Histórico

Traçar o histórico de uma das igrejas mais importantes da Arquidiocese não é tarefa fácil. Além de pouco material bibliográfico nos acervos de nossa cidade, a maioria dos dados encontrados não coincide.

 

Graças a uma pesquisa profunda na Biblioteca Municipal de Juiz de Fora, no Arquivo Histórico da Arquidiocese, no acervo da Catedral Metropolitana, além de entrevistas com os padres e leigos, conseguimos elaborar este histórico que mais se aproxima da realidade.


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A primeira capela de Santo Antônio, origem remota da Catedral, teria existido no Morro da Boiada e pouco tempo depois, desmoronado. Em 1741, uma segunda capela foi construída no mesmo local (fazenda de Antônio Vidal). Já em 1812, com a venda da propriedade, o novo dono, Antônio Dias Tostes, pediu autorização ao Governo do Império para transferir a capela para outro local.

 

A autorização da construção foi dada em 1844 e três anos depois, passou a funcionar em frente à Estrada Geral (hoje, avenida Barão do Rio Branco). O espaço tinha cerca de 100m de extensão. No mesmo local construiu-se o primeiro cemitério.

 

Com a emancipação do nosso município, em 31 de maio de 1850, a capela foi transformada na primeira paróquia de Juiz de Fora e batizada em homenagem ao padroeiro da cidade, Santo Antônio, e ficou sendo a única até 1900. Somente com a chegada dos padres da Congregação dos Redentoristas é que novas paróquias foram instaladas.

 

O templo teve logo que ser ampliado, pois se tornou pequeno para o grande número de fiéis que participavam das celebrações. Em 1864, a capela foi derrubada para a construção de uma nova. Um ano depois, o cemitério foi transferido para as proximidades da Estrada União Indústria, hoje Cemitério Municipal.

 

A nova matriz foi inaugurada em 1866, com espaço maior e construída atrás do prédio original. Em 1924, Dom Justino, nosso primeiro bispo, realizou algumas reformas no prédio, como o novo piso, ampliação do presbitério, nova pintura, novo púlpito, altar de mármore, além da reforma do trono e do lustre de cristal.

 

Segundo a pesquisa histórica, a Catedral já foi protegida por um muro de pedras de cinco metros de altura. No entanto, no início do século XX, a parede foi demolida e as pedras foram reaproveitadas no calçamento de diversas ruas da cidade. O dinheiro arrecadado com a venda de parte destas pedras também foi utilizado para a construção do jardim e das vias existentes em volta da igreja.

 

Na década de 40, Dom Justino lançou a idéia de reformar a matriz, adotando um projeto arquitetônico em estilo gótico. Sem conseguir os recursos necessários para a “Catedral Gótica”, foram construídas a cúpula e as varandas em frente ao relógio, além do aumento das laterais, preservando as antigas torres. As obras iniciaram em 1950 e foi reinauguradas em 1966.

 

A igreja já passou por várias modificações até chegar ao prédio atual. E ela se destaca não só por sua estrutura física, mas também pela composição administrativa e organizacional. Em toda a sua história, mais de 80 padres, párocos e vigários paroquiais, já passaram por ela. Além disso, possui localização privilegiada: fica na avenida principal da cidade, ocupando uma posição geográfica central.

 

Fontes
Arquivo Histórico da Arquidiocese de Juiz de Fora
BETTENCOURT , Estêvão Tavares. Curso Bíblico por correspondência. Rio de Janeiro: --
Biblioteca Municipal de Juiz de Fora
FAZZOLATO, Douglas. Juiz de Fora: imagens do passado. Funalfa: Juiz de Fora, 2001.
http://www.arquidiocesejuizdefora.org.br
http://www.facom.ufjf.br/projetos/1sem_2006/200601PDF/SSilva.pdf
http://www.jflegis.pjf.mg.gov.br/c_norma.php?chave=0000019661
http://www.jfservice.com.br/arquivo/jf150anos/1704/
http://www.tratosculturais.com.br/Zona%20da%20Mata/UniVlerCidades/Hist%C3%B3ria/premoderno/index.htm

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