Nova presidência da CNBB toma posse em Cerimônia de Encerramento da 57ª Assembleia Geral

Nova-presidência-da-CNBB-toma-posse-em-Cerimônia-de-Encerramento-da-57ª-Assembleia-GeralA nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi empossada na manhã da última sexta-feira, 10 de maio, durante a cerimônia de encerramento da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida desde o dia 1º.

O até então presidente da entidade, o arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, no início da celebração fez uma extensa lista de agradecimentos a todos que colaboraram com o trabalho da presidência que se despede. Ele pediu orações pela CNBB neste novo quadriênio. “Se há uma certeza, é a de que somente podemos servir com a Graça de Deus”, disse.

Ao novo presidente eleito, o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, ele desejou que possa cumprir sua missão promovendo sempre mais a comunhão entre o episcopado brasileiro, entre a Igreja do Brasil e com o Santo Padre.

Na Cerimônia de Encerramento, o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’aniello, leu a correspondência enviada pelo Papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, o papa, agradecendo a manifestação de comunhão da conferência brasileira, fez votos de que os compromissos assumidos durante a assembleia ajudem os bispos a ser mais fiéis à sua missão evangelizadora.

Simbolicamente, o cardeal Sergio da Rocha entregou ao novo presidente eleito, dom Walmor, o texto das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, aprovado na 57ª Assembleia Geral, e trocaram de lugar na mesa. Dom Walmor sentou na cadeira onde estava sentado o presidente, assumindo o cargo. O arcebispo primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, até então vice-presidente da CNBB, entregou a nova Bíblia com tradução oficial da CNBB ao vice-presidente eleito, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler. E o até então secretário-geral, bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Leonardo Steiner, entregou ao novo secretário-geral, o bispo-auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portela o Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil.

Em seu primeiro discurso como empossado, no mesmo dia em que comemorou 21 anos de sua ordenação episcopal, dom Walmor Oliveira saudou a dom Giovanni D’Aniello, assumindo o compromisso de buscar a comunhão com o Santo Padre e de ser uma Igreja em saída, missionária e hospitaleira.

O novo presidente da CNBB disse que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus. Ele saudou e agradeceu a presidência que fez a transmissão do cargo, aos bispos, a quem enalteceu a riqueza do exercício da fraternidade nos dias da assembleia. Ele falou da beleza da vida de cada Igreja particular e das experiências dos bispos do Brasil.

Segundo ele, a nova presidência assume consciente das dificuldades imensas e das complexidades quase indescritíveis, mas com a certeza de que é o Evangelho que ajuda a não só dar novas respostas para dentro da Igreja mas também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse.

Para no novo presidente, o coração da CNBB não é a sede em Brasília, mas a colegialidade efetiva entre seu episcopado. “O nosso plano mais importante é sermos discípulos de Cristo. Nosso programa é nos tornar discípulos e fazer discípulos o tempo todo, aprendendo no diálogo. Só faz discípulo quem também é discípulo”, disse.

Dom Walmor ressaltou que todo o trabalho a ser feito, nas diversas frentes, tenha como fonte Jesus Cristo que é, segundo ele, o fundamento da colegialidade na Igreja no Brasil. “É hora de uma resposta nova porque o Senhor da vida nos envia e nos conduz. O Evangelho de Jesus Cristo é o ouro de nossa vida e de nosso trabalho missionário”, disse.

Os 12 presidentes eleitos para as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB também compuseram a mesa e foram empossados simbolicamente. Após a cerimônia de encerramento e posse, a nova presidência concedeu entrevista aos jornalistas em Coletiva de Imprensa.

*Fonte: Site da CNBB

Papa na intenção de oração de maio: que a Igreja na África seja fermento de unidade

Papa-África“As divisões étnicas, linguísticas e tribais da África podem ser superadas promovendo a unidade na diversidade”, é o que afirma o Papa Francisco na videomensagem, divulgada nesta quinta-feira (2), sobre a intenção de oração para este mês de maio.

O Santo Padre agradece “às religiosas, aos sacerdotes, leigos e missionários por seu trabalho em favor do diálogo e da reconciliação entre os diversos setores da sociedade africana”.

“Rezemos neste mês para que, por meio do compromisso dos próprios membros, a Igreja na África seja fermento de unidade entre os povos e sinal de esperança para este continente”, exorta o Papa Francisco, neste mês de maio, especialmente dedicado a Maria.

Como já assinalaram os bispos africanos, e tal como se afirma na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, muitas vezes se quer converter os países da África em simples “peças de um mecanismo e de uma engrenagem gigantesca”.

África soma 17,6% dos católicos do mundo

Isso acontece frequentemente com os meios de comunicação social, que, dirigidos majoritariamente por organizações do Hemisfério Norte, “nem sempre têm a devida consideração com as prioridades e os problemas próprios desses países, nem respeitam sua fisionomia cultural”.

A África soma 17,6% dos católicos do mundo, segundo dados do Anuário Pontifício de 2018. A Igreja Católica africana se caracteriza por ser muito dinâmica: o número de fiéis aumentou de pouco mais de 185 milhões, em 2010, para mais de 228 milhões em 2016, com uma variação relativa de 23,2%.

A República Democrática do Congo é o país com o maior número de católicos batizados, com mais de 44 milhões, seguida por Nigéria, com 28 milhões, mas também Uganda, Tanzânia e Quênia registram cifras respeitáveis e em crescimento.

De fato, as circunscrições eclesiásticas aumentaram 3% na África, revelando-se o continente com maior dinamismo na demanda de serviços pastorais. Dos 15 países onde houve maior aumento na porcentagem de batizados, 4 estão no continente africano: República Democrática do Congo, Nigéria, Uganda e Angola.

Viver mais a unidade na diversidade

Por sua vez, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Jovem, padre Frédéric Fornos SJ, afirma que “para que a Igreja na África seja um fermento de unidade entre todos os povos, a comunidade cristã deverá viver mais esta unidade na diversidade, conforme o desejo do próprio Cristo: “que todos sejam um” (João 17,21).

“Os sinais de divisão entre os cristãos nos países que já estão despedaçados pela violência provocam mais motivos de conflitos da parte dos que deveriam ser um atrativo fermento de paz”, afirma o Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudim.

É urgente buscar caminhos de unidade devido à gravidade da divisão entre cristãos, particularmente na África. O empenho pela unidade entre cristãos ajudará a Igreja na África a ser sal e luz para seu próprio continente, um sinal de esperança para os povos.



*Fonte: Site do Vatican News

Presidente e vice-presidentes da CNBB são eleitos durante 57ª Assembleia Geral

Presidência-CNBBO arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde dessa segunda-feira, 6 de maio. O novo presidente foi escolhido pelo episcopado brasileiro que participa, em Aparecida (SP), da 57ª Assembleia Geral, no terceiro escrutínio, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes.

Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal Sergio da Rocha perguntou a dom Walmor se aceitava o cargo. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”, foram as primeiras palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª AG. Só à luz da fé, segundo dom Walmor, será possível recuperar a força da colegialidade da Igreja no Brasil a partir de uma escuta muito profunda dos irmãos e do povo de Deus. Ele pediu a Deus que não lhe falte sabedoria para assumir este serviço.

Logo após a divulgação do resultado, o arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, enviou uma mensagem a Dom Walmor em nome de nossa Igreja Particular, onde o arcebispo de Belo Horizonte formou-se e foi incardinado sacerdote. “Com satisfação, comunico ao Reverendo Clero e a todos os fiéis de nossa Arquidiocese de Juiz de Fora que Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte, ex-membro de nosso presbitério, foi eleito Presidente da CNBB no terceiro escrutínio do dia de hoje. Desejando a ele abundantes bênçãos neste importante ministério a serviço da Igreja no Brasil, peço a todos orações em seu favor”.

Vice-presidentes

Também foram eleitos os dois vice-presidentes, uma novidade do novo estatuto da Conferência. Anteriormente, apenas um bispo ocupava a vice-presidência da entidade. Os dois vice-presidentes são: dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e dom Mário Antonio Silva, bispo de Roraima.

O episcopado brasileiro, através de voto secreto, elegerá ainda o secretário-geral, os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e seus representantes junto ao Conselho Episcopal Latino-americano (Celam).

Dom Walmor

Nascido em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. O novo presidente da Conferência é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).

Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na Arquidiocese de Juiz de Fora.

Foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da Paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).

Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.

Em 1999, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.

Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.

Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).

Dom Jaime

Dom Jaime Spengler é natural de Gaspar, em Santa Catarina. O vice-presidente eleito nasceu em 6 de setembro de 1960. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR) e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel. Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal.

O arcebispo também tem doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010. Em novembro daquele ano, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo titular de Patara e auxiliar de Porto Alegre (RS).

No ano seguinte, em fevereiro de 2011, o bispo foi ordenado na Paróquia São Pedro Apóstolo, na sua cidade natal, Gaspar, pelo Núncio Apostólico no Brasil, na ocasião, dom Lorenzo Baldisseri. Em 18 de setembro de 2013, o Papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre.

Em março de 2014, o Papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Em abril de 2015, na 53ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, para a gestão 2015-2019. Na ocasião, recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. Também em 2015, o arcebispo foi eleito presidente do Regional Sul 3 da CNBB, que corresponde ao Estado do Rio Grande do Sul, para a gestão 2015-2019.

Dom Mário

Dom Mário Antônio da Silva nasceu em Itararé (SP), em 17 de outubro de 1966. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da Diocese de Jacarezinho. Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália.

No ano de 1991, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da Diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010.

Sua ordenação ocorreu na Catedral de Jacarezinho, em 20 de agosto de 2010, em celebração presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel. A missa de acolhida na Arquidiocese de Manaus aconteceu no dia 12 de setembro de 2010, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.

Em 2015, foi eleito durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB como presidente do Regional Norte 1, que compreende o Estado de Roraima e o norte do Amazonas, para o quadriênio de 2015-2019. Também é referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Em junho de 2016, foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo de Roraima, tomando posse em setembro do mesmo ano. Escolheu como lema episcopal “Testemunhar e Servir”.

*Fonte: Site da CNBB

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