Intenções de oração de agosto: por um mundo com famílias
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- Segunda, 05 Agosto 2019 09:45
Em “O Vídeo do Papa” de agosto, Francisco volta o olhar para as famílias e nos pede que orientemos nossas intenções de oração para tudo que as favoreça, para que elas se tornem verdadeiros lugares de crescimento humano. Para o Santo Padre, as famílias são “o melhor legado possível” que podemos deixar para o mundo e o futuro.
Estatísticas de vários relatórios oficiais mostram que 16% das famílias na União Europeia consistem em famílias monoparentais (crianças que vivem com apenas um dos pais). Nos Estados Unidos, as estatísticas de três anos atrás revelam que 44% dos pais são casados, enquanto houve um aumento no número de pessoas morando sozinhas (20%) ou coabitando (8%). Na América Latina, a Colômbia se destaca por ter o maior número de casais que coabitam: 35%. Esta tendência parece ser comum ao restante dos países da região. Além disso, 27% das crianças vivem em famílias monoparentais.
Neste contexto, a intenção de oração do Papa se concentra em rezar pelas famílias e cuidar delas, já que elas são “verdadeiras escolas para o futuro”. Sua mensagem é um apelo para que elas dediquem todos os esforços ao diálogo, compartilhem experiências umas com as outras, e aprendam a aceitar e perdoar uns aos outros, pois são o “primeiro lugar onde os seres humanos aprendem a amar”. Ao mesmo tempo, suas palavras alertam para o perigo do “individualismo extremo, que enfraquece os laços familiares e acaba considerando cada membro da família uma unidade isolada, o que cria o risco de ‘intolerância e hostilidade nas famílias’”.
A mensagem de vídeo foi divulgada nessa quinta-feira (1º) e o tema da oração para o mês de agosto é “As famílias, um laboratório de humanização”.
Confira o vídeo na íntegra:
*Fonte: site da Arquidiocese JF, com informações de P. Frédéric Fornos, SJ
Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa
Itaipu. Bispos do Paraguai pedem que seja esclarecido o acordo com o Brasil
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- Segunda, 05 Agosto 2019 09:20
Foi um acordo secreto que gerou muitos protestos no país. E agora, o pedido de esclarecimentos por parte dos bispos. O Paraguai está em grande agitação pelo caso do acordo com o Brasil sobre a fornecimento de energia através da Usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo.
Buscar o bem e a transparência
“Pedimos que haja esclarecimentos e transparência sobre tudo o que fizeram até agora, e que sejam assumidas as responsabilidades devidas de um fato que gerou uma importante crise nas esferas políticas do país”, indicaram os bispos em um comunicado de 30 de julho, enviado da casa de retiro Emaús, onde realizam sua 222ª assembleia plenária extraordinária.
“A Conferência Episcopal do Paraguai aplaude o gesto patriótico do povo, que implica estar informado e interessado pelo bem comum, garantia da salvaguarda da soberania nacional”, acrescenta o texto.
Sobre o acordo da hidrelétrica de Itaipu, os bispos indicaram que é um “tema sensível e estratégico para o Paraguai. Por isso, é fundamental que esse tipo de acordo e negociação seja realizado com um alto nível de patriotismo, participação e socialização”.
“Acreditamos que a crise provocada, nessas circunstâncias, é razão suficiente para apostar e promover, ainda mais, o trabalho interdisciplinar (jurídico, técnico, econômico e político) de alto nível, com pessoas competentes, com fortes convicções éticas e patrióticas; isso pode garantir condições justas e transparentes para os interesses do Paraguai”, ressaltaram.
Assinado um “acordo secreto” com o Brasil
No dia 24 de maio foi assinado um “acordo secreto” entre o governo paraguaio, de Mário Abdo Benítez, e o Brasil. O tratado estabelece novos termos para a contratação anual de potência energética da hidrelétrica, compartilhada pelos dois países. Mas depois que o conteúdo foi conhecido houve muitas baixas no governo local, pois afirmam que o compromisso obrigava o Paraguai a comprar mais energia do que necessita e que isso dependia de uma atitude extorsiva por parte da companhia elétrica brasileira Eletrobrás. Tudo isso levou a numerosas manifestações e protestos, que levaram o Senado a votar uma moção contra o acordo obrigando o governo a renegociá-lo.
Pela soberania do país
“Como pastores da Igreja, acompanhamos este processo com nossa oração e pedimos a intercessão de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira do Paraguai, de São Roque González de Santa Cruz e da Beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado, ‘Chiquitunga’, para que Deus ilumine nossas autoridades e nos ajude todos a cuidar juntos da soberania de nosso país juntos”, concluíram.
Fonte: Site Vatican News
Roma sediará congresso internacional pelos 40 anos de Puebla
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- Segunda, 29 Julho 2019 13:14
A Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) anunciou a realização de um congresso internacional com o tema “Comunhão e participação”, por ocasião dos 40 anos da III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano de Puebla.
A Conferência de Puebla (México) ocorreu em 1979 e seguiu as do Rio (Brasil), em 1955, e Medellín (Colômbia), em 1968. O Papa João Paulo II participou deste evento em sua primeira viagem ao México, que teve como fruto o documento de Puebla.
O evento da CAL acontecerá de 2 a 4 de outubro de 2019, na Cúria Geral dos Jesuítas, em Roma.
A conferência tem quatro partes. A primeira é intitulada “América Latina e a ‘década de sangue’”, a segunda trata “A preparação da Conferência”, a terceira é a “A Agenda de Puebla”, enquanto a quarta será sobre “A herança de Puebla”.
O peruano Gustavo Gutiérrez estará encarregado da conferência sobre “A opção preferencial pelos pobres”. A presença do sacerdote dominicano, de 91 anos, é a mais surpreendente e controversa na lista de convidados.
O autor de “Teologia da Libertação – Perspectivas” (1971) e “Força histórica dos pobres” (1978) foi investigado pela Congregação para a Doutrina da Fé pela promoção do marxismo na sua teologia.
Em março de 1983, o dicastério elaborou o documento “Dez Observações à Teologia de Gustavo Gutiérrez”, apresentado aos bispos peruanos de então, durante a visita ad limina, no qual assinalava que o marxismo “é o princípio determinante a partir do qual Gutiérrez procede para reinterpretar a mensagem cristã”.
Gutiérrez, ao final dos anos 1970, se opôs ferrenhamente à convocação da Conferência de Puebla, porque considerava que a realizada em Medellín, da qual havia participado ativamente como conselheiro, poderia sofrer um “retrocesso” no campo sociológico e político.
Gutiérrez não só não foi convidado para a reunião em Puebla, inaugurada pelo Papa João Paulo II, em 28 de janeiro de 1979, como também fez parte de um grupo paralelo de intelectuais partidários da teologia marxista da libertação, claramente opostos à linha de Puebla.
As teses que Gutiérrez promoveu durante a Assembleia de Puebla, foram depois censuradas explicitamente pelo documento da Congregação para a Doutrina da Fé, “Libertatis Nuntius” de 1984.
Outro palestrante no congresso será o leigo britânico Austen Ivereigh, autor do livro “O grande reformador: Francisco, retrato de um Papa radical”, que falará sobre “A originalidade histórica de um pontificado latino-americano”.
No entanto, uma opinião polêmica em sua conta no Twitter, em abril de 2018, em favor da justiça britânica e contra o direito à vida do pequeno Alfie Evans, rendeu-lhe as críticas da ‘The Catholic Association’ (TCA), que qualificou como “confuso e decepcionante ver líderes católicos como Austen Ivereigh, de Vozes Católicas U.K., abandonando a doutrina social da Igreja e se afastando do Papa ao defenderem o governo em vez de Alfie e sua família”.
Outro participante do congresso de outubro é o sacerdote brasileiro José Marins, considerado um especialista em Comunidades Eclesiais de Base (CEB) surgidas no Brasil.
Embora tenham sido positivas em seu início, com o tempo as CEB assimilaram “algumas ideias do marxismo, um ideal socialista”, como explicou um bispo brasileiro durante a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina em Aparecida, em 2007.
Também participarão do Congresso pelos 40 anos de Puebla: Rodrigo Guerra López, membro do Pontifício Conselho Justiça e Paz; o uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour, doutor em Direito e Ciências Sociais, que serve há mais de 40 anos no Vaticano, tendo colaborado com Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI; o brasileiro Pe. Alexandre Awi Mello, membro da Fraternidade de Padres de Schoenstatt e serve desde 2017 como secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; entre outros.
Fonte: Site da CNBB
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