um quilo e mede aproximadamente 50 centímetros.


Chegada do Cardeal

Dom Giovanni Battista Re chegou ao Santuário Nacional na manhã desta segunda-feira (9) e foi recepcionado pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Scherer, pelo reitor do Santuário, padre João Batista de Almeida, pelo ecônomo, padre Daniel Antônio, pelo prefeito de Igreja, padre Rodrigo Arnoso e diversos Missionários Redentoristas.

Assim que chegou, o representante do Papa fez questão de visitar o nicho de Nossa Senhora Aparecida, onde rezou uma Ave Maria junto aos devotos que estavam visitando a Imagem.


Festa Jubilar

Nos três dias de comemoração dos 300 anos de Aparecida o Legado Pontifício preside a celebração eucarística das 9h, no dia 11 de outubro e no dia 12, a Missa Solene, às 9h30.

Fonte: a12.com

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