Bispo aprova oração e novena pela beatificação de Dom Henrique Soares

domhenriquepalmaresO bispo da Diocese de Caruaru (PE), dom José Ruy Gonçalves Lopes, editou o decreto que oficializa a oração pela beatificação de dom Henrique Soares da Costa. O prelado era bispo da Diocese de Palmares (PE) e faleceu no dia 18 de julho, aos 57 anos, vítima da Covid-19.

Junto com a prece de intercessão a dom Henrique também foi publicada, nesta terça-feira (15), durante o encerramento da Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Caruaru, a “Novena do Seguimento de Cristo”. O texto litúrgico propõe um roteiro de orações e meditações inspiradas no legado do bispo. Assim como a oração de beatificação, a novena é para uso privado dos fiéis.

“Que por intermédio dessas orações possamos daqui a cinco anos iniciar o processo [de beatificação] de dom Henrique. Essas orações servirão para que cada pessoa reze por ele, mas também pelo seu padre e todos os bispos pedindo a conversão e a santificação de todos nós”, afirmou do José Ruy.

O bispo de Caruaru recomenda que as graças alcançadas por intercessão de dom Henrique sejam informadas por meio do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

>>> Baixe aqui a Oração pela abertura do processo de beatificação de dom Henrique

>>> Baixe aqui a Novena do Seguimento de Cristo

Fonte: Site da CNBB Regional Nordeste 2

Papa: nem tudo se resolve com a justiça, é preciso perdoar para ser perdoado

angelus“Perdoar não é algo só de momento, é uma coisa contínua contra esse rancor, esse ódio que volta. Pensemos no final, deixemos de odiar (…). Quanto sofrimento, quantas lacerações, quantas guerras poderiam ser evitadas se o perdão e misericórdia fossem o estilo de nossa vida!”.

Inspirado na passagem de São Mateus (Mt 18, 21-35), proposta pela liturgia do dia, o Papa dedicou sua reflexão no Angelus deste XXIV Domingo do Tempo Comum ao perdão, enfatizando que devemos “aplicar o amor misericordioso nas relações humanas.”

Dirigindo-se a um número sempre maior de fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical, Francisco pediu que a intercessão da Mãe de Deus sempre nos recorde do quanto somos devedores de Deus: “se não nos esforçarmos para perdoar e amar, tampouco nós seremos perdoados e amados.”

Patrão indulgente e compassivo

O cerne da parábola do rei misericordioso contada por Jesus é a indulgência que o patrão demonstra para com o servo com a dívida maior.

A súplica “Dá-me um prazo e eu te pagarei tudo” é encontrada duas vezes na parábola, começou explicando o Papa:

“A primeira vez é pronunciada pelo servo que deve a seu patrão dez mil talentos, uma soma enorme, hoje seriam milhões de euros. A segunda vez é repetida por outro servo do mesmo patrão. Ele também está em dívida, não com seu senhor, mas com o mesmo servo que tem uma dívida enorme. E a dívida dele é muito pequena, talvez como o salário de uma semana.”

O patrão – conforme descrito pelo evangelista – teve compaixão – nunca esquecer esta palavra. Jesus teve compaixão – , deixou o servo ir embora, perdoando sua dívida. Como a dívida era enorme, o perdão também o foi.

Mas o servo, por sua vez, após perdoado, mostra-se implacável com seu companheiro que lhe devia uma soma modesta, e manda-o para a prisão até que este quite a sua pequena dívida. O patrão fica indignado ao saber, chama o servo malvado e faz com que seja condenado: “Mas eu te perdoei tanto e és incapaz de perdoar este pouco?”

No comportamento divino, justiça é permeada pela misericórdia

Francisco explica que na Parábola encontramos duas atitudes diferentes: a de Deus – representado pelo rei, que perdoa tanto, porque Deus perdoa sempre – e a do homem:

“No comportamento divino, a justiça é permeada pela misericórdia, enquanto o comportamento humano se limita à justiça. Jesus exorta-nos a abrirmo-nos com coragem ao poder do perdão, porque nem tudo na vida se resolve com a justiça, sabemos disso.”

De fato, “há necessidade desse amor misericordioso”, que é também a base da resposta do Senhor à pergunta de Pedro sobre quantas vezes deve perdoar um irmão que peca contra ele.

Aplicar o amor misericordioso nas relações humanas

O “setenta vezes sete”, na linguagem simbólica da Bíblia, “significa que somos chamados a perdoar sempre”:

“Quanto sofrimento, quantas lacerações, quantas guerras poderiam ser evitadas se o perdão e misericórdia fossem o estilo de nossa vida! Mesmo em família. Quantas famílias desunidas, que não sabem se perdoar, quantos irmãos e irmãs que têm este rancor. É necessário aplicar o amor misericordioso em todas as relações humanas: entre os cônjuges, entre os pais e os filhos, nas nossas comunidades, na Igreja e também na sociedade e na política.”

Perdoar é uma luta contínua contra o rancor

O Papa recordou então da Missa celebrada pela manhã, quando ficou profundamente tocado por uma frase do Livro do Eclesiástico: “Lembra-te de teu fim, e deixa de odiar”, exortando ao exercício contínuo do perdão:

“Bela frase! Mas pense no fim! Pense que estarás em um caixão e levarás o ódio para lá. Pense no final, deixe de odiar! Deixe do rancor. Pensemos nesta frase tão tocante: “Lembre-se do teu fim e deixa de odiar”. E não é fácil perdoar, porque nos momentos tranquilos alguém diz: “Sim, mas eles ou ele me aprontaram de tudo, mas também eu aprontei tantas. Melhor perdoar para ser perdoado”. Mas então o ressentimento volta, como uma mosca incômoda no verão que vai e vem e volta … Perdoar não é algo só de momento, é uma coisa contínua contra esse rancor, esse ódio que volta. Pensemos no final, deixemos de odiar.”

Assim – completou o Papa – esta parábola “ajuda-nos a compreender plenamente o sentido daquela frase que recitamos na oração do Pai-Nosso: «Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido»:

“Essas palavras contêm uma verdade decisiva. Não podemos pretender o perdão de Deus para nós se, por sua vez, não concedermos perdão ao nosso próximo. É uma condição: pense no fim, no perdão de Deus e deixe de odiar, mande embora o rancor, aquela mosca incômoda que volta e volta e volta. Se não nos esforçarmos para perdoar e amar, tampouco nós seremos perdoados e amados.”

Confiemo-nos à materna intercessão da Mãe de Deus: que ela nos ajude a perceber o quanto somos devedores a Deus e a recordá-lo sempre, para assim ter o coração aberto à misericórdia e à bondade.

Fonte: Site Vatican News

“É preciso agir” é o alerta da campanha setembro amarelo da associação brasileira de psiquiatria

Setembro-Amarelo-ov9rja4n0cxsjuujncgi1y30y2vh4i8o4f9wm6o8zcEm 2014, 10.631 pessoas cometeram suicídio no Brasil segundo a Organização Mundial de Saúde. Um a cada 4 jovens considerou seriamente a possibilidade de suicídio nos últimos 30 dias. O bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Ferrería Paz provoca a Igreja para fortalecer iniciativas de prevenção nas comunidades.

No mundo, estima-se que 800 mil pessoas, a casa ano, cometem suicídio. É para estas realidades que o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, estabelecido pela OMS no dia 10 de setembro, faz o alerta: “É preciso agir”. Mais de 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados caso as pessoas que o cometem fossem ouvidas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para aumentar a possibilidade de salvar vidas, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo, desde 2014. Este ano a campanha tem o mote: “É preciso agir”. Em um site, especialmente criado para a campanha, é possível encontrar as diretrizes e o material de divulgação e suporte para a participação na campanha.

O bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, disse que a Igreja no Brasil participa desta campanha de diferentes formas divulgando as iniciativas nas comunidades. A Pastoral da Saúde junto a psiquiatras e psicólogos católicos realiza eventos em várias dioceses.

Segundo o bispo o impacto da pandemia, com o isolamento social e o desemprego, associadas à deterioração das condições de vida são recentemente potenciais fatores para o aumento nos casos de suicídios no Brasil. Este contexto, no qual a vida está por um fio e sem perspectivas de futuro, é muito preocupante especialmente para os jovens alerta dom Roberto.

O que as comunidades eclesiais podem fazer

A escuta organizada para a prevenção ao suicídio é algo que toda comunidade pode fazer, apontou o bispo referencial da Pastoral da Saúde. Desta forma, segundo ele, é possível identificar os sinais e a presença do desejo de tirar a própria vida e reduzir o número de mortes uma vez que 90% dos casos são reversíveis. “Para desistir do suicídio basta ser ouvido com amor”, disse.

O bispo também fez o alerta da presença na internet de grupos que promovem a prática com mensagens negativas. O bispo elogia as iniciativas de escuta espiritual e religioso organizados pelas comunidades e também atendimento terapêutico neste contexto da pandemia e reforça que a Igreja no Brasil deve investir mais nestas inciativas.

Estas iniciativas giram em torno do que ele considera com uma verdadeira pastoral da escuta e de aconselhamento. “O Serviço de Escuta e aconselhamento neste tempo da pandemia são fundamentais. Vamos rezar neste mês de setembro e animar a todas as pastorais e comunidades em torno deste tema que pode estar perto de cada um de nós, um vizinho, um familiar e um irmão”, convocou.

Ajuda imediata

Dom Roberto Ferrería desafiou a Igreja no Brasil a se aproximar do Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), email e chat 24 horas todos os dias.

Considerando que o isolamento social é um entre os vários fatores de risco, é possível afirmar que o número de suicídios aumentou neste contexto da pandemia. Em caso de emergência, ligue para o SAMU no número 192.

Fonte: Site da CNBB

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