Em missa, bispo celebra a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil

Missa-6-dia-56ª-AGO sexto dia de trabalhos da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou com a Santa Missa celebrada no altar central do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na manhã desta segunda-feira, 16.

A celebração foi presidida pelo bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen. Participaram da procissão de entrada os bispos da Comissão e a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza Schuina.

Dom Severino começou a homilia recordando que o Ano Nacional do Laicato celebra a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil aprofundando sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, testemunhando Jesus Cristo e seu reino na sociedade.

A partir deste objetivo do Ano do Laicato, o bispo fez uma reflexão a partir da primeira leitura (At 6,8-15), na qual Estevão enfrenta um grande conflito com alguns membros da sinagoga dos libertos e outros tradicionais da comunidade ao aprofundar a identidade, vocação, espiritualidade e missão para poder, com liberdade, testemunhar Jesus Cristo e seu reino.

“Nota-se claramente um conflito provocado por Estevão por ultrapassar os velhos costumes e se deixar conduzir pelo Espírito Santo em defesa da comunidade”, ressaltou o bispo.

Refletindo sobre o Evangelho, dom Severino diz que Jesus anuncia com a vida a sintonia com o Pai: “Nós temos Jesus Cristo para apresentar ao mundo onde falta o alimento da verdade, da justiça e autenticidade. Esse é o alimento que nunca se corrompe”.

O bispo ressalta que é preciso incentivar e apoiar as iniciativas do Ano Nacional do Laicato para que produza na consciência de todos dos cristãos a firmeza de buscar o Jesus de Nazaré que apresente o Reino de Deus, o Reino sem corrupção, um Reino de Justiça e de paz. “A espiritualidade Cristã sempre terá por fundamentos os mistérios da encarnação e da redenção de Jesus Cristo. Este enfoque deve permear a formação laical desde o processo da iniciação a vida cristã”, salientou.

“Não existe fé cristã sem comunidade eclesial”, continuou dom Severino. Ele ensinou que o cristão se forma e se experimenta numa comunidade eclesial: “O testemunho de Santo Estevão que foi martirizado defendendo a comunidade de fé se repete nos mártires de ontem, de hoje e que sem dúvida teremos no amanhã”.

Dom Severino lembrou que nos últimos anos tem aumentado o assassinato de muitas lideranças nas comunidades periféricas que não são notícias, ou que são desmoralizadas para que não sejam notícias.

“São pobres que morrem. É preciso levantar esses nomes e evitar que outros líderes que defendem os pobres sejam preservados e possam encorajar todas as pessoas para que superem a onda de ódio, de perseguição, de mortes brutas financiadas pela força do capital e entidades secretas que matam, destroem vidas e a dignidade dos filhos de Deus”, destacou.

E completou: “A busca do pão vivo deve ser a maior preocupação dos cristãos leigos e leigas para que as estruturas sociais garantam o pão cotidiano, aquele pão que une e constrói segurança e sustentabilidade para toda a comunidade, humanidade, sobretudo aos pobres, abandonados, os sofridos de nossas cidades e metrópoles”.

Dom Severino finaliza invocando o Espírito Santo que ilumine a todos para que a 56ª AG confirme o princípio da unidade, caridade, ternura. “Não nos deixemos desanimar pelos que que tentam destruir a alegria de sermos irmãos e de que nos queremos bem”, concluiu.

Fonte: cnbb.org.br
Foto: Reprodução/TV Aparecida

Na Festa da Misericórdia, Papa pede: é preciso deixar-se perdoar

papa-missa-da-divina-misericordia youtube-vatican-news"Para experimentar o amor, é preciso passar por ele: deixar-se perdoar”. A frase é parte da homilia da Santa Missa da Divina Misericórdia, presidida pelo Papa Francisco neste segundo domingo da Páscoa, 8. O evangelho do dia (Jo 20, 19-31) – que retrata a incredulidade e desejo de Tomé de ver e tocar as marcas da crucificação de Jesus – é, de acordo com o Santo Padre, um convite aos cristãos, para assim como o apóstolo, terem a experiência de tocar com as mãos a misericórdia de Deus.

Agradecer a Tomé, esta é a postura que os fiéis devem ter diante da liturgia deste domingo, segundo o Pontífice. Para Francisco, o discípulo ensina sobre a percepção dos sinais de Deus, do toque das chagas de Cristo e da compreensão do mistério do amor e do perdão divino. “Entrar nas suas chagas significa contemplar o amor sem medidas que brota do seu coração. Esse é o caminho. Significa entender que o seu coração bate por mim, por ti, por cada um de nós. Queridos irmãos e irmãs, podemos nos considerar e chamar-nos cristãos, e falar sobre muitos belos valores da fé, mas, como os discípulos, precisamos ver Jesus tocando o seu amor”, afirmou o Papa.

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“Meu Senhor e meu Deus!”, a exclamação de Tomé após ver e tocar as chagas de Jesus chama atenção, de acordo com o Santo Padre, para o uso do pronome “meu”. “Trata-se de um pronome possessivo e, se refletimos sobre isso, podia parecer fora do lugar referi-lo a Deus: como Deus pode ser meu? Como posso fazer que o Todo-poderoso seja meu? Na realidade, dizendo meu, não profanamos a Deus, mas honramos a sua misericórdia, pois foi Ele que quis ‘fazer-se nosso’”, refletiu o Pontífice, que prosseguiu afirmando que Deus não se ofende em criar laços e pertencer à humanidade, pois o amor requer confiança, assim como a misericórdia.

Para saborear o amor e a misericórdia de Deus, Francisco reafirmou aos cristãos a necessidade de deixarem-se perdoar. Nesta realidade do perdão, o Papa exaltou o sacramento da confissão e rogou a Deus para que dê aos fiéis a graça de vê-la não por meio da vergonha, mas pela oportunidade do encontro com Cristo. “Quando nos sentimos envergonhados, devemos ser agradecidos: quer dizer que não aceitamos o mal, e isso é bom. A vergonha é um convite secreto da alma que precisa do Senhor para vencer o mal. O drama está quando não se sente vergonha por coisa alguma. Não devemos ter medo de sentir vergonha! E assim passemos da vergonha ao perdão!”, pediu Francisco.

Contudo, o Santo Padre afirmou haver também outra porta fechada diante do perdão: a resignação. “Os discípulos a experimentaram quando, na Páscoa, constatavam que tudo tivesse voltado a ser como antes: ainda estavam lá, em Jerusalém, desalentados; o ‘capítulo Jesus’ parecia terminado e, depois de tanto tempo com Ele, nada tinha mudado: ‘-Resignemo-nos’”, contou o Pontífice, e observou para a presença deste sentimento também entre os cristãos que não conseguem vislumbrar mudanças, mas somente seus pecados.

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“O Senhor nos interpela: ‘Não acreditas que a misericórdia é maior do que a tua miséria? Estás reincidente no pecado? Sê reincidente em clamar por misericórdia, e veremos quem leva a melhor!’. E depois – quem conhece o sacramento do perdão o sabe – não é verdade que tudo permaneça como antes. Em cada perdão recebemos novo alento, somos encorajados, pois nos sentimos cada vez mais amados, mais abraçados pelo Pai. E quando, sentindo-nos amados, caímos mais uma vez, sentimos mais dor do que antes. É uma dor benéfica, que lentamente nos separa do pecado. Descobrimos então que a força da vida é receber o perdão de Deus, e seguir em frente, de perdão em perdão”, afirmou o Papa.


Após citar a vergonha e a resignação, Francisco direcionou o olhar para o pecado. O Santo Padre retomou a dificuldade do perdão pessoal, enfrentado por muitos cristãos e questionou: “Se eu, com toda a honestidade, não quero me perdoar, por que o faria Deus?”. O Pontífice prosseguiu anunciando que tal atitude é uma forma de fechar a porta para um encontro com Deus e frisou que Cristo nunca decide separar-se da humanidade.

“Quando nos confessamos, tem lugar o inaudito: descobrimos que precisamente aquele pecado, que nos mantinha distantes do Senhor, converte-se no lugar do encontro com Ele. Ali o Deus ferido de amor vem ao encontro das nossas feridas. E torna as nossas chagas miseráveis semelhantes às suas chagas gloriosas”, suscitou. Por fim, o Papa convidou os cristãos a encontrarem no perdão de Deus, a alegria, e, na misericórdia, a esperança.

Fonte: noticias.cancaonova.com

‘Formação dos Presbíteros’ será tema da 56ª Assembleia Geral da CNBB

55ª Assembleia Geral - Thiago LeonOs bispos do Brasil irão se reunir para 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), de 11 a 20 de abril, em Aparecida (SP). Nesta ocasião, as discussões, estudos e decisões serão em torno das “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, estará presente.

De acordo com o Bispo Auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, o objetivo é atualizar as diretrizes em vigor, aprovadas em 2010, por ocasião da 48ª Assembleia Geral da CNBB. “Essa atualização é motivada especialmente pelo magistério do Papa Francisco e pela publicação pela Congregação para o Clero do documento ‘O dom da vocação presbiteral’, que constitui a chamada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis”.

A abertura oficial da 56ª Assembleia Geral acontecerá no dia 11 de abril, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, onde acontecerá a maior parte dos trabalhos dos bispos. Durante a assembleia, a programação começa com a missa diária com laudes e há sessões pela manhã e à tarde. No final de semana, haverá o retiro dos bispos.

Fonte: Arquidiocese JF com informações de A12.com

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