Corpus Christi é marcado por celebração online e cortejo pela Avenida Rio Branco

corpus christiNa última quinta-feira foi celebrada a Festa de Corpus Christi. Neste ano, a solenidade não pode contar com a presença física dos fiéis, porém, com celebrações on-lines e cortejos em toda a Arquidiocese foi possível vivenciar a festividade. Como é de costume, no centro da cidade, as paróquias Bom Pastor e Catedral celebraram em conjunto.

A Santa Missa foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, presidiu a Santa Missa, na Paróquia do Bom Pastor. Os padres José de Anchieta Moura Lima, administrador paroquial da Catedral, e Rafael Neves de Oliveira, administrador paroquial do Bom Pastor, e Monsenhor Luiz Carlos de Paula, o Vigário Geral da Arquidiocese e da Catedral, concelebraram a Eucaristia. Os diáconos permanentes Antônio Valentino da Silva Neto e Jorge Luís Lopes dos Santos auxiliaram na celebração.

Esta é uma festa muito cara a Igreja, ela recorda o mistério central da vida dos cristãos: Jesus Eucarístico. Em vista disso, foi organizada uma programação especial para o dia. Logo no início da Missa, Dom Gil pediu a todos que participassem intensamente da liturgia. Além de frisar essa importância ao longo de toda a celebração.

Na homilia, o Arcebispo explicou o significado da festividade – Recordar a instituição da Eucaristia e profesar nossa fé na presença real de Jesus no Pão e no Vinho Eucarísticos e seu valor: “É o dia que Jesus sai do sacrário e vai visitar as cidades e o povo. Esse ano diferente, mas Jesus vai percorrer as ruas, os lares, onde você está para recordar novamente o discurso que fez aos judeus: ‘Eu sou o Pão decido do céu. Quem come deste Pão viverá eternamente’.”

Na ocasião, recordou a história da Igreja, como santos, mártires e concílios que mostram a sua fidelidade a presença Eucarística de Jesus. “Desde o início (dos tempos) a Igreja acredita que a Eucaristia é o Corpo e Sangue do Senhor”, frisou o Arcebispo.

Ele ainda explicou o quanto tal presença viva é consoladora. “Pois é Deus mesmo no nosso meio. Ele fez-se faz pão para ser o alimento. Expressão do maior amor que pode existir. Não é fruto de merecimento, mas da misericórdia e amor de Jesus, que sabe que precisamos de alimento e de remédio para conduzir nossa vida nessa terra, vencendo as intempéries.”

O Pastor lembrou como era nos anos anteriores, em que nesse local estariam reunidas cerca de 20 a 30 mil pessoas. “Certamente tanta gente tá sofrendo nesse tempo de pandemia por não receber a comunhão. Mas chegará esse dia. ‘Permanecei em mim e eu permanecerei em vós’ é a palavra de Jesus.”

Além disso, falou sobre o discernimento que tendo. “Vivendo esse tempo de pandemia, fiquei pensando nas crises que a humanidade passou e, em todas elas, o que mais vale é a fé. o que vai vale é a fé que a pessoa tem no coração. Quem tem fé confia, espera, não tem medo”.

Em entrevista, Dom Gil afirmou estar avaliando, com conjunto com as autoridades do Poder Público, a possibilidade de abertura gradativa das igrejas em breve. “Estamos pedindo uma grande graça a reabertura das Igrejas. Muitos lugares já reabriram, até Manaus, onde a situação é bastante perigosa, as igrejas estão abertas. Então, nós estamos dialogando com o Poder Público para ver se nós podemos já abrir nossas igrejas, com certos critérios. Quero pedir a você para rezar”.

Após a comunhão, o cortejo com o Santíssimo Sacramento foi realizado em carros abertos, sem a presença de fiéis, que puderam acompanhar a passagem de Jesus Eucarístico de suas casas, como também pessoas que circulavam pelo trajeto da tradicional procissão de Corpus Christi. Durante o percurso, foram feitas três paradas, durante as quais Dom Gil deu a bênção com o Santíssimo Sacramento: nas proximidades da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital de Pronto Socorro (HPS), em frente ao Cenáculo São João Evangelista e no interior da Catedral.

No caminho possível observar diversas demonstrações de fé. Um carro com músicos e o Padre Rafael, seguia pelo caminho dando palavras de esperança, consolo e fé aos que por ali se encontravam. “A igreja continua sempre reunida, porque a igreja povo de deus espalhada pela terra celebra da festa da eucaristia”, afirmou Padre Rafael em entrevista.

“A eucaristia sempre nos leva a pensar na fraternidade. Jesus, quem partilha o dom da sua vida se dando a nós como alimento, também nos estimula a caridade. Em comunhão com a Catedral na realização deste evento, estamos fazendo um gesto solidário, vamos transformar nossa oração no compromisso com o outro, em especial os mais necessitados. Por isso estamos pedindo itens de higiene e alimentos, que podem ser entregues hoje ou longo da semana. O importante é que todos participem, demostrem-se generosos e fraternos uns com os outros, neste tempo de dificuldade”, disse o pároco do Bom Pastor. Por isso, o caminho também ocorreu esta arrecadação.

Chegando à principal igreja da cidade, novamente houve orações de adoração ao Senhor. Na sequencia, foram dados alguns recados, como o convite a Festa de Santo Antônio, ao 60 anos do Mosteiro da Santa Cruz e recordou-se dos três anos de Falecimento de Monsenhor Viana, intenção pela qual se celebrou também a missa de ontem.

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Fonte: site da Arquidiocese Juiz de Fora

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