Papa reza pelo diálogo para o fim do conflito no Oriente Médio

cq5dam.web .800.800-34Ao final da oração do Regina Caeli, o Papa afirmou que acompanha com preocupação e dor a situação no Oriente Médio:

“Renovo o apelo a não ceder à lógica da reivindicação e da guerra; prevaleçam ao invés os caminhos do diálogo e da diplomacia, que pode fazer muito. Rezo todos os dias pela paz na Palestina e em Israel e espero que esses dois povos possam em breve parar de sofrer. E não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia, a martirizada Ucrânia, que sofre muito com a guerra.”

O Pontífice pediu as orações dos fiéis pelo padre Matteo Pettinari, jovem missionário da Consolata na Costa do Marfim que morreu num acidente de carro. “Conhecido como o ‘missionário incansável’, deixou um grande testemunho de generoso serviço. Rezemos pela sua alma.”

Originário da província de Ancona, 42 anos de idade, Padre Matteo estava em missão no país africano há 13 anos. Ele faleceu em 18 de abril em uma colisão entre seu carro e um ônibus. Seu trabalho missionário incluía a construção de uma igreja com a participação da população local. Também colaborou com o Vatican News no projeto de conscientização sobre a vacinação contra a Covid-19.

Oração pelas Vocações

Francisco recordou ainda a celebração neste IV Domingo da Páscoa do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que este ano tem por tema “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”.

“É uma bela ocasião para redescobrir a Igreja como comunidade caracterizada por uma polifonia de carismas e de vocações a serviço do Evangelho. Neste contexto, dirijo de coração a minha saudação aos novos presbíteros da diocese de Roma, que foram ordenados ontem à tarde na Basílica de São Pedro. Rezemos por eles!”

Os onze novos sacerdotes têm várias proveniências e se formaram no Seminário Romano Maior, no Almo Colégio Caprânica e no Seminário Redemptoris Mater: um argentino, um chileno, dois romenos e sete italianos. O mais novo tem 26 anos e o mais velho, 45.

A celebração eucarística foi presidida pelo card. Angelo de Donatis e marcou sua despedida como Vigário-Geral do Papa para a Diocese de Roma, já que ele foi nomeado pelo Pontífice como Penitenciário-Mor.

Fonte: Site da Canção Nova

Entre Bispos, Assessores e Colaboradores, mais de mil pessoas participaram do desenvolvimento da Assembleia Geral

61ass cnbbDesde o último dia 10, até a manhã do dia 19, o episcopado brasileiro esteve em Aparecida (SP) para a realização da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“O Caminho Sinodal” foi o tema do retiro espiritual que iniciou a 61ª edição da AG e contou com a assessoria do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Ao todo, ao longo das duas semanas, o encontro de comunhão eclesial teve 27 sessões que trataram assuntos variados em prol da ação evangelizadora nos quatro cantos do país.

Em clima de comunhão, os bispos emitiram quatro textos: uma mensagem ao povo brasileiro e outra aos cristãos católicos; e duas cartas, uma ao Papa Francisco; e a outra ao prefeito do Dicastério para os Bispos.

Escuta de Deus e dos irmãos

Divididos em 19 regionais, mais de 400 bispos participaram do evento eclesial que, com silêncio orante e reflexão comum, o episcopado contribuiu para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com o uso do método de discernimento comunitário intitulado de “Conversa no Espírito”. Em 45 pequenas comunidades, em diversos momentos, os bispos partilharam momentos de escuta de Deus e dos irmãos.

“O método de conversação no Espírito vai favorecer uma maior participação de todos nos processos de evangelização”, indicou o subsecretário pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, ao afirmar que o método adotado exige a interação de todos.

Ministério do Catequista

Em rito inédito no país, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, em nome de todos os bispos, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista.

Ao todo, 19 catequistas, um de cada regional, receberam o ministério instituído pelo Papa Francisco através do Motu Próprio Antiquum Ministerium.

Marca do amor

Sobre os trabalhos da AG, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que ajudou na logística do evento eclesial, sublinhou que foi um momento de graça. “Trabalhar na Assembleia, favorecendo estrutura e meios para que os bispos possam rezar e refletir, é contribuir com o anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil”, comentou.

Ao trazer a frase de Santo Ambrósio, “Aquilo que o amor faz o medo jamais poderá realizá-lo”, o padre Patriky destacou que os serviços prestados pelas 637 pessoas envolvidas na concretização da Assembleia Geral, entre assessores e colaboradores da CNBB, e do Santuário Nacional, “tiveram a marca do amor: na preparação, na realização e nos encaminhamentos finais”, finalizou.

Hino em língua portuguesa

No dia 16, durante a realização da AG, em Missa no Santuário Nacional, o Hino Oficial brasileiro do Ano Jubilar foi entoado pela primeira vez.

Com o tema “Peregrinos da Esperança”, escolhido pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no Natal deste ano e se estenderá durante 2025. A apresentação em língua portuguesa contou com a presença dos diretores musicais do hino, o maestro Delphim Porto e padre José Weber, da São Paulo Schola Cantorum, assessores e colaborados da Conferência Episcopal. A execução do hino também se repetiu na 16ª sessão da Assembleia quando os bispos aprofundaram o tema do Jubileu 2025.

Engajamento na comunicação

Em um trabalho de comunicação integrada, 9 coletivas de imprensa informaram os principais temas refletidos nos dias da Assembleia. Com transmissões, programas, podcasts e publicações, as redes sociais da Conferência Episcopal tiveram um aumento de 80% no engajamento. Programas de rádio também foram produzidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB durante os trabalhos da Assembleia.

Para proporcionar a integração dos fiéis com a entidade em todo o país por meio de notícias, formação e espiritualidade, ontem, dia 18, a presidência da CNBB e a assessoria de comunicação laçaram o aplicativo da Conferência Episcopal.

Fonte: Site da CNBB

61ª Assembleia Geral da CNBB retoma sessões com tema da inteligência artificial e os impactos na ação pastoral

Painel-sobre-IA-bisposApós um dia de descanso das sessões de trabalho, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retoma as reflexões com o tema da Inteligência Artificial na segunda-feira, 15 de abril. O evento segue até o dia 19 deste mês. A apresentação foi feita pelo e presidente da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos (SBCC), doutor Everthon de Souza Oliveira, e pelo secretário do Instituto Nacional de Pastoral Pe. Alberto Antoniazzi (Inapaz) da CNBB e sócio-fundador da SBCC, Pe. Danilo Pinto dos Santos.

A temática adquire relevância para o atual contexto, uma vez que as inteligências artificiais (IAs) configuram-se como um paradigma tecnológico em desenvolvimento, com potencial para gerar mudanças socioculturais significativas.

Desenvolvimento com ética

O professor Everthon explicou brevemente o desenvolvimento da IA e a sua capacidade de gerar conteúdos sem a intervenção humana. “A Inteligência artificial é capaz de executar múltiplas tarefas de forma autônoma e coordenada, adaptando-se a diferentes cenários e contextos em tempo real”, destacou.

Conforme abordou o especialista, o algoritmo vai construindo algo com sentido e contexto, resultando em uma pseudosemântica da máquina, com a construção de conceitos próprios, interpretando autonomamente a realidade de modo oculto aos operadores da ferramenta.

Everthon alertou que há possibilidades de cognição equivalente ou maior que a humana e questiona se a IA será capaz de nos desumanizar. “O risco que a gente corre agora é de não haver a formação moral, a base ética, num potencial tão grande que está distribuído”

Alguns dos pontos de atenção destacados pelo presidente dos cientistas católicos é a necessidade de uma regulação orientadora que não limite o desenvolvimento, mas que coloque os limites éticos em todas as etapas, desde o desenvolvimento até a comercialização. Outra necessidade no processo de evolução das Ias é a transparência na coleta de dados, na informação e na computação.

Perspectiva pastoral

Padre Danilo Pinto contribuiu na reflexão abordando as questões pastorais. Evocando a mitologia grega, o sacerdote questionou os limites da técnica recorrendo à tragédia do Prometeu Acorrentado. “É permitido para nós fazer o fogo?”

O texto de apoio apresentado aos bispos, aborda, a partir da categoria do regime da informação apresentada pelo filósofo Byung-Chul Han, o impacto das inteligências artificiais em âmbitos pastorais específicos, a partir de alterações no ethos religioso católico.

A personalização da experiência social foi um dos destaques feitos pelo secretário do Inapaz. “Quanto mais geramos dados, mais são consolidadas as informações acerca dos gostos e experiências pessoais sobre nós. A lógica algorítmica exclui o outro, fragmenta a percepção da realidade, determinando decisivamente processos pastorais.”

Realidades como as bolhas de informação, radicalização das ideias, polarização e desinformação também foram apresentadas como alertas para a realidade cada vez mais avançada da IA.

Na conclusão, o professor Everthon afirmou que a IA vai permear nossos âmbitos cada vez mais, inclusive o pastoral. “É a possibilidade termos uma pastoral mais inteligente, mas não corrermos o risco de ter uma evangelização artificial.”

Comunhão e partilha

Ao fim da sessão, um tempo foi reservado para os informes da Comissão Episcopal para a Comunhão e Partilha, projeto que contribui com a formação de seminaristas nas dioceses mais pobres do país.

A apresentação do relato foi feita pelo bispo de Primavera do Leste – Paranatinga (MT) e presidente da Comissão, dom João Aparecido Bergamasco (no meio na foto), pelo bispo de Formosa (GO), dom Adair José Guimarães e pelo bispo de São José dos Campos (SP), dom José Walmor Cesar Teixeira (à direita, na foto).

Em 2023, foram atendidos 323 seminaristas de 42 dioceses em 2023, com total mensal de R$ 381.096,25 por mês. O valor é obtido por meio da oferta de 1% da renda ordinária fixa por parte de todas as arquidioceses, dioceses e prelazias do Brasil. O projeto assumido pelo episcopado em Assembleia prevê reajuste de 20% no percentual de arrecadação em 2024.

Ao final da exposição, o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers agradeceu a Dom Cesar que desde o início participa da comissão, seja como presidente ou membro, e está deixando a função nesta assembleia. O prelado classificou sua participação como trabalho evangélico e de testemunho.

*Fonte: Site da CNBB
*Com colaboração Marcus Tullius (Pascom-Brasil) – Comunicação da 61ª AG CNBB

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