Arquidiocese de Juiz de Fora ganha 28 novos diáconos
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- Terça, 10 Dezembro 2019 10:55
Na tarde do último sábado (7) a Catedral Metropolitana esteve repleta de fiéis para ver a cerimônia de ordenação de 28 novos diáconos, sendo 25 permanentes e três transitórios. A solenidade, presidida pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, marcou também a abertura dos trabalhos do II Sínodo Arquidiocesano.
A Santa Missa contou com a presença de Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., Arcebispo de Pouso Alegre (MG), expressiva participação do clero diocesano, diáconos permanentes e seminaristas. Amigos, familiares e membros de diversas comunidades fizeram questão de prestigiar a celebração.
Em entrevista, Dom Gil falou sobre a sua satisfação com o momento. “A nossa arquidiocese tem agora 52 diáconos permanentes, senhores casados que foram ordenados e prestaram serviços muito preciosos para as nossas comunidades. É um momento muito importante para nós, um momento histórico, nunca aconteceu na história da arquidiocese ordenar tantas pessoas e uma só vez”. Concluiu afirmando que tal conquista é uma benção de Deus e que acarretará no crescimento dessa Igreja Particular.
O rito das ordenações, com a apresentação dos 28 diáconos, foi iniciado logo após a leitura do Evangelho. Na sequência, na homilia, o Arcebispo, lembrou a todos que a celebração dava início aos trabalhos do II Sínodo Arquidiocesano na cidade de Juiz de Fora e explicou que se trata de “uma grande revisão da situação da Igreja, seja na cidade de Juiz de fora, seja nas cidades do interior, seja na cidades ou nos campos”. Ele ainda explicou que estava usando o báculo que foi de Dom Justino José de Santana, primeiro bispo da Diocese de Juiz de Fora, representando assim o “caminhar juntos”, mesmo com aqueles que já nos deixaram, porém são parte da história.
Ainda destacou a festividade da Imaculada Conceição, lembrando Nossa Senhora como modelo, força renovadora, um auxílio para nossos desafios. Ela que tem marcado importantes episódios da Igreja, marcou mais este.
Na sequência se desenvolveu o rito de ordenação. Ao final, os novos diáconos receberam os paramentos e foram apresentados oficialmente aos fiéis, que os cumprimentaram com uma calorosa salva de palmas. Neste momento, a emoção tomou conta de muitos deles, seja através das lágrimas ou dos sorrisos incontidos.
Ao término deste momento a Santa Missa prosseguiu como de costume. Ao final da celebração, os delegados sinodais foram convidados a subirem ao altar para recebem uma benção e serem enviados por Dom Gil.
Caminhos percorridos
A caminhada dos novos diáconos permanentes teve início há mais de quatro anos, quando, em suas paróquias, foram indicados para essa missão. A formação foi realizada pela Escola Diaconal Santo Estevão. “Nós fizemos o propedêutico, um período de análise da nossa vocação, se realmente a gente tá apto para seguir nessa vocação, depois a gente começou com os estudos de Teologia, Filosofia e de bíblia e chegamos nesse momento”, conta André Luiz Pereira Machado, diácono recém-ordenado.
O diácono recém-ordenado, João Roberto da Silva, explica como foi a trajetória até o dia de sábado. “Foi uma caminha árdua, de muito estudo, de muito discernimento, muita orientação dos nossos formadores e muito apoio deles. Durante o rito isso foi confirmado pelo Diretor da Escola Diaconal e também Reitor do Seminário Santo Antônio, Monsenhor Luiz Carlos de Paula, que atestou aptidão dos 28 senhores.
Já para os diáconos transitórios, João Carlos Ventura de Oliveira, Kayo Cerqueira de Paiva, Leandro de Senna Monaia, foram cerca de nove anos de formação no Seminário Santo Antônio. Uma preparação intelectual, espiritual e também humana.
Porém todos os caminhos levaram a felicidade de ser servidores em favor do reino. Carlos Augusto Duque descreveu sua alegria com todo o percorrido até a ordenação. “Foram mais de quatro anos de formação de reflexão sobretudo discernimento, compreendendo o que Deus pede da gente. E vai lapidando o nosso coração e vai nos abrindo a essa proposta de amor que ele tem para conosco. Depois desse tempo é com muita alegria que a gente chega nesse dia, pra abraçar mais essa missão. Querendo que o Espírito Santo nos fortaleça no caminho.”
Kayo Cerqueira de Paiva também compartilha desse sentimento. “É sempre uma alegria estar sempre mais a serviço da Igreja, servindo o povo de Deus, servindo as pessoas, seja no exercício da caridade seja anunciando o evangelho com palavras e ações. A gente se coloca inteiramente a serviço do Senhor.”
Em antes da ordenação, Monsenhor Luiz Carlos atestou a alegria como comum a todos. “É um momento que a gente sente que a Igreja ganha uma grande força. São sinais sacramentais do Cristo servo. O diácono é aquele que serve pela palavra, pela liturgia e pela caridade. Então nossa Arquidiocese ganha muito. Deus nos dá essa graça muito grande de termos hoje, depois da devida preparação, esta ordenação.”
Próximos passos
O diaconato transitório, como indica o nome é não é o objetivo final de três dos ordenados. É uma etapa a ser vivida no processo do caminho do sacerdócio. Com o ministério ordenado a entrega é maior ao serviço e a Deus. “Já vamos abraçar o celibato, vamos começar as promessas – de fidelidade de obediência ao nosso Arcebispo”, explicou João Carlos Ventura de Oliveira.
Os diáconos transitórios permanecerão nas paróquias onde já faziam o estágio pastoral como seminaristas. Diácono João Carlos ficará na Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Bias Fortes. O Diácono Kayo, na Paróquia São Pedro, e o Diácono Leandro, na Paróquia Santa Rita de Cássia, as três em Juiz de Fora. Assim, estarão se desenvolvendo no trabalho pastoral, até que o Conselho de Formação e o Conselho Presbiteral se reúnam e marquem a ordenação sacerdotal destes diáconos.
Gostamos de falar que a diaconia não pode passar. Deve ficar sempre o intuito do serviço da caridade, no serviço na gratuidade e também na gratidão de tudo aquilo que Deus tem feito para nós, esclarece João Carlos. “É tudo muito novo, tenho pedido a Deus pra nos orientar, juntamente com a bem aventurada Virgem Maria”, completa ele.
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Fonte: Site da Arquidiocese JF