Blogueiro Católico é credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé

radio 2O Blog 'O catequista' nasceu para atender às demandas de uma turma de crisma. Era a época de Bento XVI e os telejornais sempre interpretavam as falas do Papa de forma distorcida (o que também acontece hoje com Francisco). Por isso, o profissional da área de Tecnologia da Informação (T.I) e catequista de crisma, Alexandre Varela, resolveu então que faria um 'bloguinho' para responder dúvidas. Assim nasceu a primeira versão de 'O Catequista'. Pouco tempo depois ele se deu conta de que já não tinha mais 30 leitores, mas alguns milhares. O tempo passou e o Blog é um dos mais acessados entre católicos de todo o país e recentemente foi credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Para falar sobre isso e as atividades com o blog, o Portal A12 conversa com Alexandre Varela que vai comentar o que representa este momento. "É um daqueles sinais carinhosos do Senhor que renovam as forças para seguir adiante", comenta Alexandre. Confira a entrevista na íntegra.

Portal A12 - Você mesmo quem produz todo o material?

Alexandre Varela - Todo o material é produzido por mim e pela minha esposa, Viviane, que também é catequista de Crisma. Fazemos tudo. Escrevemos os artigos, fazemos os “posts” das redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), produzimos as fotos, gravamos e editamos os vídeos e podcasts, respondemos aos leitores e ainda colaboramos em alguns jornais, rádios e TVs católicas.

Contamos também com dois outros colaboradores que são o Paulo Ricardo, nosso historiador, e Ricardo Almeida, designer responsável pela criação das nossas marcas e identidade visual.

A12 - O blog possui uma linguagem simples, informal e traz postagens com temáticas interessantes. Qual o critério pra escolher as temáticas?

Alexandre - A maioria dos temas são escolhidos a partir das sugestões e dúvidas dos nossos leitores. Mas também sempre nos preocupamos em acompanhar as falas do Papa Francisco principalmente desfazendo os “mal-entendidos” que sempre surgem na imprensa secular.

A12 - As redes sociais são suas aliadas, certo?

Alexandre - Sim! São a base do nosso trabalho! O Catequista não seria possível sem a capacidade de divulgação e feedback dessas redes. É a partir delas que não só espalhamos as nossas produções como também é o lugar para interagir e descobrir do que as pessoas estão precisando para viver melhor a sua fé.

O Cristianismo não pode ser desencarnado da vida. Tem que ser um encontro humano! Claro que gostaríamos de encontrar todo o nosso público, mas como isso é impossível, as redes sociais nos ajudam a nunca perder de vista as pessoas que estão por trás dos números da nossa audiência. Esse trabalho só tem sentido se for uma ajuda para que encontrem Cristo.

A12 - Vivemos em tempos de ódio na internet. Como lida com os comentários raivosos?

Alexandre - A gente não liga! Sabemos que quanto mais gente alcançamos, mais teremos os famosos “haters”. Até Cristo e os profetas tiveram que lidar com isso! De qualquer maneira, temos um critério para responder aos comentários e mensagens que nos enviam. Ele se baseia em um livro chamado 'Educar é um Risco' de Dom Luigi Giussani. Nele, o autor (que era professor) diz que existem dois tipos de alunos: os que têm dúvidas e os que duvidam. Os primeiros têm um desejo real de crescer e aprender. Portanto, é importante investir todo o tempo necessário para esclarecer suas dúvidas. Ao contrário, os que duvidam querem apenas fazer valer o seu ponto de vista. Com esses não se gasta nem um segundo. E na internet é a mesma coisa!

A12 - Você foi recentemente credenciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O que isso representa? O peso da responsabilidade aumentou?

Alexandre - Não é um peso! Ao contrário, esse credenciamento para a Sala de Imprensa do Vaticano, de uma forma tão excepcional, nos deu a certeza de que nossa missão está indo no caminho certo. É um daqueles sinais carinhosos do Senhor que renovam as forças para seguir adiante!

É uma graça imensa poder ir ainda mais fundo no serviço ao Senhor e à sua Igreja, pois agora teremos acesso aos documentos do Papa e notícias do Vaticano de forma privilegiada e vamos colocar esse grande dom à serviço do Reino de Deus.

A12 - O que pensa para o futuro do Blog agora?

Alexandre - Quero muito poder garantir a periodicidade da publicação de textos, vídeos e podcasts. Hoje isso tem sido uma dificuldade porque não conseguimos nos dedicar exclusivamente ao blog. Trabalho como gerente de projetos em uma empresa de tecnologia e tudo em 'O Catequista' tem que ser feito nas horas livres, concorrendo com a atenção que precisamos dar aos nossos quatro filhos.

Gostaria muito de conseguir patrocinadores para o site para poder cuidar só da nossa missão de catequizar. Mas que seja feita a vontade de Deus. Uma das coisas que a aprendi nesses seis anos de 'O Catequista' é que o Senhor tem seus planos e nossa única preocupação deve ser dizer sim a Ele todos os dias.

A12 - Pra você, quem é o publico católico na internet de hoje?

Alexandre - São pessoas de todas as idades, principalmente os jovens, com sede de informação mais rápida e mais aprofundada para viver melhor a sua fé. E esse é o nosso grande desafio: conseguir fazer uma catequese que realmente toque a vida das pessoas, com textos, vídeos e áudios que sejam adequados ao pouquíssimo tempo de que dispõem no dia a dia tão corrido que vivemos hoje. Mas fazemos tudo isso de forma a levar as pessoas a retornar às paróquias e buscar seriamente uma direção espiritual. O Cristianismo precisa ser vivido na vida real. É um encontro humano! Não temos a pretensão de atrair as pessoas para nós. Queremos ser o trailer do filme. Um bom trailer vai convencer você a ir ao cinema e, aí sim, viver a experiência completa do filme. É isso que queremos: que as pessoas se sintam instigadas a viver ainda mais intensamente a sua fé na vida real.

A12 - Se dedica a quais outras atividades?

Alexandre - Temos a criação dos nossos quatro filhos, meu trabalho como gerente de projetos em uma empresa de TI e a coordenação da Crisma em uma paróquia aqui no Rio de Janeiro. Mas além disso, a própria missão de 'O Catequista' gerou atividades em outras mídias. Hoje participo de programas na Canção Nova FM quatro vezes por semana, na Rádio Catedral FM do RJ duas vezes, apresento um programa chamado Parlatório da WebTV Redentor, da Arquidiocese do Rio e colaboramos com textos para vários jornais e sites. Isso sem falar na dedicação em responder nossos leitores. São mais de 100 mensagens por dia!

A12 - Deseja acrescentar mais informações que sejam relevantes?

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Alexandre - No final do ano passado tivemos a graça de lançar nosso primeiro livro: 'As Grandes Mentiras sobre a Igreja Católica' pela Editora Planeta. Nele, nos dedicamos a desmentir os principais mitos sobre a nossa fé. Novamente nos surpreendemos muito com o resultado. Chegamos a ficar em primeiro lugar na lista da Folha e na Amazon. Graças a Deus e ao carinho do nosso público, teremos a oportunidade de continuar esse trabalho. Já estamos escrevendo nosso segundo livro! Por último, gostaria de dizer que tudo isso é fruto da Graça de Deus. Um padre muito querido me disse uma vez que “o homem propõe e Deus dispõe”. Nunca esqueci. Peço que rezem pela nossa missão de catequese e para que possamos sempre propor tudo o que for possível para que o Senhor se aproveite para a construção do seu Reino.

Fonte: a12

Vaticano divulga programação do Papa na Semana Santa

Papa presidirá as tradicionais celebrações da Semana Santa,
tempo litúrgico mais importante da Igreja católica

celebracoes-com-o-PapaO Vaticano informou nesta terça-feira, 28, a programação do Papa Francisco para a Semana Santa deste ano. O Santo Padre presidirá todas as tradicionais celebrações desse tempo que é o ápice da vida cristã.

A Semana começa em 9 de abril, Domingo de Ramos, quando o Santo Padre abençoará os ramos e, ao término da procissão, presidirá a Santa Missa às 10h (hora local, 5h em Brasília). Nessa ocasião será celebrada em todo o mundo, em âmbito diocesano, a 32ª Jornada Mundial da Juventude com o tema “Grandes coisas fez por mim o Onipotente” (Lc 1, 49).

Na Quinta-Feira Santa, 13, Francisco presidirá a celebração da Missa do Crisma às 9h30 (hora local, 4h30 em Brasília) com os cardeais, patriarcas, arcebispos, bispos e presbíteros (diocesanos e religiosos) presentes em Roma. Também neste dia, o Papa deve presidir a Missa de Lava Pés em local e horário ainda a ser divulgado. Nos últimos anos, Francisco tem escolhido como local para esta celebração instituições da periferia, voltadas à caridade e a medidas socioeducativas.

A celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, 14, será na Basílica Vaticana a partir das 17h (hora local, 12h em Brasília). O Pontífice presidiá a Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e o Rito da Comunhão. À noite, no Coliseu, a tradicional Via Sacra, ao término da qual o Papa fará uma reflexão e concederá a benção apostólica aos fiéis.

No Sábado Santo, a vigília pascal será às 20h30 (hora local, 15h30 em Brasília), na Basílica de São Pedro. O Papa vai presidir a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística, que será concelebrada com os cardeais e bispos que desejarem e alguns padres, conforme disponibilidade dos lugares.

No Domingo de Páscoa, 16, além de presidir a Missa às 10h (hora local, 5h em Brasília), o Papa concederá aos fiéis a Benção Urbi et Orbi, direcionada a todos os povos.

Fonte: Canção Nova Notícias

Para CNBB, Reforma da Previdência “escolhe o caminho da exclusão social”

CP-mar2017-coletiva-2A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta quinta-feira, dia 23 de março, uma nota sobre a Reforma da Previdência. No texto, aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, os bispos elencam alguns pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, considerando que a mesma “escolhe o caminho da exclusão social” e convocam os cristãos e pessoas de boa vontade “a se mobilizarem para buscar o melhor para o povo brasileiro, principalmente os mais fragilizados”.

Em entrevista coletiva à imprensa, também foram apresentadas outras duas notas. Uma sobre o foro privilegiado e outra em defesa da isenção das instituições filantrópicas. Na ocasião, a Presidência da CNBB falou das atividades e temas de discussão durante a reunião do Conselho Permanente, que teve início na terça-feira, dia 21 e terminou no fim da manhã desta quinta, 23.

Apreensão

Na nota sobre a PEC 287, a CNBB manifesta apreensão com relação ao projeto do Poder Executivo em tramitação no Congresso Nacional. “A previdência não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio”, salientam os bispos.

O Governo Federal argumenta que há um déficit previdenciário, justificativa questionada por entidades, parlamentares e até contestadas levando em consideração informações divulgadas por outros governamentais. Neste sentido, os bispos afirmam não ser possível “encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias”.

A entidade valorizou iniciativas que visam conhecer a real situação do sistema previdenciário brasileiro com envolvimento da sociedade.

Leia na íntegra:

NOTA DA CNBB SOBRE A PEC 287/16 – “REFORMA DA PREVIDÊNCIA”

“Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão”
(Amós 5,7)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 21 a 23 de março de 2017, em comunhão e solidariedade pastoral com o povo brasileiro, manifesta apreensão com relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de iniciativa do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional.

O Art. 6º. da Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a Previdência seja um Direito Social dos brasileiros e brasileiras. Não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os Direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio.

Abrangendo atualmente mais de 2/3 da população economicamente ativa, diante de um aumento da sua faixa etária e da diminuição do ingresso no mercado de trabalho, pode-se dizer que o sistema da Previdência precisa ser avaliado e, se necessário, posteriormente adequado à Seguridade Social.

Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo. Não é possível encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias. É preciso conhecer a real situação da Previdência Social no Brasil. Iniciativas que visem ao conhecimento dessa realidade devem ser valorizadas e adotadas, particularmente pelo Congresso Nacional, com o total envolvimento da sociedade.

O sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, enfermidades, acidentes, maternidade...), particularmente as mais pobres. Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários. Na justificativa da PEC 287/2016 não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica.

Buscando diminuir gastos previdenciários, a PEC 287/2016 “soluciona o problema”, excluindo da proteção social os que têm direito a benefícios. Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao acabar com a aposentadoria especial para trabalhadores rurais; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores...); ao reduzir o valor da pensão para viúvas ou viúvos; ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a PEC 287/2016 escolhe o caminho da exclusão social.

A opção inclusiva que preserva direitos não é considerada na PEC. Faz-se necessário auditar a dívida pública, taxar rendimentos das instituições financeiras, rever a desoneração de exportação de commodities, identificar e cobrar os devedores da Previdência. Essas opções ajudariam a tornar realidade o Fundo de Reserva do Regime da Previdência Social – Emenda Constitucional 20/1998, que poderia provisionar recursos exclusivos para a Previdência.

O debate sobre a Previdência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-partidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses. Quando isso acontece, quem perde sempre é a verdade. O diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado até à exaustão.

Às senhoras e aos senhores parlamentares, fazemos nossas as palavras do Papa Francisco: “A vossa difícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subvenções indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias. Não falte entre as vossas prioridades uma atenção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como a assistência à maternidade que sempre deve tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidianamente. Tutelai as mulheres, o trabalho das mulheres! Nunca falte a garantia para a velhice, a enfermidade, os acidentes relacionados com o trabalho. Não falte o direito à aposentadoria, e sublinho: o direito — a aposentadoria é um direito! — porque disto é que se trata.”

Convocamos os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual Reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados.

Na celebração do Ano Mariano Nacional, confiamos o povo brasileiro à intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Deus nos abençoe!

Brasília, 23 de março de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Fonte: CNBB

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