Em julho, Jornada de Oração e Missão pela paz da CNBB é dedicada à Nigéria

Jornada-de-Oracao-e-Missao-pela-Paz-NigeriaA Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN) promovem, na próxima sexta-feira, dia 1º de julho, a Jornada de Oração e Missão pela Paz dedicada a Nigéria – país africano localizado na região da África Ocidental.

No dia 5 de junho, durante as celebrações de Pentecostes, a Igreja Católica de São Francisco Xavier, em Owo, estado de Ondo, sudoeste da Nigéria, foi invadida por vários homens que entraram atirando contra os fiéis. O massacre causou a morte de muitas pessoas, incluindo crianças.

Segundo a comissão, a Nigéria é um país africano que tem sofrido com a violência em diversos episódios: desde sequestro de mulheres e meninas cristãs até atentados contra comunidades eclesiais. “Constantemente os noticiários relatam esses casos. E nós não podemos nos acostumar com tudo isso. Assim, neste dia primeiro de julho de 2022, fazendo da oração uma missão, rezemos pela paz na Nigéria. E ecoemos o que o presidente daquele país disse à nação: ‘Este país nunca se renderá ao mal’!”, destaca a comissão.

De acordo com a ACN, este episódio é mais um ato terrorista na Nigéria, mais um na longa lista de crimes contra cristãos. “O país em geral tem sido abalado por episódios de violência, crimes e sequestros que, embora afetem todos os grupos étnicos e religiosos do país, levaram a uma longa lista de grandes ataques à comunidade cristã nas últimas décadas”, destaca o portal da ACN.

Assista ao vídeo:



Jornada de Oração e Missão pela Paz

As jornadas são um convite para contribuir, especialmente, com a oração que é uma das formas mais significativas de colaborar com o trabalho missionário. De acordo com a comissão, a Jornada de Oração e Missão pela Paz faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país ou causa.

*Fonte: Site da CNBB

No envio das famílias, Papa Francisco convida a tornarem-se “missionários nos caminhos do mundo”

Papa-Francisco-na-Praca-Sao-Pedro-Vatican-MediaFoi concluído, no último domingo (26), o Ano Família Amoris Laetitia, convocado pelo Papa Francisco para celebrar os cinco anos da exortação apostólica sobre o amor na família. Um dia antes, a missa celebrada na Praça São Pedro, com a presença do Pontífice, marcou o encerramento da programação, em Roma, do X Encontro Mundial das Famílias, iniciado no dia 22 de junho.

No envio das famílias, Francisco convidou a tornarem-se “missionários nos caminhos do mundo”. “Anunciem com alegria a beleza de ser família! Anunciem às crianças e aos jovens a graça do matrimônio cristão. Deem esperança a quem não a tem. Ajam como se tudo dependesse de vocês, sabendo que tudo deve ser confiado a Deus”.

A missa foi presidida pelo Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell. O Papa fez a homilia e destacou que “a família é o lugar do encontro, da partilha, da saída de si mesmo para acolher o outro e estar junto dele. É o primeiro lugar onde se aprende a amar”. Disse ainda o Santo Padre: “Todos vós, esposos, ao formar a vossa família, com a graça de Cristo fizestes esta corajosa opção: não usar a vossa liberdade para proveito próprio, mas para amar as pessoas que Deus colocou junto de vós. Em vez de viver como «ilhas», fizestes-vos «servos uns dos outros». Assim se vive a liberdade em família!”

Ao final da celebração, o Cardeal Farrel recordou o encerramento do Ano Família Amoris Laetitia, convocado pelo Papa ao final de 2020, e realizado entre março de 2021 e este domingo, 26 de junho: “Um ano que deu novo impulso à Pastoral Familiar nas dioceses de todo o mundo: em todos os lugares, Santo Padre, bispos, sacerdotes e leigos trabalharam com entusiasmo e dedicação para escutar as necessidades concretas das famílias e rever metodologias e conteúdos do trabalho pastoral. Há agora uma necessidade urgente de um compromisso renovado, no qual pastores e famílias bem formados saibam trabalhar juntos para serem mais eficazes na tarefa de acompanhar crianças, jovens, cônjuges e famílias inteiras nos desafios morais e espirituais das sociedades de hoje. Servem corresponsabilidade e uma concreta e efetiva comunhão eclesial”.

Mensagem às famílias brasileiras

Com o novo formato do evento proposto pelo Papa, com atividades em Roma e em todas as dioceses do mundo, o X Encontro Mundial das Famílias também teve a proposta de que os bispos escrevessem às famílias de suas respectivas dioceses. No Brasil, os bispos destacaram o amor em família como vocação e caminho de santidade.

Na Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressaltou que a família é “a escola primeira e guardiã de inigualáveis experiências na aprendizagem do amor, onde todos são, ao mesmo tempo, aprendizes e responsáveis pela missionária tarefa de ensinar: aprende-se ensinando, ensina-se aprendendo”.

O Bispo de Rio Grande (RS) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, também escreveu uma carta, na qual destaca que do amor familiar “brotam todas as vocações e todas as vocações se santificam por meio da Família”. “Desejo que toda família, Igreja Doméstica, cresça na fé e na vida da comunidade, onde está a família eclesial, e em comunhão, participação e missão, possa evangelizar um mundo que vive a orfandade espiritual. Sejamos famílias ampliadas para acolher os sem família, os abandonados, os sem esperança, os excluídos, os fragilizados, os que perderam o sentido da vida, os que não sabem o rumo a seguir”, disse dom Ricardo Hoepers.

O X Encontro Mundial das Famílias foi concluído no sábado, 26 de junho, com a missa, que teve a presença do Papa Francisco, e o envio das famílias. Na ocasião, foi anunciada a realização do Jubileu das Famílias, em Roma, durante o Jubileu de 2025, e do XI Encontro Mundial das Famílias, em 2028, em local ainda a ser definido.

Fonte: site da Arquidiocese de Juiz de Fora, com fotos e informações dos sites da CNBB e do Vatican News

CNBB reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana

CNBB-Aborto-1A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, divulgou nota na qual reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural. No texto, assinado pelo bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão, dom Ricardo Hoepers, a Conferência condena todas e quaisquer iniciativas que pretendam justificar e impor o aborto no Brasil.

No texto, é manifestada solidariedade e garantidas as preces para as famílias envolvidas. “De maneira especial, toca-nos profundamente a situação desta criança que, na sua mais tenra idade, passa por todos esses traumas e pressões e todas as crianças que, por uma vida sexual precoce ou porque são violentadas, perdem sua infância”, afirma dom Ricardo, que ressalta a necessidade de tomada de consciência da responsabilidade de todos “sobre a proteção e salvaguarda dos mais pequeninos”.

A nota também traz a reafirmação de que o direito à vida é incondicional: “Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana”.

Recordando a realização do X Encontro Mundial das Famílias, nesta semana, a Conferência une-se “às famílias do mundo inteiro, mas especialmente às famílias que tiveram suas crianças afetadas pelo trauma da violência sexual e do aborto, para que possam ser consoladas e fortalecidas na fé, acreditando na vida, cuidando e protegendo seus filhos, mas de modo especial os mais vulneráveis”.

Confira o texto na íntegra:

Brasília – DF, 23 de junho de 2022.

CEPVF – Nº. 175/22


A FAVOR DA VIDA HUMANA


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Comissão Episcopal e Pastoral para a Vida e Família, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam justificar e impor o aborto no Brasil.


Mais uma vez, infelizmente, veio à tona, outro caso dramático de uma criança que estava gestando um bebê com a idade gestacional de 29 semanas. Solidarizamo-nos com as famílias envolvidas, com nossas preces e nosso respeito à dignidade da vida de todos os envolvidos, especialmente dessas crianças em questão. De maneira especial, toca-nos profundamente a situação desta criança que, na sua mais tenra idade, passa por todos esses traumas e pressões e todas as crianças que, por uma vida sexual precoce ou porque são violentadas, perdem sua infância. Como proteger essa criança e tantas outras que passam pela mesma situação? Neste caso não bastam só palavras, mas uma tomada de consciência da responsabilidade de todos sobre a proteção e salvaguarda dos mais pequeninos.

Reafirmamos que o direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início. Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso (Pronunciamento da CNBB em 04 de abril de 2017).

Lembramos com veemência que são imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. Cabe a todos nós recordar que há o preceito legal: a previsão contida no artigo 7º da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) onde consta a obrigação de que toda e qualquer instituição tem o dever de efetivar políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso de nossas crianças. Estas e outras normativas legais tais como a Lei 12.842/2013 asseguram o livre exercício da medicina e garantem que o paciente receba a melhor atenção da parte daqueles que têm o dever de cuidar do direito à saúde e à vida. Entendemos que o Ministério da Saúde definiu uma resposta a esses casos, na Norma Técnica “Atenção técnica para prevenção, avaliação e conduta nos casos de abortamento” (2022) e essa, por sua vez, com seus protocolos, deveria ser seguida e respeitada.

Nesta semana em que acontece o X Encontro Mundial das Famílias com o tema: “Amor familiar: vocação e caminho de santidade”, queremos nos unir às famílias do mundo inteiro, mas especialmente às famílias que tiveram suas crianças afetadas pelo trauma da violência sexual e do aborto, para que possam ser consoladas e fortalecidas na fé, acreditando na vida, cuidando e protegendo seus filhos, mas de modo especial os mais vulneráveis.

Confiamos a Maria, Mãe de Jesus, todas as crianças, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.


Dom Ricardo Hoepers
Bispo de Rio Grande – RS
Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família


Fonte: Site da CNBB

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