Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB apoia construção de padaria no Quilombo da Onça, em Januária (MG)

Quilombo-da-Onça-1200x762 cUm dos projetos que também recebeu apoio do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da Campanha da Fraternidade (CF) em 2019 foi o de construção de uma padaria na comunidade Quilombola da Onça, localizada no município de Januária, no norte de Minas Gerais.

A padaria está sendo construída na região semiárida, conhecida como “polígono da seca”, em função do baixo indicador pluviométrico de 600 milímetros/ano e é caracterizada por chuvas escassas, irregulares e esparsas. O projeto vai beneficiar diretamente 58 mulheres, 30 jovens e as 42 famílias do Quilombo da Onça.

Segundo Eva Aparecida Mota Santos, da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Onça Quilombola e Adjacências, em 2013 surgiu uma proposta de entregar quitutes (petas e bolo de mandioca) para a merenda escolar das escolas da região. Contudo, para fazer as entregas, a associação precisava ter um local adequado que atendesse às exigências sanitárias.

“Foi a partir daí que vimos a possibilidade de um projeto para construir a padaria, pois em nossa região ainda não tinha e a procura por doces, compotas e bolo de frutos do cerrado era grande”, disse. Ela conta que foi por meio da Cáritas diocesana de Januária que ficaram conhecendo o Fundo Nacional de Solidariedade. “Com o apoio do FNS à nossa comunidade, ganhamos a possibilidade de gerar renda para mulheres e jovens”, disse.

Segundo Jerre Ribeiro Sales, agente voluntário que ajudou a desenhar a proposta, o projeto se destina a promover o desenvolvimento sustentável, através de sistemas de produção e gestão comunitária, desenvolvendo ações de segurança alimentar e economia popular solidária, com a implantação de uma Padaria Sertaneja.

O prédio, que está sendo construído com recursos do FNS, está na fase do acabamento, restando os retoques finais. Em abril, informa Eva, a padaria vai começar a operar. “Precisamos ainda montar o plano de trabalho e cumprir com algumas exigências estabelecidas”, disse.

A padaria funcionará de forma comunitária e será coordenada pelo grupo de mulheres da comunidade, como forma de geração coletiva de renda. Elas vão produzir biscoitos, bolos, pães e roscas, entre outros quitutes. O acompanhamento do projeto é feito por meio da Cáritas da diocese de Januária e de outras entidades parceiras.

Fonte: Site da CNBB

O Papa: a autoridade não é comando, mas coerência e testemunho

Papa-Internet“Jesus ensinava como quem tem autoridade”. O Evangelho de Marcos (Mc 1,21-28) narra Jesus que ensina no templo e a reação que suscita entre as pessoas o seu modo de agir com “autoridade”, diferentemente dos escribas. É desta comparação que o Papa se inspirou para explicar a diferença que existe entre “ter autoridade”, “autoridade interior”, como Jesus, e “exercitar a autoridade sem tê-la, como os escribas”. Estes, mesmo sendo especialistas no ensinamento da lei e ouvidos pelo povo, não eram críveis.

O estilo de Jesus

Qual é a autoridade que Jesus tem? É o estilo do Senhor, aquela ‘senhoria’ – digamos assim – com a qual o Senhor se movia, ensinava, curava, ouvia. Este estilo senhorio – que é algo que vem de dentro – mostra… O que mostra? Coerência. Jesus tinha autoridade porque era coerente com aquilo que ensinava e aquilo que fazia, isto é, como vivia. Aquela coerência é o que dá a expressão de uma pessoa que tem autoridade: “Esta pessoa tem autoridade porque é coerente”, ou seja, dá testemunho. A autoridade se mostra nisto: coerência e testemunho.

Os escribas, pastores esquizofrênicos que não dizem e não fazem

Ao contrário, os escribas não eram coerentes e Jesus, afirmou o Papa, de um lado adverte o povo a “fazer o que diziam, mas não o que faziam”; de outro, não perde a ocasião para repreendê-los, porque “com esta atitude caíram em uma esquizofrenia pastoral”, segundo Francisco: diziam uma coisa e faziam outra. E o Papa recordou que isso acontece em vários episódios do Evangelho: às vezes, Jesus reage colocando-os de lado, às vezes não dando a eles nenhuma resposta e, ainda, “qualificando-os”:

E a palavra que Jesus usa para qualificar esta incoerência, esta esquizofrenia, é “hipocrisia”. É um terço de qualificativos! Vamos pegar o capítulo 23 de Mateus; muitas vezes diz: “hipócritas por isso, hipócritas …”. Jesus os qualifica “hipócritas”. A hipocrisia é o modo de agir daqueles que têm responsabilidade sobre as pessoas – neste caso, responsabilidade pastoral -, mas não são coerentes, não são senhores, não têm autoridade. E o povo de Deus é manso e tolera; tolera muitos pastores hipócritas, muitos pastores esquizofrênicos que dizem e não fazem, sem coerência.

A incoerência cristã é um escândalo

Mas o povo de Deus que tanto tolera – acrescentou Francisco – sabe distinguir a força da graça. E o Papa explicou fazendo referência à Primeira Leitura de hoje, em que o idoso Eli “tinha perdido toda a autoridade e tinha ficado somente com a graça da unção” e, com aquela graça abençoou e fez um milagre em Ana, que por sua vez suplicava para ser mãe. Este episódio serviu para Francisco fazer uma consideração acerca dos cristãos e dos pastores:

O povo de Deus distingue bem entre a autoridade de uma pessoa e a graça da unção. “Mas você vai se confessar com aquela pessoa, que é isso, isso e isso?” – “Mas para mim ele é Deus. Ponto. Ele é Jesus”. E esta é a sabedoria do nosso povo, que tolera tantas vezes, tantos pastores incoerentes, pastores como os escribas, e também cristãos que vão à missa todos os domingos e depois vivem como pagãos. E as pessoas dizem: “Isto é um escândalo, uma incoerência”. Quanto mal fazem os cristãos incoerentes que não dão testemunho e os pastores incoerentes, esquizofrênicos, que não dão testemunho!

O Papa concluiu a homilia pedindo ao Senhor para que todos os batizados tenham a “autoridade”, “que não consiste em comandar e aparecer, mas em ser coerente, ser testemunha e, por isso, ser companheiro de estrada no caminho do Senhor ".

Fonte: Site Vatican News

Arquidiocese de Porto Alegre lança iniciativa de proteção aos “prediletos do Senhor”

Para-Dom-Jaime-Spengler-a-novidade-expressa-a-determinação-da-comunidade-de-fé-em-colaborar-no-combate-ao-abuso-de-poder-consciência-e-sexual«Vos estis lux mundi, Vós sois a luz do mundo. Nosso Senhor Jesus Cristo chama cada fiel a ser exemplo luminoso de virtude, integridade e santidade». Fruto do encontro sobre a Proteção de Menores realizado no Vaticano em fevereiro, o Motu Proprio do Papa Francisco estabeleceu novos procedimentos para denunciar moléstias e violências, e garantir que bispos e superiores religiosos prestem contas de seu trabalho. Foi introduzida a obrigatoriedade a clérigos e religiosos de denunciar os abusos. Cada diocese deverá dotar-se de um sistema facilmente acessível ao público para receber as assinalações.

Tomada de consciência, escuta das vítimas, responsabilidade dos bispos e transparência. O encontro, que por quatro dias reuniu Conferências Episcopais de todo o mundo, deixou sua marca, e também motivou iniciativas ao redor do mundo. Neste sentido, a Arquidiocese de Porto Alegre lançou um projeto pioneiro.

Segundo o site da Arquidiocese, um grupo de trabalho formado por uma delegada da Polícia Federal, uma psicopedagoga, uma médica psiquiatra infantil e uma religiosa ligada à Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), além de Dom Jaime Spengler e do padre Fabiano Schwanck Colares, que será nomeado coordenador em fevereiro, participou da criação da Comissão Arquidiocesana Especial de Tutela de Criança, Adolescente e Pessoa Vulnerável, que ainda teve a assessoria da Dra. Maria Regina Fay de Azambuja, procuradora do Ministério Público Estadual, uma das autoras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: Site Vatican News

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