Marcando início do Tempo Quaresmal, Dom Gil celebra Quarta-feira de Cinzas na Catedral
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- Quinta, 11 Março 2021 08:42
Na quarta-feira, dia 17 de fevereiro, dezenas de fiéis estiveram presentes na Catedral Metropolitana para celebrar o início da Quaresma e receber as cinzas, convite ao tempo de conversão. A missa foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, concelebrada pelo pároco da Catedral, Padre José Anchieta Moura Lima, também pelo Monsenhor Luiz Carlos de Paula e assistida pelo diácono Antônio da Silva Neto.
Dom Gil iniciou a celebração explicando a importância do momento. “Hoje é o primeiro dia da caminhada quaresmal, com jejum, com abstinência, com o rito das cinzas, nós damos o primeiro passo para dentro dessa caminhada de 40 dias que deve ser um verdadeiro retiro espiritual para nós. Vamos vivenciar, sobretudo, a penitência, a oração, a esmola, a fraternidade. Quaresma é um caminhar com Jesus, tenha consciência disso”.
Na Quarta-feira de Cinzas, o Ato Penitencial é substituído pelo rito das cinzas, após o Evangelho. Na celebração o Arcebispo esclareceu que as cinzas são um sacramental, e que este ajuda a entender a necessidade de conversão e humildade.
Durante a homilia, o Arcebispo recordou que a caminhada de preparação para a Páscoa, iniciada naquele dia, é conduzida por Jesus. Ele frisou que este é o tempo propício a conversão, à mudança de vida, pedido feito por Jesus e recordado no rito da celebração, através da seguinte frase: “convertei-vos e crede no Evangelho”, que retirada do Evangelho de São Marcos.
Ele ainda indicou prática a serem feitas durante este tempo. “Vamos ouvir mais a palavra de Deus, aumentar a nossa oração. Vamos compreender o sentido do jejum, da penitência, para apagar nossos pecados. Vamos sentir, sobretudo, a grande misericórdia de Deus, que mediante a humildade de quem se arrepende, nos perdoa, e mais do que isso é capaz de enviar seu filho para morrer por nós na cruz. Portanto, irmãos, esse tempo é tempo de conversão. ”
Por fim, Dom Gil falou sobre a abertura da Campanha da Fraternidade (CF). “A campanha quer ser uma ajuda para que a gente possa pensar que há injustiças e pecados sociais que devem ser vencidos. Nós vamos vencer isso não com ódio, não com lutas de classe. Nós vamos resolver isso olhando outra vez para Cristo, perdoando, tendo palavras bondosas que nos ajudem a converter e a modificar aquilo que deve ser modificado na nossa convivência social”.
A cada cinco anos, a iniciativa acontece de forma ecumênica. A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021 traz como tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14).
O Pastor explicou que nem sempre é mais fácil, mas que toda a Igreja ensina o Ecumenismo. “Como ensinou no Concilio Vaticano II e no catecismo da Igreja católica. Quando ela ensina o ecumenismo ela ensina que devemos olhar para aqueles cristãos que não estão conosco, que, às vezes, estão contra nós. Não olhemos com ódio. Olhemos com amor e procuremos ver aquilo que mais nos une”.
Concluindo o sermão, ele pontuou que a campanha ajuda uma parte da nossa espiritualidade, mas que a Quaresma existe desde o começo da Igreja. “São Gregório nos lembra que, quando o povo não se preparava bem para a Páscoa, a Igreja foi organizando a quaresma para que possamos, com Jesus, caminhar. Assim meus irmãos, procuremos viver intensamente esse tempo, assimilando em nós tudo aquilo que Jesus nos ensinou”.
Seguindo as instruções do Papa, fórmula da liturgia foi dita uma vez apenas do altar, em seguida os ministros foram ao encontro dos fiéis e depositaram as cinzas sem tocar as cabeças.
Aos que não puderem estar presentes podem acompanhar pelos meios de comunicação, ou ainda participar das celebrações nesta quinta e sexta-feira, pois Dom Gil determinação de que o rito seja realizado também nas Missas dos dias 18 e 19 de fevereiro.
Para conferir mais fotos da celebração, clique aqui.
Fonte:site da Arquidiocese de Juiz de Fora