Abertura do Jubileu do Centenário da Diocese de Juiz de Fora acontece no dia 5 de fevereiro

Ano-JubilarA mobilização para as cerimônias de abertura do Ano Jubilar e Ano Mariano rumo ao centenário da Diocese já começou. O aniversário de 99 anos de fundação da Diocese de Juiz de Fora é celebrado em primeiro de fevereiro, mas sua festa será realizada no primeiro domingo do mês que vem com Missa Solene na Catedral Metropolitana, às 15h, com a presença do Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro.

Diocese x Arquidiocese

Para compreender melhor a comemoração, o ideal é saber a diferença entre diocese e arquidiocese. Começaremos voltando à história romana. O Imperador Romano Diocleciano (284 a 305 d.C) dividiu o império em províncias administrativas, que foram chamadas de Dioceses. Em cada uma, ele colocou um vigário, que governaria a província em nome do imperador.

Quando o império romano caiu, a Igreja assumiu, por praticidade, esta divisão. E o que era chamado de Diocese, passou a ser a jurisdição de um bispo. Dioceses são um conjunto de paróquias administrado por um bispo. Com o Concílio Vaticano II, este conceito de Diocese foi esclarecido como “porção do povo de Deus para o pastoreio de um Bispo”. A Diocese se realiza como verdadeira Igreja particular, em comunhão com as demais Igrejas que estejam, por sua vez, em plena comunhão com o Papa, enquanto legítimo Sucessor de Pedro.

Com o crescimento da Igreja e também o crescimento territorial, as dioceses foram se dividindo e formando novas dioceses. Para promover uma ação pastoral comum às diversas dioceses vizinhas e fomentar as relações mútuas dos Bispos diocesanos, as Igrejas particulares mais próximas foram agrupadas em Arquidioceses, chamadas também Províncias Eclesiásticas, delimitadas por um certo território.

A Arquidiocese agrupa em torno de si outras dioceses designadas pela Santa Sé, chamadas de sufragâneas. Quem a preside é o Arcebispo Metropolitano, ou simplesmente, Metropolita, com quem os bispos sufragâneos caminham juntos na evangelização e santificação do povo. Esse é um critério importante quando se reforça o papel sinodal do episcopado e da Igreja.

Breve histórico da Igreja Particular de Juiz de Fora

A Diocese de Juiz de Fora foi idealizada por Dom Silvério Gomes Pimenta, segundo Arcebispo de Mariana (MG), e concretizada pelo seu sucessor, Dom Helvécio Gomes de Oliveira. Nossa Igreja Particular foi criada com a Bula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do Papa Pio XI, em 1º de fevereiro de 1924, tendo Dom Justino José de Santana como primeiro Bispo.

Juiz de Fora foi uma diocese até o ano de 1962. No dia 14 de abril daquele ano, dom Geraldo recebeu do papa João XXIII a Bula “Qui tanquam Petrus”, que criou a nova província eclesiástica de Juiz de Fora, elevando a Diocese de Juiz de Fora à Arquidiocese.

Regeram a Igreja de Juiz de Fora os seguintes Pastores:

1º Bispo: Dom Justino José de Santana: 1924 – 1958

2º Bispo e 1º Arcebispo: Dom Geraldo Maria de Morais Penido: 1958 – 1977

2º Arcebispo: Dom Juvenal Roriz, CSSR: 1978 – 1990

3º Arcebispo: Dom Clóvis Frainer, OFM.Cap: 1991 – 2001

4º Arcebispo: Dom Eurico dos Santos Veloso; 2002 – 2009

5º Arcebispo: Dom Gil Antônio Moreira; desde 2009

A Festa

A Missa Solene do dia 5 de fevereiro será presidida por Dom Giambatista Diquattro, concelebrada por Dom Gil, Dom José Eudes, Dom Edson Oriolo, Dom Jorge Khoury (Eparca Melquita), Dom Eurico dos Santos Veloso, Dom Eduardo Benes, Dom Nelson Francelino Ferreira, e o clero juiz-forano e demais padres presentes.

São esperadas dezenas de caravanas de todas as cidades da arquidiocese, além de autoridades de toda a região. Neste dia os padres suspenderão as missas de domingo à noite a fim de que todos estejam em unidade, celebrando a abertura do Jubileu do Centenário.

Na ocasião, haverá a entronização do ícone de Maria, Mãe da Igreja, que será oficialmente tida como padroeira da Província Eclesiástica de Juiz de Fora. Além disso, a Catedral acolherá a relíquia da Beata Isabel Cristina. Será um dia de muitas alegrias para esta Igreja Particular!

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora

Vigário paroquial festeja aniversário de ordenação

padre camiloA comunidade paroquial da Catedral está em festa. Hoje, dia 13, o nosso vigário paroquial, padre Antônio Camilo de Paiva celebra seu aniversário de ordenação sacerdotal. Pe. Camilo nasceu em Mercês de Água Limpa - MG. Foi ordenado diácono transitório no dia 20 de novembro 1994 e sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 13 de janeiro de 1996, em Rio Novo - MG.

Já atuou em diversas paróquias da Arquidiocese de Juiz de Fora, em Roma e possui cargos diretivos em setores arquidiocesanos: Divino Espírito Santo (Piau - MG) e Nossa Senhora da Conceição (Rio Novo -MG), no período do Diaconato; Santuário Basílica Bom Jesus do Livramento (Liberdade - MG); Santo Antônio (Passa Vinte - MG); São Miguel e Almas (Santos Dumont - MG); San Giovanni (Roma); Bambino Gesù (Roma); San Colombano de Peccioli (Itália); Santa Rita de Cássia (Juiz de Fora - MG); Nossa Senhora da Cabeça (Juiz de Fora - MG); Nossa Senhora Aparecida (Juiz de Fora - MG); atual Vigário Episcopal para Educação, Comunicação e Cultura; Diretor da Rádio Catedral FM 102,3 e Reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio.

Padre Camilo destaca a sua experiência com o sacerdócio. "Ser padre para mim é ser um outro Cristo."

Homenagens ao Papa Emérito Bento XVI

Bento-XVIA morte do Papa Emérito Bento XVI, na manhã do dia 31 de dezembro, mexeu com toda a Igreja. Desde a confirmação de seu falecimento pela Santa Sé, começaram a surgir ao redor do mundo manifestações de admiração e reconhecimento pelo papa alemão que conduziu a Igreja de Cristo por oito anos.

E na manhã desta quinta-feira, dia 05, foi realizada missa exequial do papa emérito na Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, presidida pelo nosso pároco, padre João Paulo Teixeira Dias. Momento especial de agradecimento a Deus pela rica contribuição da vida de Bento XVI para a Igreja do mundo inteiro.

Também nos últimos dias, dois estudiosos da Arquidiocese de Juiz de Fora publicaram artigos em homenagem a Bento XVI: enquanto o texto do nosso vigário paroquial, padre Elílio de Faria Matos Júnior, foi divulgado no Jornal Tribuna de Minas, o escritor Luís Eugênio Sanábio e Souza teve seu trabalho veiculado no site do Vatican News. Confira, abaixo, o texto do padre Elílio na íntegra.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, também escreveu um artigo em homenagem ao Papa Emérito. Clique aqui e confira.


O legado de Bento XVI

*Por Padre Elílio de Faria Matos Júnior

Bento XVI teve como grande orientação para o pensamento e para a vida o primado de Deus, tema realçado de modo particular pela espiritualidade da escola daquele que certamente lhe inspirou o nome: Bento de Núrsia.

Procurar o primado de Deus num mundo que, sob diversos aspectos, quer-se pós-cristão e pós-teísta é um grande desafio. Realçar as raízes que nossa vida tem no Eterno para uma mentalidade que vive submersa no tempo é uma empreitada difícil. Chamar a atenção para as coisas da alma e para o encontro íntimo com o Verbo de Deus num tempo em que só se quer o espetáculo e a exibição é colocar-se num caminho de incompreensão.

Sem negar – muito ao contrário! – que a Igreja tem uma missão temporal, social e até política (sem que ela mesma deva tomar o governo político), Bento XVI enfatizou a sede de infinito que caracteriza a alma humana e procurou apontar para a Fonte de Água Viva que é Deus. Nesse sentido, esforçou-se por defender a fé da Igreja diante do que considerava obnubilar o seu caráter transcendente. Defendeu a sacralidade da liturgia diante de tendências consideradas redutivistas. Quando o establishment realçava a relatividade das coisas humanas a ponto de, em muitos casos, abrir caminho para o relativismo e o niilismo, Bento XVI insistia na marca do Definitivo que está impressa no núcleo do coração humano. Se somos finitos e se nosso conhecimento é relativo, nem tudo, porém, deve desaguar nas falsas equiparações ou no vazio. Nossa finitude é atravessada pela positividade do Infinito de Deus, de um Deus tão próximo que quis mostrar-se visível aos nossos olhos carnais e fazer história conosco como verdadeiro homem, em Jesus de Nazaré.

Ratzinger não foi muito bem compreendido por muitos, porque, de certa maneira, nadava contra a correnteza. Mas foi justamente assim que nos deu sua parcela de contribuição e deixou sua grande marca na Igreja e no mundo. Nossas questões temporais têm muito a ganhar se abrirmos, de par em par, nossa alma para o Eterno. Não é preciso estar de acordo com todas as posições de Ratzinger para reconhecer a importância e a clarividência do núcleo do seu pensamento.

Eis o legado de Bento XVI, pastor e teólogo: o anúncio vivo, com todos os recursos argumentativos da razão e da fé de que, sem Deus, sem o Infinito, a vida humana fica estreita. Com Deus, ao contrário, tudo muda; sem tirar-nos nada do que faz a vida humanamente boa, Ele nos dá muito mais: abre-nos o horizonte de sua Vida, Luz eterna e Amor indestrutível.

* Com informações do site da Arquidiocese de Juiz de Fora

 

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