“Eu não consigo respirar”: oração on-line pelos povos que sofrem com a Covid-19 será no dia 23 de julho

Máscara-scaledMais um momento para fortalecer a fé e testemunhar a presença de Deus unindo o mundo que enfrenta a pandemia de Covid-19. Nesta quinta-feira, dia 23 de julho, a oração on-line intitulada “Eu não consigo respirar” será direcionada especialmente às pessoas dos países que estão sofrendo drasticamente com as consequências do coronavírus. A iniciativa partiu da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), da Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR) e da Conferência das Líderes de Congregações de Mulheres Religiosas (LCWR).

Como participar da oração on-line

A oração on-line está marcada para às 15h, no Horário de Verão da Europa Central (CEST), isto é, 10h no horário de Brasília. Para participar, basta seguir as indicações no site da UISG, acessando o link do App Zoom, já que o encontro mundial vai acontecer em modalidade de videoconferência (Meeting ID: 897 8810 3343).

A iniciativa motiva para rezar sobretudo pelos países mais afetados pela pandemia, como: Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, Peru, México, Chile, Reino Unido e Irã. Dessa forma, a oração será feita em português, espanhol, italiano e inglês.

A “santa inquietação” da pandemia

A presidente da UISG, Ir. Jolanta Kafka, em mensagem pública divulgada no final do mês de junho no portal da organização para manifestar comunhão e contribuir com o discernimento neste período de pandemia, descreveu o momento vivido como de “santa inquietação” pela privação de projetos e de poder administrar a própria vida. Um tipo de “pobreza” e de “incerteza” que “levam a confiar em Deus mais sinceramente, a aceitar que a insegurança eduque a uma busca intensa de Deus, a ancorar o coração n’Ele”.

Irmã Jolanta também lembrou que o confinamento ajudou a “redescobrir o próximo”, com gestos concretos de ajuda mútua, em nível local ou através da “solidariedade global”. Por isso, a oração on-line se manifesta como mais uma iniciativa para oferecer o acompanhamento recíproco, mesmo que de forma virtual, mas que vai “muito além da comunidade congregacional”.



*Fonte: Site do Vatican News

Edições CNBB fortalece presença digital em diferentes plataformas e com e-books

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Desde 2019, a Edições CNBB, editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vem investindo suas ações para ampliar a sua presença no mundo digital. Neste sentido, de acordo com o consultor de gestão de processos da Conferência, José Bezerra Luna, a atuação vem se dando em duas frentes: maior presença, intensificação da divulgação e conexão de todo o trabalho que desenvolve com as redes sociais e a ampliação da oferta de publicações em formato de e-books.

Segundo Luna, a Edições CNBB intensificou sua presença no Facebook, no canal do YouTube e no Instagram com divulgação de cards, obras e campanhas de evangelização e adotou, já há dois meses, a prática de publicar todo novo título em formato físico e também digital.

“Não podemos esquecer que a missão da Edições CNBB é evangelizar e ela o faz por meio de suas obras, então temos feito muita campanha, nos inserindo seja de forma espontânea ou patrocinada, nos perfis, de tal maneira que aumentamos bastante o nosso alcance no público cada vez mais digital”, disse.

Segundo ele, a Edições CNBB está usando as plataformas digitais para alcançar todas as pessoas, paróquias, dioceses e o fiel na ponta. O processo de publicação digital foi iniciado em 2019 mas intensificado agora com a pandemia. “Já estamos com mais de vinte títulos digitais disponíveis”, disse.

Compra fácil e simples

O consultor de processos da Edições da CNBB informa que a compra de algum título digital obedece a um ritual bem simples: o usuário vai ao site da editora, escolhe sua obra e é direcionado para uma das plataformas digitais para ebooks de acordo com o dispositivo que possui: o kindle da Amazon, na Apple Store ou na Play Store do Google onde também conseguirá fazer seu download.

“Isto é muito simples porque o próprio site da Edições CNBB, onde tem o campo “livros digitais”, já direciona o cliente de acordo com seu gosto e dispositivo para leitura indicado. Com isso, vamos aumentando o alcance da Edições CNBB nos meios digitais tornando mais uma opção que o usuário tem”, afirmou.

O mais importante, segundo Luna, é que a evangelização e a palavra, os textos, as publicações, as diretrizes, os diretórios e documentos e o conteúdo da Igreja possam ser mais facilmente acessados pelos fieis. “A meta é até o final do ano alcançar uma grande quantidade de obras digitais”, finalizou.

Algumas obras que o leitor que opta pelo formato digital pode ter acesso:

Oração: o respiro da vida nova

A presente obra contém as palavras mais significativas do Papa Francisco sobre oração, a fim de ajudar os cristãos a viverem sua relação pessoal com o Senhor. A introdução ao texto, redigida pelo patriarca de Moscou, Kirill, mostra a profunda sintonia entre os católicos e ortodoxos na vivência da dimensão cristã do encontro com o Senhor; pois, de fato, pela comunhão com o Espírito Santo, mesmo quando se reza no segredo do próprio quarto, na realidade se reza com toda a Igreja e o mundo inteiro. A obra termina com um belo texto em que o Papa Francisco apresenta o papel e o “lugar” da oração na vida cristã, que é a nova vida que o Espírito Santo nos deu no Batismo, que em Jesus nos tornou verdadeiros filhos do Pai.

Santa Dulce dos Pobres: um dom para a Igreja, um dom para o Brasil

Pode-se dizer que Santa Dulce dos Pobres continua atendendo aos pobres, por meio daqueles que assumiram suas obras sociais. Seu exemplo continua arrastando muitos que se sentem impulsionados a também se dedicarem aos mais necessitados. Essa constatação fica clara à medida em que o leitor percorre as páginas de Santa Dulce dos Pobres: um dom para a Igreja, um dom para o Brasil. Dom Murilo S. R. Krieger inspira com sua obra os que acompanham sua reflexão que vai desde a beatificação até a canonização de Santa Dulce.

Site da Edições CNBB: www.edicoescnbb.com.br

Fonte: site da CNBB

Vaticano divulga documento sobre missão e evangelização nas paróquias

Paróquias-transformar-se-para-evangelizarFoi publicada, nesta segunda-feira (20), a Instrução “A conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, redigida pela Congregação para o Clero. No documento, são abordados os vários projetos de reforma das paróquias, a questão da falta de vocações e o compromisso renovado dos leigos no anúncio.

Na Igreja há lugar para todos e todos podem encontrar seu lugar, respeitando a vocação de cada um: este é o sentido da Instrução sobre a paróquia. O documento não contém novidades legislativas, mas propõe modalidades para aplicar melhor a normativa vigente, a fim de favorecer a corresponsabilidade dos batizados e promover uma pastoral de proximidade e cooperação entre as paróquias. O que emerge, sobretudo, é a urgência de uma renovação missionária, de uma conversão pastoral da paróquia, para que ela redescubra o dinamismo e a criatividade que a levam a ser sempre “em saída”, com a contribuição de todos os batizados.

Composta de onze capítulos, a Instrução pode ser dividida em duas grandes áreas: a primeira (capítulos de 1 a 6) oferece uma reflexão ampla sobre a conversão pastoral, o sentido missionário e o valor da paróquia no contexto contemporâneo; a segunda (capítulos de 7 a 11) se detém nas repartições das comunidades paroquiais, nas diferentes funções presentes nelas e nas modalidades de aplicação das relativas normas.

“A paróquia é uma casa em meio às casas”

Sinal permanente do Ressuscitado no meio do povo, “a paróquia é uma casa em meio às casas”, lê-se na primeira parte do documento, e o seu sentido missionário é fundamental para a evangelização. A globalização e o mundo digital mudaram o laço específico com o território, que não é somente um espaço geográfico, mas um espaço existencial. É justamente nesse contexto que surge a “plasticidade” da paróquia, capaz de entender as exigências dos tempos e adaptar seu serviço aos fiéis e à história. Por isso, a Instrução sublinha a importância de uma renovação missionária das estruturas paroquiais: longe de se tornar autorreferencial e de esclerosar-se, elas deverão investir no dinamismo espiritual e na conversão pastoral baseada no anúncio da Palavra de Deus, na vida sacramental e no testemunho da caridade.

A “cultura do encontro” é o contexto que promove o diálogo, a solidariedade e a abertura a todos: a comunidade paroquial é chamada a desenvolver uma verdadeira e própria “arte da proximidade”. A Instrução recomenda o testemunho da fé na caridade e a importância da atenção aos pobres que a paróquia evangeliza, mas pelos quais se deixa evangelizar. Todo batizado deve ser um “protagonista ativo da missão evangelizadora”, reitera a Congregação para o Clero, e isso exige “uma mudança de mentalidade e uma renovação interior” para que haja uma reforma missionária da pastoral. Naturalmente, estes processos de mudança deverão ser flexíveis e graduais, porque cada projeto deve estar situado na vida real de uma comunidade, sem ser imposto de cima e sem “clericalizar” o serviço pastoral.

Repartições paroquiais

A segunda parte da Instrução se abre com a análise das repartições paroquiais: elas deverão seguir o “fator chave” da proximidade, considerando a homogeneidade da população e as características comuns do território. O documento se detém nos procedimentos específicos relativos à incorporação, a fusão ou a divisão de uma comunidade paroquial em paróquias autônomas, e nos Vicariatos forâneos que reúnem várias unidades paroquiais, e as áreas pastorais que reagrupam mais Vicariatos forâneos.

O pároco, “pastor próprio” da comunidade

A seguir, se aborda o tema da atenção ao cuidado pastoral das comunidades paroquiais, tanto na forma ordinária quanto extraordinária: em primeiro lugar, é sublinhado o papel do pároco como “pastor próprio” da comunidade. Ele está a serviço da paróquia, e não o contrário, recorda a Instrução, e cuida plenamente das almas. Consequentemente, o pároco deve ter recebido a Ordem do presbiterado; qualquer outra possibilidade está excluída.

Administrador dos bens da paróquia e representante jurídico da mesma, o pároco deve ser nomeado por tempo indeterminado, pois o bem das almas exige estabilidade e requer o conhecimento da comunidade e sua proximidade. No entanto, a Instrução recorda que, quando uma Conferência Episcopal estabelece por decreto, o Bispo pode nomear um pároco por um período determinado, desde que não seja inferior a cinco anos. Além disso, uma vez atingida a idade de 75 anos, o pároco tem o “dever moral” de apresentar a sua renúncia, mas não deixará o cargo enquanto a renúncia não for aceita e comunicada pelo Bispo por escrito. Em todo caso, a aceitação será sempre por uma “causa justa e proporcional”, de modo a evitar uma concepção “funcionalista” do ministério.

Diáconos: ministros ordenados, não “meio padres e meio leigos”

Uma parte do oitavo capítulo é dedicada aos diáconos: colaboradores dos bispos e dos presbíteros na única missão evangelizadora. São ministros ordenados e participam, ainda que de forma diferente, do Sacramento da Ordem, especialmente no âmbito da evangelização e da caridade, incluindo a administração dos bens, a proclamação do Evangelho e o serviço à mesa eucarística. Não devem ser considerados “meio padres e meio leigos”, afirma a Instrução, citando o Papa Francisco, nem devem ser vistos na perspectiva do clericalismo e do funcionalismo.

O testemunho dos consagrados e o generoso compromisso dos leigos

A Congregação para o Clero reflete também sobre os consagrados e os leigos dentro das comunidades paroquiais: dos primeiros, se recorda não tanto “o fazer”, mas “o ser testemunhas de um seguimento radical de Cristo”, enquanto dos leigos, se enfatiza a participação na ação evangelizadora da Igreja e pede-lhes “um compromisso generoso” para um testemunho de vida conforme ao Evangelho e a serviço da comunidade paroquial.

Os fiéis leigos podem também ser instituídos leitores e acólitos (ou seja, para o serviço do altar) de forma estável, com um rito especial, desde que estejam em plena comunhão com a Igreja Católica, haja uma formação adequada e uma conduta pessoal e pastoral exemplar. Além disso, em circunstâncias excepcionais, podem receber outras funções do Bispo, “a seu prudente juízo”: celebrar a Liturgia da Palavra e o rito das exéquias, administrar o Batismo, auxiliar nos matrimônios, com a permissão prévia da Santa Sé, e pregar na igreja ou no oratório em caso de necessidade. Não poderão, em nenhuma circunstância, fazer a homilia durante a missa.

Organismos de corresponsabilidade eclesial

A Instrução reflete também sobre os órgãos paroquiais de corresponsabilidade eclesial, dentre os quais o Conselho para os Assuntos Econômicos: de carácter consultivo, presidido pelo pároco e composto por pelo menos três membros, ele é necessário porque a gestão dos bens de uma paróquia é “um âmbito importante de evangelização e testemunho evangélico para a Igreja e para a sociedade civil”. Os bens são da paróquia e não do pároco, reafirma a Congregação para o Clero.

A tarefa do Conselho para os Assuntos Econômicos será a de promover uma “cultura da corresponsabilidade, transparência administrativa e apoio às necessidades da Igreja”. O Conselho Pastoral Paroquial é também consultivo e sua instituição é “fortemente recomendada”: longe de ser um simples órgão burocrático, este Conselho deve gerar uma espiritualidade de comunhão, destacando a centralidade do Povo de Deus como sujeito ativo da evangelização. A sua função principal é a pesquisa e o estudo de propostas práticas de iniciativas pastorais e caritativas da paróquia, em sintonia com o caminho da diocese. Para se tornarem operacionais, tais propostas devem ser aceitas pelo pároco.

Não a um “preço a pagar” pelos Sacramentos, a oferta é gratuita

O último capítulo se detém nas ofertas para a celebração dos sacramentos: elas devem ser “um ato livre” por parte de quem oferta e não devem ser exigidas como se fossem um imposto ou uma taxa. A vida sacramental não deve ser “negociada”, recomenda a Instrução, e a celebração da Missa, como outras ações ministeriais, não pode estar sujeita a tarifas, barganhas ou comércio.

Os presbíteros são exortados a dar um exemplo virtuoso no uso do dinheiro, através de um estilo de vida sóbrio e uma administração transparente dos bens paroquiais. Deste modo, será possível sensibilizar os fiéis, para que eles contribuam voluntariamente para as necessidades da paróquia, que também são suas responsabilidades.

Textos precedentes

Recorda-se que a atual Instrução vem depois da Instrução interdicasterial de 1997, dedicada ao tema “Ecclesia de mysterio, sobre algumas questões relativas à colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes”, e a Instrução de 2002, publicada pela Congregação para o Clero e centrada no “O Presbítero pastor e guia da comunidade paroquial”.

Clique aqui e confira a íntegra do documento.

*Fonte: Site do Vatican News

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