Comunidade celebra Sexta-feira da Paixão
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- Segunda, 02 Abril 2018 11:57
Mais de 10 mil pessoas passaram pela Catedral nesta Sexta-feira da Paixão, 30 de março. O dia foi marcado pelo silêncio, reflexão e oração, na celebração que relembrou a morte e a paixão de Jesus.
Durante a manhã, foi realizada a Via-sacra pelas ruas da cidade. Conduzidos pelo vigário geral da Arquidiocese e pároco da Catedral, monsenhor Luiz Carlos de Paula, os fiéis refletiram e reviveram os últimos momentos de Jesus.
À tarde, às 15h, a comunidade se reuniu na igreja para a Ação Litúrgica. O momento também foi presidido pelo monsenhor Luiz Carlos de Paula e concelebrado pelos vigários paroquiais, padres José Maurício e Luiz Eduardo e teve a participação do diácono Waldeci Silva.
“Uma grande multidão ouviu Jesus porque nunca tinham ouvido alguém que falava com tanto amor. Jesus é aquele que vai ao encontro de todos, leprosos, mulheres e deu atenção àqueles que não eram atendidos nem pela religião e nem pela sociedade”, disse o vigário geral.
Ele convidou a todos a não julgar as pessoas, pois “Jesus viveu o perdão no momento de maior sofrimento. Prova de amor maior não há, por isso, devemos corresponder a esse amor com justiça, fraternidade e paz, além de viver uma vida de oração e amando aos irmãos”, completa.
O sacerdote explicou, ainda, sobre a traição de Judas, que não acreditando no amor de Cristo se matou. Já Pedro negou o Senhor, porém se arrependeu e voltou para a vida em comunidade. “É na comunidade que vivemos autenticamente nossa fé”, destaca.
Sermão do descendimento e procissão
Após as 19h, os fiéis vivenciaram o momento do descendimento da Cruz. O vigário geral da Arquidiocese e pároco da Catedral, monsenhor Luiz Carlos de Paula, pronunciou o Sermão do Descendimento. Em seguida, foi realizada uma procissão pelas ruas do centro da cidade, com as imagens do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores.Durante o sermão, monsenhor Luiz Carlos explicou que “colocaram no alto da cruz, o nome de Jesus para envergonhá-lo, mas o nome se tornou o mais santo, o mais poderoso, o mais conhecido dos nomes pela face da terra”.
O sermão contou a participação da coordenadora do CPP (Conselho Pastoral Paroquial), Ana Maria Chevitarese, que fez uma oração de Nossa Senhora aos pés da cruz. Logo após, o monsenhor falou as seguintes palavras.
“As coisas se confundem ainda mais, Maria que aceitou o anúncio do anjo, aceitou a gravidez de nove meses, que acolhera nos braços o menino na noite de Belém ao pé do presépio, ela o acolhe agora morto aos pés da cruz. Aos olhos humanos parece que o quadro cheio de esperanças da noite do Natal está definitivamente perdido com o Cristo morto, mas os olhos humanos veem um fato e os olhos da fé dão um sentido novo, se na hora da encarnação de Jesus, Maria dissera sim à vontade do pai, agora ela repete o seu sim e ainda diz no seu coração, que seja feita a vontade do Senhor”, descreve.