Na Festa da Misericórdia, Papa pede: é preciso deixar-se perdoar

papa-missa-da-divina-misericordia youtube-vatican-news"Para experimentar o amor, é preciso passar por ele: deixar-se perdoar”. A frase é parte da homilia da Santa Missa da Divina Misericórdia, presidida pelo Papa Francisco neste segundo domingo da Páscoa, 8. O evangelho do dia (Jo 20, 19-31) – que retrata a incredulidade e desejo de Tomé de ver e tocar as marcas da crucificação de Jesus – é, de acordo com o Santo Padre, um convite aos cristãos, para assim como o apóstolo, terem a experiência de tocar com as mãos a misericórdia de Deus.

Agradecer a Tomé, esta é a postura que os fiéis devem ter diante da liturgia deste domingo, segundo o Pontífice. Para Francisco, o discípulo ensina sobre a percepção dos sinais de Deus, do toque das chagas de Cristo e da compreensão do mistério do amor e do perdão divino. “Entrar nas suas chagas significa contemplar o amor sem medidas que brota do seu coração. Esse é o caminho. Significa entender que o seu coração bate por mim, por ti, por cada um de nós. Queridos irmãos e irmãs, podemos nos considerar e chamar-nos cristãos, e falar sobre muitos belos valores da fé, mas, como os discípulos, precisamos ver Jesus tocando o seu amor”, afirmou o Papa.

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“Meu Senhor e meu Deus!”, a exclamação de Tomé após ver e tocar as chagas de Jesus chama atenção, de acordo com o Santo Padre, para o uso do pronome “meu”. “Trata-se de um pronome possessivo e, se refletimos sobre isso, podia parecer fora do lugar referi-lo a Deus: como Deus pode ser meu? Como posso fazer que o Todo-poderoso seja meu? Na realidade, dizendo meu, não profanamos a Deus, mas honramos a sua misericórdia, pois foi Ele que quis ‘fazer-se nosso’”, refletiu o Pontífice, que prosseguiu afirmando que Deus não se ofende em criar laços e pertencer à humanidade, pois o amor requer confiança, assim como a misericórdia.

Para saborear o amor e a misericórdia de Deus, Francisco reafirmou aos cristãos a necessidade de deixarem-se perdoar. Nesta realidade do perdão, o Papa exaltou o sacramento da confissão e rogou a Deus para que dê aos fiéis a graça de vê-la não por meio da vergonha, mas pela oportunidade do encontro com Cristo. “Quando nos sentimos envergonhados, devemos ser agradecidos: quer dizer que não aceitamos o mal, e isso é bom. A vergonha é um convite secreto da alma que precisa do Senhor para vencer o mal. O drama está quando não se sente vergonha por coisa alguma. Não devemos ter medo de sentir vergonha! E assim passemos da vergonha ao perdão!”, pediu Francisco.

Contudo, o Santo Padre afirmou haver também outra porta fechada diante do perdão: a resignação. “Os discípulos a experimentaram quando, na Páscoa, constatavam que tudo tivesse voltado a ser como antes: ainda estavam lá, em Jerusalém, desalentados; o ‘capítulo Jesus’ parecia terminado e, depois de tanto tempo com Ele, nada tinha mudado: ‘-Resignemo-nos’”, contou o Pontífice, e observou para a presença deste sentimento também entre os cristãos que não conseguem vislumbrar mudanças, mas somente seus pecados.

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“O Senhor nos interpela: ‘Não acreditas que a misericórdia é maior do que a tua miséria? Estás reincidente no pecado? Sê reincidente em clamar por misericórdia, e veremos quem leva a melhor!’. E depois – quem conhece o sacramento do perdão o sabe – não é verdade que tudo permaneça como antes. Em cada perdão recebemos novo alento, somos encorajados, pois nos sentimos cada vez mais amados, mais abraçados pelo Pai. E quando, sentindo-nos amados, caímos mais uma vez, sentimos mais dor do que antes. É uma dor benéfica, que lentamente nos separa do pecado. Descobrimos então que a força da vida é receber o perdão de Deus, e seguir em frente, de perdão em perdão”, afirmou o Papa.


Após citar a vergonha e a resignação, Francisco direcionou o olhar para o pecado. O Santo Padre retomou a dificuldade do perdão pessoal, enfrentado por muitos cristãos e questionou: “Se eu, com toda a honestidade, não quero me perdoar, por que o faria Deus?”. O Pontífice prosseguiu anunciando que tal atitude é uma forma de fechar a porta para um encontro com Deus e frisou que Cristo nunca decide separar-se da humanidade.

“Quando nos confessamos, tem lugar o inaudito: descobrimos que precisamente aquele pecado, que nos mantinha distantes do Senhor, converte-se no lugar do encontro com Ele. Ali o Deus ferido de amor vem ao encontro das nossas feridas. E torna as nossas chagas miseráveis semelhantes às suas chagas gloriosas”, suscitou. Por fim, o Papa convidou os cristãos a encontrarem no perdão de Deus, a alegria, e, na misericórdia, a esperança.

Fonte: noticias.cancaonova.com

‘Formação dos Presbíteros’ será tema da 56ª Assembleia Geral da CNBB

55ª Assembleia Geral - Thiago LeonOs bispos do Brasil irão se reunir para 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), de 11 a 20 de abril, em Aparecida (SP). Nesta ocasião, as discussões, estudos e decisões serão em torno das “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, estará presente.

De acordo com o Bispo Auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, o objetivo é atualizar as diretrizes em vigor, aprovadas em 2010, por ocasião da 48ª Assembleia Geral da CNBB. “Essa atualização é motivada especialmente pelo magistério do Papa Francisco e pela publicação pela Congregação para o Clero do documento ‘O dom da vocação presbiteral’, que constitui a chamada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis”.

A abertura oficial da 56ª Assembleia Geral acontecerá no dia 11 de abril, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, onde acontecerá a maior parte dos trabalhos dos bispos. Durante a assembleia, a programação começa com a missa diária com laudes e há sessões pela manhã e à tarde. No final de semana, haverá o retiro dos bispos.

Fonte: Arquidiocese JF com informações de A12.com

Papa conclui ciclo de catequeses sobre a Santa Missa

papa-catequese O Papa Francisco concluiu nesta quarta-feira, 4, o ciclo de catequeses sobre a Santa Missa, iniciado em novembro do ano passado. A reflexão de hoje foi dedicada aos ritos finais da Missa: a benção concedida pelo padre e a despedida do povo.

“Os cristãos não vão à Missa para cumprir uma tarefa semanal e depois se esquecem, não. Os cristãos vão à Missa para participar da Paixão e Ressurreição do Senhor e depois viver mais como cristãos: abre-se o compromisso do testemunho cristão”, disse.

Francisco acrescentou que, ao sair da Igreja, o compromisso é “ir em paz”, levar a benção de Deus nas atividades cotidianas; cada vez que a pessoa sai da Missa ela deve sair melhor do que entrou, ponderou o Santo Padre, com mais vida, mais força e vontade de dar testemunho cristão.

“Não devemos esquecer que celebramos a Eucaristia para a prender a tornar homens e mulheres eucarísticos. O que isso significa? Significa deixar Cristo agir nas nossas obras”, observou o Papa, acrescentando que os frutos da Missa são destinados a amadurecer na vida de cada dia.

“Agradeçamos ao Senhor pelo caminho de redescoberta da Santa Missa que nos deu para percorrermos juntos e deixemo-nos atrair com fé renovada a este encontro real com Jesus morto e ressuscitado por nós. E que a nossa vida seja sempre ‘florida’ assim como a Páscoa, com as flores da esperança, da fé, das boas obras”, concluiu.

E tendo em vista que nessa semana a Igreja celebra a oitava de Páscoa, logo no início da reflexão de hoje o Papa convidou os fiéis aos votos de Feliz Páscoa, inclusive ao Papa Emérito Bento XVI, que acompanhava a catequese pela televisão. “Ao Papa Bento, todos demos a Boa Páscoa. E um aplauso forte”.

Fonte: noticias.cancaonova.com

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