Encerra-se a 56ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP)

encerramento1Em cerimônia transmitida por canais católicos de Televisão, foi encerrada, solenemente, a 56ª Assembleia da CNBB. Os bispos fizeram desse momento, ocasião de oração e ação de graças. Cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, acompanhado por dom Murilo Krieger, vice-presidente, pelo Núncio Apostólico, dom Giovanni d’Aniello, e pelo coordenador dos trabalhos desses dois últimos dias, dom João Justino, arcebispo-coadjutor de Montes Claros (MG), agradeceu a todos que ajudaram na realização do evento.

O Núncio Apostólico do Brasil leu uma mensagem do Papa: “O Papa os anima neste Ano do Laicato no Brasil a permanecer atentos aos sensus fidei do seu povo, tão generoso e devoto. Ajudando os leigos a viver sempre em sintonia com seus pastores. O protagonismo do chamado a ser cada vez mais uma Igreja em saída, na certeza de que a Mãe Aparecida, cujo aniversário de 40 anos da restauração de sua imagem se está celebrando, não deixará de interceder que caminha no Brasil para que possa sempre buscar a restauração dos seus membros. O Papa Francisco, de coração, envia a todos os bispos e suas dioceses do Brasil, a bênção apostólica e pede, por favor, que continuem a rezar por ele“.

Na quinta-feira, 19 de durante a última coletiva em Aparecida (SP), o Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da entidade, destacou o clima de fraternidade que permeou o encontro do episcopado brasileiro que termina nesta sexta-feira, 20.

Segundo dom Sergio, a Assembleia Geral vai muito além do que se pode considerar como pronunciamentos, declarações, notas, mensagens ou documentos que são elaborados e aprovados pelo episcopado brasileiro. “Nós não nos reunimos apenas por produzir textos. Claro que eles são muito importantes. Mas a Assembleia quer ser, em primeiro lugar, um espaço de convivência fraterna, de colegialidade episcopal”, afirmou.

“Posso dizer que essa Assembleia tem sido uma das que mais pudemos sentir essa unidade fraterna, essa proximidade afetuosa entre os bispos do Brasil”, ressaltou o cardeal, chamando a atenção para os momentos de oração e missas ao longo da Assembleia, além o retiro realizado nos dias 14 e 15. “É uma assembleia orante. Aqueles que querem oferecer a sua colaboração para a missão da Igreja no Brasil, buscam a luz a sabedoria, a força que vem de Deus, para poderem tomar as decisões acertadas”, acrescentou.

“Nós nos reunimos para, cada vez melhor orientar a missão evangelizadora da Igreja no Brasil, respeitando aquilo que é próprio de cada diocese e de cada bispo, reunimo-nos para buscar, em comum, diretrizes, normas, orientações, para vida da Igreja”, completou dom Sergio, citando as novas diretrizes para a formação de presbíteros aprovadas pelo episcopado, que agora serão encaminhada para o reconhecimento da Santa Sé.

O cardeal também mencionou a revisão do Estatuto Canônico da CNBB, finalizado nesta Assembleia, e a eleição dos delegados da Conferência para o próximo Sínodo dos Bispos sobre juventude, fé e discernimento vocacional, em outubro, no Vaticano. “Esses nomes só poderão ser divulgados oportunamente, uma vez confirmados pela Santa Sé”, explicou.

Ao comentar a mensagem sobre ao povo brasileiro sobre as eleições de 2018, divulgada na coletiva, Dom Sergio esclareceu ao jornalistas que a CNBB, quando se pronuncia sobre questões sociais, não adota uma postura partidária. “Nós não temos partidos políticos nem candidatos próprios e não somos e nem queremos ser partidos ou tratados como tal. Somos um organismo da Igreja que visa a comunhão e a missão eclesial. E para cumprir essa missão é que nós orientamos os fiéis para sua participação na vida social”.

“Temos insistido na necessidade dos cristãos católicos participarem mais ativamente da vida política. E isso exige critérios. A Doutrina Social é uma fonte preciosa que os fiéis leigos e leigas necessitam conhecer cada vez mais e que nós queremos por em prática cada vez mais, para que jamais seja desvirtuada essa missão própria da Igreja que é evangelizar. Nós precisamos vivenciar a fé não só dentro do templo, na hora das celebrações, mas no dia a dia da sociedade, inclusive, nos espaços públicos”, enfatizou o Presidente da CNBB.

Fonte: cnbb.org.br

Papa renova apelo pela paz na Síria: "que prevaleçam a justiça e a paz"

apelo-papa SiriaO Papa Francisco renovou neste domingo, 15, seu apelo pela paz na Síria, país que sofreu um ataque realizado por Estados Unidos, França e Reino Unido na última sexta-feira, 13. Após a oração do Regina Coeli, o Papa se disse transtornado com essa situação no mundo.

“Estou profundamente transtornado com a atual situação mundial em que, não obstante os instrumentos à disposição da comunidade internacional, não se consegue concordar uma ação comum a favor da paz na Síria e em outras regiões do mundo. Enquanto rezo incessantemente pela paz, e convido todas as pessoas de boa vontade a continuarem a fazer o mesmo, apelo novamente a todos os responsáveis políticos, para que prevaleçam a justiça e a paz”.

Na sexta-feira, 13, os Estados Unidos, França e Reino Unido iniciaram a ofensiva contra a Síria, com a realização de ataques a alvos na capital Damasco e Homs. A ação foi uma resposta ao suposto ataque químico contra a cidade síria de Duma, perto da capital, em 7 de abril.

Os presidentes do Irã, Hassan Rohani, e da Rússia, Vladimir Putin, condenaram a ofensiva. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em sua conta no twitter que o ataque à Síria foi um crime e não conseguiu alcançar os objetivos.

Entenda mais sobre o caso:



Fonte: noticias.cancaonova.com

Em missa, bispo celebra a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil

Missa-6-dia-56ª-AGO sexto dia de trabalhos da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou com a Santa Missa celebrada no altar central do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na manhã desta segunda-feira, 16.

A celebração foi presidida pelo bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen. Participaram da procissão de entrada os bispos da Comissão e a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza Schuina.

Dom Severino começou a homilia recordando que o Ano Nacional do Laicato celebra a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil aprofundando sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, testemunhando Jesus Cristo e seu reino na sociedade.

A partir deste objetivo do Ano do Laicato, o bispo fez uma reflexão a partir da primeira leitura (At 6,8-15), na qual Estevão enfrenta um grande conflito com alguns membros da sinagoga dos libertos e outros tradicionais da comunidade ao aprofundar a identidade, vocação, espiritualidade e missão para poder, com liberdade, testemunhar Jesus Cristo e seu reino.

“Nota-se claramente um conflito provocado por Estevão por ultrapassar os velhos costumes e se deixar conduzir pelo Espírito Santo em defesa da comunidade”, ressaltou o bispo.

Refletindo sobre o Evangelho, dom Severino diz que Jesus anuncia com a vida a sintonia com o Pai: “Nós temos Jesus Cristo para apresentar ao mundo onde falta o alimento da verdade, da justiça e autenticidade. Esse é o alimento que nunca se corrompe”.

O bispo ressalta que é preciso incentivar e apoiar as iniciativas do Ano Nacional do Laicato para que produza na consciência de todos dos cristãos a firmeza de buscar o Jesus de Nazaré que apresente o Reino de Deus, o Reino sem corrupção, um Reino de Justiça e de paz. “A espiritualidade Cristã sempre terá por fundamentos os mistérios da encarnação e da redenção de Jesus Cristo. Este enfoque deve permear a formação laical desde o processo da iniciação a vida cristã”, salientou.

“Não existe fé cristã sem comunidade eclesial”, continuou dom Severino. Ele ensinou que o cristão se forma e se experimenta numa comunidade eclesial: “O testemunho de Santo Estevão que foi martirizado defendendo a comunidade de fé se repete nos mártires de ontem, de hoje e que sem dúvida teremos no amanhã”.

Dom Severino lembrou que nos últimos anos tem aumentado o assassinato de muitas lideranças nas comunidades periféricas que não são notícias, ou que são desmoralizadas para que não sejam notícias.

“São pobres que morrem. É preciso levantar esses nomes e evitar que outros líderes que defendem os pobres sejam preservados e possam encorajar todas as pessoas para que superem a onda de ódio, de perseguição, de mortes brutas financiadas pela força do capital e entidades secretas que matam, destroem vidas e a dignidade dos filhos de Deus”, destacou.

E completou: “A busca do pão vivo deve ser a maior preocupação dos cristãos leigos e leigas para que as estruturas sociais garantam o pão cotidiano, aquele pão que une e constrói segurança e sustentabilidade para toda a comunidade, humanidade, sobretudo aos pobres, abandonados, os sofridos de nossas cidades e metrópoles”.

Dom Severino finaliza invocando o Espírito Santo que ilumine a todos para que a 56ª AG confirme o princípio da unidade, caridade, ternura. “Não nos deixemos desanimar pelos que que tentam destruir a alegria de sermos irmãos e de que nos queremos bem”, concluiu.

Fonte: cnbb.org.br
Foto: Reprodução/TV Aparecida

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