Papa Francisco alerta para os vícios e os perigos do mundo virtual

ovideodopapaPela libertação dos diferentes vícios que hoje afetam milhões de pessoas em todo o mundo: na intenção de oração deste mês de abril, Francisco lança seu olhar para as pessoas escravas das dependências.

O “drama do vício”não apenas se refere apenas à dependência de drogas, álcool e cigarro, que continuam sendo as mais comuns na sociedade. Hoje, esse drama assume formas diferentes e novas: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o crescente uso de Internet, computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos está associado não apenas a benefícios para usuários, mas também a casos documentados de uso excessivo, que podem levar a diferentes vícios com consequências negativas para a saúde.

Esta presença incontrolada nas plataformas digitais pode afetar a qualidade das relações cotidianas.

Diante desses “perigos do mundo virtual”, o Papa explica que, “apoiados pelo Evangelho da Misericórdia, podemos aliviar, cuidar e curar o sofrimento relacionado aos novos vícios”, por exemplo, através de prevenção, reabilitação e projetos de reintegração.

Pandemia

A Rede Mundial de Oração do Papa, à qual são confiadas as intenções de oração, escolhem com quase um ano de antecedência os temas para cada mês. Mas em meio ao período de pandemia de coronavírus que estamos vivendo, a Rede lançou um vídeo extraordinário no dia 24 de março, em que o Papa pede para rezar pelos doentes e os que sofrem, e agradece também a “todos os homens e mulheres de boa vontade que rezam por este momento, todos unidos, sem distinção de tradição religiosa a que pertençam”.

Confira o vídeo:



Fonte: Site do Vatican News

CNBB esclarece questões relativas à fé que circulam nas redes sociais a respeito da Covid-19

sstopic-e1585830600341-1200x762 cDesde o início da pandemia no Brasil, inúmeros momentos de oração, reflexão e pregação têm tomado conta das redes sociais. Muitos deles sem fundamento algum na Doutrina Católica, que é constituída pelo conjunto de dogmas, verdades de fé, ensinamentos, preceitos e leis que formam o magistério da Igreja Católica Apostólica Romana.

O professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fernando Altemeyer Júnior, escreveu recentemente sobre amuletos e proteção. “Deus não escolhe uns e mata outros de forma sádica ou como algo inevitável da roda cíclica da morte”, disse.

Em um trecho do texto, o professor destaca que “essa maneira de ver a religião como amuleto da sorte, ou posse de objetos sagrados que me salvassem do mal que todos estamos submetidos é tremendamente defeituosa e caricata. Falsifica Deus e o faz ser um agente do mal”.

Ainda segundo o texto, o teólogo afirma que a oração não é vacina nem é antídoto. “Se fosse assim a dezena de padres mortos em Bolonha estaria viva! Fé é a força da esperança de quem crê e confia sem resultados aparentes. Pessoas de fé também morrem e às vezes mais que os incrédulos. Fé não salva uns e mata outros, protegendo uns e discriminando outros. Se fosse assim estaríamos dizendo que Deus detesta Itália e ama o Brasil”.

O professor Altemeyer destaca no texto que “Deus nos ama por igual, todos e cada um, crente ou ateu, mesmo se não rezássemos nem um pai-nosso. Deus que é Pai perdoa antes que abramos a nossa boca. Atenção para esse tipo de religião mágica de barganha e privilégios”.

Em uma rápida busca pela internet é possível ver que as pessoas têm escrito e compartilhado “explicações” sobre os desígnios de Deus a respeito da pandemia do coronavírus. Diante disso, o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Pedro Carlos Cipollini, que destacou que esta visão de que Deus castiga e pune não está de acordo com a revelação que Jesus nos fez do Pai que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta de vida.

Confira a entrevista completa no link.

Fonte: Site da CNBB

Francisco: o puro de coração vive na presença do Senhor

Audiência-Geral-01-04“A pureza do coração”. Esta sexta bem-aventurança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (1º), realizada na Biblioteca Apostólica Vaticana, devido à pandemia da Covid-19.

“Procurem minha face! É tua face que eu procuro, Senhor. Não me escondas a tua face.” Com esta passagem do Salmo 27, Francisco sublinhou que “esta linguagem manifesta a sede de uma relação pessoal com Deus, expressa também no Livro de Jó como sinal de uma relação sincera: ‘Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, os meus olhos te veem’.”

“Como alcançar essa intimidade?”, perguntou Franciso. “Podemos pensar nos discípulos de Emaús, que têm o Senhor Jesus ao seu lado, mas seus olhos não o reconheciam. O Senhor abrirá os seus olhos no final de uma caminhada que terá o seu ápice na partilha do pão, mas tinha iniciado com uma repreensão: ‘Tolos e lentos de coração para acreditar em tudo o que os profetas falaram’. Esta é a origem de sua cegueira: o seu coração tolo e lento.”

Libertar o coração de seus enganos

“Aqui se encontra a sabedoria dessa bem-aventurança: para poder contemplar é necessário entrar em nós e abrir espaço para Deus, pois, como diz Santo Agostinho, ‘Deus é mais íntimo para mim do que eu mesmo’. Para ver Deus, não há necessidade de trocar de óculos ou ponto de vista, é preciso libertar o coração de seus enganos!”

“Este é um amadurecimento decisivo: quando percebemos que o nosso pior inimigo está escondido em nosso coração. A batalha mais nobre é aquela contra os enganos interiores que geram os nossos pecados”, sublinhou o Papa.

Conservar no coração o que é digno da relação com Deus

Para Francisco, é importante entender o que significa ‘pureza do coração’. “Para fazer isso, é preciso lembrar que, na Bíblia, o coração não consiste apenas em sentimentos, mas é o lugar mais íntimo do ser humano, o espaço interior onde a pessoa é ela mesma.”

“Mas o que significa coração “puro”?, perguntou o Pontífice. “O puro de coração vive na presença do Senhor, conservando em seu coração o que é digno da relação com Ele; somente assim é possível ter uma vida íntima ‘unificada’, linear, não tortuosa, mas simples.”

Libertação e renúncia

Segundo o Papa, “o coração purificado é o resultado de um processo que envolve libertação e renúncia. O puro de coração não nasce como tal, viveu uma simplificação interior, aprendendo a renegar o mal em si mesmo, que na Bíblia é chamado de circuncisão do coração”.

Francisco sublinha que “essa purificação interior implica o reconhecimento daquela parte do coração que está sob a influência do mal, a fim de aprender a arte de deixar-se sempre instruir e ser conduzido pelo Espírito Santo. Através dessa caminhada do coração, chegamos a ver Deus”.

Ouvir a sede do bem que vive em nós

Nesta visão beatífica, há uma dimensão futura, escatológica, como em todas as bem-aventuranças: é a alegria do Reino dos Céus para onde caminhamos. Mas existe também outra dimensão: ver Deus significa entender os desígnios da Providência no que nos acontece, reconhecer sua presença nos Sacramentos, nos irmãos, sobretudo pobres e sofredores, e reconhecê-lo onde Ele se manifesta.

“Essa bem-aventurança é um pouco o fruto das precedentes: se ouvimos a sede do bem que vive em nós e estamos conscientes de viver em misericórdia, tem início uma caminhada de libertação que dura a vida inteira e nos conduz ao céu”, disse ainda o Papa. “É um trabalho sério e acima de tudo é uma obra de Deus em nós, nas provações e purificações da vida, que leva a uma grande alegria, a uma paz verdadeira e profunda”, concluiu Francisco.

*Fonte: Site do Vatican News

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