Presidência da CNBB emite nota sobre o vazamento de óleo no litoral Nordestino
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- Terça, 05 Novembro 2019 14:08
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu, na última semana, uma nota sobre o vazamento de óleo no litoral do Nordeste brasileiro. No documento, inspirado pela realização do Sínodo para a Pan-Amazônia e frente aos desastres ambientais, a CNBB cobra uma postura de profunda e imediata conversão ecológica. A presidência da CNBB cobra também das autoridades competentes ações efetivas de recuperação do equilíbrio natural e uma devida apuração para encontrar a origem e as causas dessa tragédia ecológica. Veja a íntegra do documento abaixo:
Nota da CNBB sobre vazamento de óleo no litoral do Nordeste
As manchas de óleo que contaminam tristemente as praias do Nordeste devem sensibilizar corações para urgente necessidade: uma profunda e imediata conversão ecológica. Os processos extrativistas que contaminam e matam devem ser fiscalizados e devidamente responsabilizados pelo poder público, pois não há futuro para a humanidade sem o indispensável respeito à Casa Comum.
O Sínodo dos Bispos para a Amazônia, em seu horizonte, reforça esta convocação: todos vivenciem uma autêntica conversão ecológica. Seja inspiração e exemplo para cada pessoa, no caminho rumo à conversão, o magnífico trabalho de voluntários que estão se dedicando à limpeza das praias do Nordeste.
Homens e mulheres que se arriscam, em contato com o óleo tóxico, para salvar o meio ambiente. Diante desse desastre que contamina as praias do Nordeste, são esperadas, das autoridades competentes, ações efetivas de recuperação do equilíbrio natural. E que seja feita a devida apuração para encontrar a origem e as causas dessa tragédia ecológica.
A coragem e a solidariedade dos voluntários toquem o coração de todos, especialmente de governantes, para que a defesa da vida e do planeta seja sempre prioridade.
Em Cristo,
Brasília-DF, 28 de outubro de 2019
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: Site da CNBB
Sínodo para Amazônia chega ao fim com missa presidida pelo Papa Francisco
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- Segunda, 28 Outubro 2019 11:22
Depois de três semanas de trabalho, encerrou-se hoje, dia 27 de outubro, o Sínodo para Amazônia com uma missa presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro. Participaram da celebração os padres sinodais e demais integrantes do Sínodo, como representantes indígenas e especialistas em Amazônia.
Durante a missa, o Santo Padre agradeceu a participação de todos os envolvidos na realização da Assembleia Sinodal. “Foi bom e vos agradeço, queridos padres e irmãos sinodais, por termos dialogado, nessas semanas, com o coração, com sinceridade e franqueza, colocando fadigas e esperanças diante de Deus e dos irmãos”, afirmou.
“Neste Sínodo, tivemos a graça de escutar as vozes dos pobres e refletir sobre a precariedade das suas vidas, ameaçadas por modelos de progresso predatórios. E, no entanto, precisamente nesta situação, muitos nos testemunharam que é possível olhar a realidade de modo diferente, acolhendo-a de mãos abertas como uma dádiva, habitando na criação, não como meio a ser explorado, mas como casa a ser guardada, confiando em Deus. Ele é Pai e – diz ainda Ben Sirá – «ouvirá a oração do oprimido» (35, 13). Quantas vezes, mesmo na Igreja, as vozes dos pobres não são escutadas, acabando talvez vilipendiadas ou silenciadas porque incômodas. Rezemos pedindo a graça de saber escutar o clamor dos pobres: é o clamor de esperança da Igreja. Assumindo nós o seu clamor, também a nossa oração atravessará as nuvens”.
Homilia
Na homilia, o Papa Francisco alertou sobre a atitude do fariseu no Evangelho de Lucas (18,9-14), que durante a oração apenas destaca as leis que seguiu: “o fariseu vangloria-se porque cumpre do melhor modo possível preceitos particulares. Mas esquece o maior: amar a Deus e ao próximo (cf. Mt 22, 36-40). Transbordando de confiança própria, da sua capacidade de observar os mandamentos, dos seus méritos e virtudes, o fariseu aparece centrado apenas em si mesmo. Vive sem amor. Mas, sem amor, até as melhores coisas de nada aproveitam, como diz São Paulo (cf. 1 Cor 13). E sem amor, qual é o resultado? No fim de contas, em vez de rezar, elogia-se a si mesmo. De fato, não pede nada ao Senhor, porque não se sente necessitado nem em dívida, mas com crédito. Está no templo de Deus, mas pratica a religião do eu”.
Devemos nos espelhar, segundo o Papa, na oração do publicano, que suplica piedade por ser pecador: “hoje, contemplando o publicano, descobrimos o ponto onde recomeçar: do fato de nos considerarmos, todos, necessitados de salvação. É o primeiro passo da religião de Deus, que é misericórdia com quem se reconhece miserável. Ao passo que a raiz de todo o erro espiritual, como ensinavam os monges antigos, é crer-se justo. Considerar-se justo é deixar Deus, o único justo, fora de casa”.
Angelus
Logo após a missa de encerramento do Sínodo, na oração do Angelus, o Papa Francisco também falou sobre o trabalho no Sínodo para Amazônia: “o clamor dos pobres, juntamente com o da terra, chegou da Amazônia. Após essas três semanas, não podemos fingir que não ouvimos. As vozes dos pobres, juntamente com as de muitos outros dentro e fora da Assembléia do Sínodo – pastores, jovens, cientistas – nos pressionam a não permanecer indiferentes. Muitas vezes ouvimos a frase ”mais tarde, é tarde demais”. Não pode continuar assim como um slogan”.
“O que foi o Sínodo? – questionou o Papa já com uma resposta – Foi, como a palavra diz, uma caminhada juntos, consolada pela coragem e consolações que vêm do Senhor. Caminhamos olhando nos olhos um do outro e ouvindo um ao outro, sinceramente, sem esconder as dificuldades, experimentando a beleza de seguir em frente juntos, para servir”.
Por fim, o Papa Francisco pediu a proteção de Nossa Senhora: “invoquemos a Virgem Maria, venerada e amada como Rainha da Amazônia. Tornou-se não conquistadora, mas “inculturada”, com a humilde coragem de sua mãe, tornou-se a protetora de seus filhos, a defesa dos oprimidos. A ela, que cuidou de Jesus na casa pobre de Nazaré, confiamos as crianças mais pobres e nosso lar comum. Ela, uma mulher de esperança, pode interceder para que o Espírito Santo desça sobre nós, que com sua doce criatividade torna todas as coisas novas”.
Fonte: Site da CNBB
Atual presidência da CNBB se reúne pela primeira vez com o Papa Francisco
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- Segunda, 28 Outubro 2019 11:14
O Papa Francisco vai receber em audiência nesta quinta-feira, 31 de outubro, como acontece anualmente, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mas antes disso, a partir de hoje, 28 de outubro, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o presidente da entidade, dom Jaime Spengler, primeiro vice-presidente, dom Mário Antônio da Silva, segundo vice-presidente e o secretário-geral, dom Joel Portella Amado, vão fazer visitas a instâncias da cúria romana, como Dicastérios e Congregações, para acompanhar e conhecer um pouco do trabalho.
“Esse caminho será coroado exatamente por nosso encontro com o papa Francisco, um momento de a gente reafirmar nossa adesão, nossa comunhão e também compartilhar nossas preocupações, nossos desafios e tudo que estamos vivendo e fazendo para ouvir a sua palavra, a suas orientações e ao mesmo tempo trazer o nosso abraço, que um abraço seu, meu e de todo o povo brasileiro e de todos nós que somos discípulos e discípulas de Cristo Jesus nos fortalecendo neste caminho com muita alegria”, explica arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que participou do Sínodo da Amazônia.
O bispo de Roraima e segundo vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva, que também participou do Sínodo, ressalta que o encontro com o papa é um momento importante não só para a presidência, mas é um momento de comunhão com o episcopado brasileiro e com todas as comunidades católicas.
“É um momento de comunhão e de trazer ao papa Francisco os frutos da missão da nossa Igreja, das nossas comunidades aqui na conversa com ele. Vamos também colocar a realidade do nosso Brasil, os desafios e dramas que ele já está tomando conhecimento através do Sínodo, mas de maneira mais ampla de todo o nosso país, bem como as alegrias que temos vivenciado na missão com todos vocês que aí estão em sintonia conosco”, destacou.
A audiência com Francisco acontece no mesmo mês que a CNBB, uma das maiores conferências episcopais do mundo, completou 67 anos de fundação. Os rumos e as novas diretrizes gerais da Igreja no Brasil 2019-2023, os desdobramentos do Sínodo para Amazônia, que terminou neste domingo (27), e os trabalhos, em especial, o que tem sido feito durante este Mês Extraordinário Missionário – proclamado pelo papa para celebrar o centenário da carta Apostólica Maximum Illud de seu predecessor o Papa Bento XV, também estarão na pauta do encontro.
Fonte: Site da CNBB
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